30 abr 2014

[Portugal] Umas risas: Apresentação de drone da Marinha Portuguesa

Isto não é um "fake", é real como a vida mesma. Os medias salientaram que a aeronave nom tripulada, adquirido pela Marinha de Portugal, tem 100% de tecnologia portuguesa e durante a apresentação-teste do primeiro drone, batizado de AR4 Light Ray, na semana passada na base naval de Lisboa, isto foi o que se passou:



A cerimônia de lançamento estava sendo acompanhada por oficiais militares e pelo ministro da Defesa do país, José Pedro Aguiar-Branco.

Depois do vexame, o ministro Aguiar-Branco declarou para a TV portuguesa, com um olhar um tanto envergonhado, que “é sempre necessário investir muito no treino para que na hora certa as missões não falhem".

No mesmo dia, um novo teste foi feito e desta vez o equipamento levantou voo com sucesso e transmitiu imagens captadas do ar. Que se queredes ver, acá tendes a ligação

De acordo com a imprensa local, o drone será usado em missões de vigilância e para apoio em resgates no mar.
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[Grécia]: Luta Revolucionária reivindica a responsabilidade pela explosão de carro-bomba no centro da cidade de Atenas

Nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, 10 de Abril, 2014 – após dois telefonemas de aviso para os media – um carro-bomba com 75 kg de explosivos foi detonado junto de uma agência do Banco da Grécia em Atenas, causando danos materiais extensos na área circundante (mas sem feridos) do que dimos conta acá em Abordaxe.

Quinze dias depois, a guerrilha urbana Luta Revolucionária (Epanastatikos Agonas) reivindicou a autoria do bombardeio. Clicando em "leer máis" encontradedes apenas alguns excertos do seu longo comunicado.

Como muitxs se devem lembrar, três anarquistas revelaram, há quatro anos, pertencer ao grupo (Abril de 2010): Nikos Maziotis e Pola Roupa, que têm estado no subsolo desde o Verão de 2012 (recentemente, o governo colocou uma recompensa enorme sobre as suas cabeças) e Kostas Gournas, atualmente mantido cativo na prisão Koridallos.

Reivindicação de responsabilidade pela organização Luta Revolucionária [25.4.2014]

Em 10 de Abril de 2014, Luta Revolucionária realizou um ataque à bomba contra a Direcção de Supervisão do Banco da Grécia situada na Rua Amerikis [Atenas], num edifício que abriga também o escritório do representante residente do FMI na Grécia, Wes McGrew. Apesar da ação ser direcionada contra o Banco da Grécia, a filial principal do Banco Piraeus, localizada exactamente no lado oposto da rua, também sofreu danos o que aumenta o sucesso da ação, visto o Banco Piraeus depois da aquisição da ATEbank ter evoluído para uma das maiores instituições bancárias sistémicas gregas, beneficiou da política predatória do memorando aplicada contra o povo grego nos últimos anos, e é um dos fatores financeiros que são co-responsáveis pelas desgraças das pessoas.

O ataque foi realizado com um carro-bomba contendo 75 kg de explosivo ANFO. Exatamente quatro anos após a repressão contra a organização – enquanto o Estado ao lado de muitos inimigos da luta armada ia aplaudindo “o sucesso do desmantelamento” da Luta Revolucionária – esta ação veio provar que estavam errados. O atentado contra o Banco da Grécia é dedicado ao companheiro anarquista Lambros Foundas, o membro da Luta Revolucionária morto num confronto armado com polícias em Dafni, no dia 10 de Março de 2010, durante uma acção preparatória da organização. O companheiro perdeu a vida durante uma tentativa de expropriação de um carro que iria ser usado numa ação da Luta Revolucionária, no contexto da estratégia da organização desse período – um período marcado pelo início da crise económica. Esta estratégia era destinada à greve e à sabotagem de estruturas, instituições e pessoas que possuíam um papel central na que historicamente se constituíu na maior agressão antipopular que estava a ter lugar em Maio de 2010, com a assinatura do primeiro memorando. Lambros Foundas lutou e deu a sua vida para que a junta contemporânea das elites económicas e políticas não passe – a junta da troika FMI/BCE/UE. Lutou e deu a sua vida para que a junta contemporânea do Capital e do Estado não passasse; para que o novo totalitarismo imposto em todo o planeta, sob o pretexto da crise financeira global, não passe. Lambros Foundas deu a sua vida lutando para transformar a crise numa oportunidade para a revolução social. O bombardeio do Banco da Grécia é, de certa forma, uma continuação dessa estratégia que incluíu os ataques contra o Citibank, Eurobank e a bolsa de valores de Atenas.

