Abordaxe.- Adoitamos às vezes um imperioso voluntarismo para apoiar plataformas políticas e/ou vizinhais que luitam contra os abusos das infra-estruturas do "progresso" sem mirar de que pau vam. Nom vou mentar casos concretos, mas todas sabemos da existência destas plataformas que existem só porque as mastodónticas obras afeitam-lhes direitamente as moradoras dessas terras. Afeitas como estamos a criticar e denostar as falsas promesas de melhora social com a chegada destas infra-estruturas, nunca fazemos umha crítica sob o prantejamento "egoista" de ditas plataformas. Para que imos criticar ao povo em luta, se os nossos inimigos som as macroempresas que recebem os quantiosos orçamentos que se gastam de dinheiro público em tais obras faraónicas, e os políticos que distribuem esses quartos entanto ponhem o caço para receber a sua parte deste espléndido negócio?.
Mas hoje erguim-me com o pê cambiado, e picou-me o verme da curiosidade e prestei atençom à quantidade de vezes que, mesmo desde o PP e o PSOE, se tem participado nessas plataformas (e às vezes impulsado) por puro localismo. Algo abondoso nas cidades á hora de reclamar melhores dotaçons de atençom médica (ainda que depois votem pela privatizaçom de serviços e apoiem e promovam os recortes sanitários gerais); também em quanto a favorecer a mobilidade a toda hóstia de pessoas e mercadurias, e lutam por melhores conexons por estradas, auto-estradas, ferrocarril, AVE, aeroportos, portos exteriores marítimos, portos esportivos para ricos, e poida que até pistas de aterrizagem para globos aero-estáticos. Mesmo há plataformas que se prestam a vender (ou agasalhar) terrenos públicos para construir campos de golf moi privativos, campos de tiro militares ou civis, terreos de coto de caça ou casinos e clubes para "gente de bem", co galho de incentivar um turismo de qualidade e quantidade.
Pero o que me rabeou hoje ao erguer-me som essas outras plataformas locais que se posiçonam contra esses projectos ou macro-projectos, só porque se passam pelo meio meio das suas terras e mesmo das suas vivendas. Algumhas vezes o único que buscam é um pago "digno" pela cessom ou expropriaçom, e eu neste caso entendo que queiram sacar a maior talhada, a fim de contas é um nada comparado com os grandes benefícios das empresas destruitoras encarregadas das obras. Mas outras vezes som plataformas que lutam porque ditas obras nom se fagam por diante das suas casas e proponhem proiectos alternativos para que a desfeita se leve um tantinho mais afastada das suas terras, pero que se faga. Nom é gente que mire pela sociedade no seu conjunto, mesmo nem sequer se pranteja a necessidade ou nom de ditas macro-infra-estruturas, é mais miram bem a sua existência pero nom por diante de si, senom que melhor pelas terras de outras. "Eu nom estou contra da via rápida, nem contra do AVE é mais, apoio que se fagam, pero nom poderiam tirar pelo meio do monte e nom pelo meio da minha finca de eucaliptos?" ou "Eu nom quero que se passe pelo meio do monte que vam converti-lo em reserva natural e isso vai trazer turismo, que o tirem pela terras de cultivo!!". Mas, nesses casos, nom se escuta nengumha voz que se pranteje lutar para que nom se fagam tais infra-estruturas: "Nom podemos ficar ao margem do progresso, Galiza tem que ter melhor conexom com a meseta e com Portugal e com London, Canárias ou Hong Kong, e mais linhas aereas e mais cenários de lujo para turistas ricos, e mais...".
Por suposto há outras Plataformas que sim tenhem claro que a sua luta nom é microscópica, que abrangue a umha maneira de viver e de entender a vida desde o respeito á natureza, porque é de todas, das que agora moramos nesta terra e das que virám e nom importa que a destruiçom se passe por diante da minha morada que a miles de kilometros. Essa é a minha gente, e ai estarei quando se precise. Pero nom vou participar mais de apoiar (nem de defundir) plataformas onde os políticos oportunistas buscam só rédito eleitoral e por isso promovem plataformas localistas, egoistas e pro-desenvolvismo destruitivo, que mesmo nom querem misturar-se com nengumha luta a maior escala com argumentos como "nascemos dum caso moi específico e nom queremos perder a nossa identidade" e mesmo reconhecem que o seu único e principal objectivo é conseguir um projecto alternativo para a desfeita.
É tempo de nom confundir as luitas e de saber mirar que o que se busca com elas, quem as promove e apoiar e dinamizar umhas e, pela contra, desmascarar a oportunistas eleitoralistas que chucham da sua parte do pastel desta democrácia representativa.
Tu Tam Came On para Abordaxe
1 jul 2014
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