Assim, em homenagem ao nosso companheiro, a ação contra o Banco da Grécia tem a assinatura Comando Lambros Foundas. Além disso, a melhor homenagem a um companheiro que deu a sua vida na luta é continuar a luta em si, pela qual ele caíu em combate. E esta luta nunca teve, nem nunca terá, qualquer outra direção que não seja o derrube do capitalismo e do Estado – a Revolução social.

Um golpe em resposta ao retorno da Grécia aos mercados

Como todos entenderam – seja o governo, as partes, a mídia gregas e internacionais – escolhemos o dia 10 de Abril para o nosso ataque visto esta data marcar a ida do Estado grego aos mercados financeiros internacionais em busca do primeiro empréstimo de longo prazo, após quatro anos; no dia seguinte, 11 de Abril, a líder do mais poderoso Estado Europeu, protagonista na aplicação das políticas neoliberais extremas e de austeridade em toda a Europa e um dos expoentes ideais dos interesses das elites económicas europeias, a chanceler alemã superterrorista, Angela Merkel, estava programado chegar à Grécia para a capitalização política e económica deste “sucesso grego

A “salvação do país” refere-se ao grande capital, à classe dominante transnacional e aos credores poderosos do país. Diz respeito às estruturas e às instituições do capitalismo globalizado. Está ligada aos Estados, aos funcionários políticos na Grécia e na Europa; a todos os tipos de lacaios políticos da instituição, os que apoiam este regime a qualquer preço. Trata-se de uma minoria vergonhosa da sociedade grega.

Aqueles a quem esta “salvação” não diz respeito – e que, pelo contrário, pagaram e ainda pagam com o seu próprio sangue para salvar o sistema a partir da crise – são a grande maioria das pessoas. Os 5 milhões de pessoas que vivem em condições de pobreza. Os 2,5 milhões de pessoas que vivem na miséria absoluta. As 700.000 crianças pobres que não têm sequer o básico, que estão subnutridas, que sentem frio, sofrem de desmaios e acabam em instituições por um prato de comida. Aquelxs que ficam doentes, aquelxs que enlouquecem. Xs que perdem a sua casa devido às dívidas aos bancos e ao Estado, aquelxs que vivem sem eletricidade, a quem falta o mínimo para as necessidades de sobrevivência. As 4.000 pessoas que cometeram suicídio porque estavam arruinadas financeiramente. As milhares de pessoas sem-teto, as que estão dependentes de refeitórios de sopa para pobres, as que vasculham o lixo para se alimentar, aquelas que estão a morrer lentamente, à margem. Todxs estxs miseráveis que ficam financeiramente e socialmente falidxs e que pagam a “salvação do país” com as suas vidas e as vidas dos seus filhos. Todas essas pessoas passaram a entender o que significa ver a sua vida ir à falência, o que significa ver que a sua vida não vale mais nada. Elas passaram a entender que “evitar a falência da Grécia” significa guerra contra a sociedade, eutanásia social. (…)

A revolução social não pode ser adiada para um futuro indefinido, nem limitar-se a uma projetualidade indistinta. Ela requer ação revolucionária constante no tempo presente e envolve a organização e formação de um movimento revolucionário pioneiro que irá elaborar e definir as suas etapas estratégicas e entrar em conflito com políticas centralizadas estabelecidas. Isto envolve o processo político e a disposição de colocar propostas específicas revolucionárias em prática.

Nas atuais circunstâncias, uma plataforma revolucionária poderia ser resumida como se segue:
- Rescisão unilateral do pagamento da dívida grega.

- Saída da União Económica e Monetária (UEM) e da União Europeia (UE).

- A expropriação de ativos do Capital, das grandes empresas, das corporações multinacionais, de todos os bens móveis e imóveis dxs capitalistas.

- Abolição do sistema bancário, apagamento de todas as dívidas aos bancos, devolução dos pequenos haveres que foram apreendidos pelos bancos, e socialização dos ativos bancários.

- A expropriação da propriedade estatal e das empresas de serviços públicos; expropriação da propriedade da igreja.

- Socialização dos meios de produção, indústria, portos, meios de transferência e de comunicação, transporte, serviços públicos, hospitais e instituições de ensino; xs trabalhadorxs ir-se-ão envolver na sua gestão.

- Abolição do Estado e do parlamento burguês de políticos profissionais, a serem substituídos por um sistema confederal de assembleias populares e conselhos de trabalhadores, cuja coordenação, comunicação e implementação de decisões será alcançada através de delegados eleitos e imediatamente revogáveis​​. A nível nacional, no lugar do antigo parlamento burguês representante, haverá uma suprema Assembleia Popular Confederal, cujos membros serão delegados eleitos e revogáveis ​​imediatamente, autorizados pelas assembleias populares locais e conselhos de trabalhadorxs.

- Abolição da polícia e do exército, a serem substituídos por uma milícia popular armada, mas não de mercenários.

A discussão e acordo sobre uma plataforma revolucionária é um pré-requisito para a criação de um movimento anticapitalista revolucionário, e como Luta Revolucionária desejamos ver um início de diálogo bem-intencionado sobre esta questão. É necessário que uma Revolução supere as fronteiras nacionais. É irrealista acreditar que uma revolução será viável se confinada dentro das fronteiras nacionais de um país pequeno como a Grécia. No entanto, façamos um começo aqui, na Grécia, para a demolição da zona euro e da União Europeia, para a abolição do capitalismo e do Estado. Vamos colocar em prática o contra-ataque proletário armado. Façamos um começo aqui, na Grécia, para uma revolução social internacional.

LONGA VIDA À REVOLUÇÂO SOCIAL
PELO COMUNISMO LIBERTÁRIO – PELA ANARQUIA
LIBERDADE AOS/ÀS PRISIONEIRXS POLÍTICXS


Comando Lambros FoundasLUTA REVOLUCIONÁRIA
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[Grecia] Informe: Loita contra a creación de cárceres de máxima seguridade

Reproducimos este informe elaborado por Tokata sobre o proxecto de reforma das prisións en Grecia e a resposta que se está a dar dentro das prisións e tamén nas rúas onde xa houberon concentracións e manifestacións de apoio, aos presos en loita, e de denuncia a este novo modelo de prisións e á prisión como forma de dominio.

Durante os últimos meses estamos a experimentar unha nova ofensiva totalitaria por parte do Estado e os seus aparatos represivos. Nos próximos días o Réxime vai aprobar a creación dos chamados cárceres de "condicións de detención especiais". Trátase duns verdadeiros infernos, uns cárceres dentro dos cárceres existentes, cuxo fin será a mutilación mental e a trituración da personalidade dos encarcerados.

Os detidos nestes novos cárceres non terán dereito a solicitar permiso de saída nin sequera por unhas horas. Tampouco terán dereito a pedir a suspensión da súa sentenza. As condicións de detención serán horrorosas: os detidos estarán literalmente encerrados nas súas celas 23 horas ao día, sen ter ningún contacto con ningún outro encarcerado ou outra persoa, e sen ter dereito a ningunha actividade persoal ou colectiva. As súas celas estarán situadas nunha sección especial do cárcere, totalmente illadas unhas doutras. A comunicación dos detidos nelas co mundo será de escaso a inexistente, xa que se limitarán notablemente as visitas que poderán recibir, o tempo da súa duración, así como as chamadas telefónicas que poderán facer.

A Policía terá o control absoluto e directo destes novos cárceres. Madeiros de varios corpos da Policía vanse instalar dentro delas, e serán eles e non os funcionarios penitenciarios os que se encargarán do control dos presos e das súas celas, de calquera traslado seu, e en xeral da súa vixilancia constante durante as 24 horas do día. Os madeiros da denominada Unidade Antiterrorista poderán irromper nas celas e proceder a efectuar requisas á hora que sexa, ou sexa insultar, maltratar e mesmo torturar aos presos.

Os presos aos que o Réxime quere meter nestas cárceres-infernos serán todos os acusados ou detidos por roubo ou extorsión, os presos políticos, os que foron condenados a unha pena de máis de dez anos, os que participaron en motíns, e en xeral todos os que serán cualificados de perigosos polos aparatos represivos do Réxime. En cada un destes cárceres haberá un fiscal penitenciario, o cal será o déspota dela, rendendo contas aos altos dignitarios do Réxime.

Ao mesmo tempo os acusons gozarán dun tratamento especial. A nova lei penitenciaria prevé unha serie de privilexios para os detidos que colaboren coas autoridades, dando información que conduza á detención doutros, sobre todo dos acusados de actos "terroristas". Este tratamento privilexiado incluirá a suspensión das súas penas e poderá chegar ata a súa excarceración.

Os presos en varios cárceres xa comezaron mobilizacións contra a creación destas cárceres-infernos de "condicións de detención oficiais".

Texto de presos mobilizados contra os "cárceres de máxima seguridade"

Hai uns días púxose en marcha unha consulta pública sobre o proxecto de lei do Ministerio de Xustiza sobre os Cárceres de Máxima Seguridade e a eliminación dos permisos. Xa se deron á publicidade as primeiras medidas deste proxecto de lei.

1. Clasificación dos presos en 3 categorías (A, B e C). Á categoría especial C pertencerán todos os presos acusados de roubo ou extorsión sendo membros dunha organización criminal, os presos políticos, os cualificados como perigosos e que foran condenados a máis de dez anos de prisión (ata a cadea perpetua) e os que participan en motíns dentro dos cárceres.

2. Aos presos da categoría C négaselles o dereito a pedir permiso para saír do cárcere, e limítanse as visitas que poderán recibir e as chamadas telefónicas cos seus familiares.

3. Vanse formar celas especiais para os presos da categoría C (non só no cárcere de Domokós, senón tamén noutros cárceres) cuxo fin é o illamento dos presos.

4. A Policía adquire un papel fixo dentro dos cárceres (control das celas, traslado de presos do/ao interior do cárcere e de/a outros lugares), con xurisdicións e autoridades confidenciais (secretas) que non se citan nin sequera no Boletín Oficial do Estado.

É obvio que o Goberno está a preparar a versión grega de Guantánamo. Nun sistema xudicial que o principio da proporcionalidade se esnaquizou, e se están a impoñer penas que exterminan os presos, Grecia xa é un dos países con máis penas de prisión de moitos anos e cadeas perpetuas.

Os permisos e as suspensións son as únicas medidas que poden equilibrar este exterminio xurídico. Agora, coa eliminación dos permisos para a maioría dos presos (xa que cada un de nós pode ser considerado "perigoso" e nomearse prisioneiro da categoría C), o Sistema crea persoas sen esperanza. Polo tanto, os cárceres estanse a converter en fábricas de reprodución do crime fábrica, xa que o preso non ten nada que perder porque o perdeu todo. A súa suposta rehabilitación convértese nun castigo vingativo. Ao mesmo tempo, coas redadas e requisas constantes das chamadas Unidades Antiterroristas da Policía, os cárceres convértense nun terreo (campo) de adestramento da violencia e arbitrariedade policial. Tamén, xa o poder do fiscal correspondente de cada cárcere é absoluto. El nin sequera coñece os presos, os cales para el non son nada máis que un arquivo enumerado, esquecido nun caixón da súa oficina.

Os presos en todos os cárceres unimos a nosa voz e reclamamos os nosos dereitos e a nosa dignidade. Esiximos que se retire o proxecto de lei fascista sobre o funcionamento duns cárceres dentro dos cárceres. Un proxecto de lei feito apresuradamente por orde do Ministro da Policía e dos Mass Media. Que pare xa a categorización dos presos. Todos os presos temos os mesmos dereitos. Que non se elimine o dereito aos permisos, que en Grecia ten un dos maior porcentaxes de éxito (só o 2-3%-3 dos presos que saen con permiso durante uns días non regresan ao cárcere). Os fondos para a construción - conversión dos cárceres de máxima seguridade teñen que ser utilizados para mellorar as condicións de detención (escaseza de comida, de calefacción, de auga e de atención médica).

Todos os presos nos organizamos, coordinámonos e mobilizámonos contra quen convértenos os cárceres en lugares de castigo permanente e de privación da esperanza. Chamamos o Ministro e todas as autoridades competentes a considerar as súas responsabilidades e a iniciar un debate público sobre os cárceres e os seus problemas reais. En calquera outro caso estamos preparados para responder de forma combativa, todos xuntos e unidos, contra a inxustiza e a privación dos nosos dereitos.

Non aos Guantánamos gregos

Texto da "Iniciativa de Resistencia e Solidariedade", escrito con motivo da anunciada polo Réxime creación de "cárceres de máxima seguridade" de tipo Guantánamo dentro das existentes.

O novo proxecto de lei fascista do Ministerio de Xustiza sobre os cárceres parece ser unha imaxe do futuro sombrío co que soñan para a sociedade da Nova Orde os seus partidarios.

Os memorandos que preparan esta nova orde social teñen o seu complemento necesario no memorando penitenciario. Como os primeiros alisan o camiño a unha sociedade con dereitos e liberdades achantadas, cos traballadores estando baixo un réxime de servidume medieval, o "memorando" penitenciario abre o camiño á creación dunha cárcere-tumba, cos presos sen ningún dereito, cos últimos suspiros de liberdade e esperanza (permisos para saír uns días do cárcere, suspensións, excarceración baixo fianza, e.tc.) eliminados, baixo un réxime de calabozos vingativos: onde as torturas crueis e mesmo a aniquilación coa lei de Lynch non é unha práctica descoñecida ou pouco común, como se demostrou hai uns días co asasinato de Ilí Kareli.

Estes calabozos constitúen os Guantánamos gregos. Están a ser construídos para ser uns espantallos infernais, para aterrorizar primeiro os presos políticos, aos presos que se neguen a ir morrendo somerxidos na inercia e a aniquilación que provocan as drogas legais e abundantes, e aos que a través da resistencia buscan a humanidade.

Están a ser construídos para aterrorizar a toda a sociedade que loita, que nega o exterminio (aniquilación) planificado dos humanos, dos sonos, da esperanza, e resiste contra a Nova Orde.

A loita dos presos contra os Guantánamos gregos é unha loita de toda a sociedade. A loita dentro e fóra dos cárceres non se deterá ata que non se retiren estes plans e proxectos de lei fascistas.

Comunicado dunha iniciativa de presos sobre a continuación da loita contra a creación de cárceres de máxima seguridade.

Dende hai algún tempo puxemos en marcha nos cárceres de todo o territorio do Estado grego unha mobilización dos presos contra as "condicións de detención especiais", a eliminación dos permisos para saír do cárcere, e a limitación do contacto cos nosos familiares. Dende entón realizáronse decenas de accións dentro e fóra dos muros dos cárceres, en contra do proxecto de lei que prevé a construción do primeiro Guantánamo grego no cárcere de Domokós.

Protestas matutinas, negativa a meterse nas celas en varios cárceres, participación na abstención da comida en todos os cárceres do territorio do Estado grego o 11 de abril de 2014, recolección de miles de firmas de detidos en todos os cárceres baixo un texto de protesta, e envío deste texto ao Ministerio de Xustiza, berrar lemas nos patios dos cárceres, protesta nocturna a xeito de homenaxe conmemorativa e rabiosa polo asasinato do detido Kareli: estes son algúns dos momentos de loita dentro dos cárceres.

Ao mesmo tempo, a nosa voz uniuse con miles de voces extra muros, que realizaron manifestacións fóra dos cárceres, enfrontáronse á Policía antidisturbios (o caso da manifestación fóra do cárcere de Domokós), convocaron concentracións de solidariedade, pegaron carteis, crearon páxinas web (http://fylakes2014.wordpress.com), marcharon polas rúas do centro de varias cidades, organizaron eventos informativos sobre as nosas mobilizacións, opuxéronse á inxustiza (tirando unha granada ao coche dun empregado penitenciario), e enviáronnos unha mensaxe de solidariedade que nesta loita non estamos sós.

O Estado e o goberno dende o primeiro momento quixéronnos asustar para que renunciásemos á nosa loita. Ata chegaron a procesar un avogado, quen enviou por fax dende a súa oficina o texto da protesta que redactaramos e que lle pediramos que o enviase a presos noutros cárceres, así que eles se informasen da mobilización.

Non obstante, o Estado e o Ministro de Xustiza retrocederon. Por un lado a participación de moitos presos nas mobilizacións, e por outro lado o asasinato do preso Kareli por empregados penitenciarios, creou un ambiente de tensión moi alta, que en calquera momento podería ter resultados inesperados.

Ao mesmo tempo as revelacións sobre a manipulación da "Xustiza" supostamente independente polos ministros Dendias e Athanasíu desacreditáronos e confirmaron que esta manipulación leva anos. Cando é revelado o papel "sucio" da "Xustiza" contra os neonazis paraestatais de Aurora Dourada, que ata onte eran os nenos mimados do Sistema, que pode esperar un pobre preso por delitos do código penal, un inmigrante sen papeis ou un preso político?

É obvio que neste momento o goberno e as autoridades xudiciais e policiais non queren botar máis leña ao lume, sobre todo en vista das próximas eleccións do maio que vén. As declaracións nazis do ministro de Xustiza Athanasíu a principios do ano sobre o traslado dos prisioneiros máis "perigosos" ao cárcere de Domokós dentro dos 100 días palabras baleiras de contido. En xeral obsérvase que parou o proceso da creación de "cárceres de máxima seguridade".

Para nós esta é unha primeira pequena vitoria, a cal non tería sucedido se non tivese acontecido todo o que mencionamos anteriormente. Pero acabamos de gañar unha batalla, non a guerra. Seguimos en alerta, estámonos a informar mellor, e estamos listos para dar o seguinte paso, cando isto sexa necesario.

A mobilización mantense activa e os presos en todos os cárceres contribúen a ela, cada un segundo o xeito que poida. Estamos á espera de sen retroceder nin dar un só paso atrás. Non imos consentir que os presos vivan o pesadelo dun Guantánamo grego.

Dámoslles as grazas a todos os que estivesen ao noso lado dende o primeiro momento, e contribuísen ao seu xeito á demolición dos muros do noso illamento, transferindo a nosa voz fóra, nas rúas.

A loita continúa...

Iniciativa de presos, 24 de abril de 2014

Texto de Anastasios Theófilos sobre as condicións especiais de encerro que se planean e a reestruturación das institucións penitenciarias gregas.

De acordo coas publicacións en prensa, o Ministro de Xustiza ten intención de formular un proxecto de Lei ante o Parlamento, no cal se propón un endurecemento no funcionamento das prisións e en especial, a súa regulación interior en niveis graduados de control disciplinario e castigo, seguindo unha lóxica que apunta pola xestión represiva da poboación presa. Os cárceres, de acordo cos plans do ministerio, dividiríanse en tres categorías. Nas xa existentes penitenciarias de tipo B, agregaríanse as de tipo A, as cales aloxarían os delitos de «colo branco» (os debedores, así como os de delitos leves), e as de tipo G, que constituirán os modernos cárceres disciplinarios.

Os cárceres de tipo G, que en esencia constituirán unha «Kérkira»1 de alta tecnoloxía, funcionarán cun código penitenciario especial e ningún dos que estean encerrados alí terá dereito a permisos ou a liberdade condicional, as comunicacións serán vixiadas, controlarase o seu contido e poderá censurarse este, o preso manterase na cela por 23 horas ao día desprovisto de calquera práctica creativa, contacto ou interacción humana, condenado á absoluta inactividade. Un cárcere dentro do a cárcere. Un tipo de encarceramento en contra do cal durante a década dos 90 se libraron duras loitas, centos de presos foron torturados e houbo decenas de ósos rotos. Un castigo de tipo medieval, mediante o cal o principal obxectivo non é o corporal, senón a amputación máxima do espiritual e «civilizado» do castigado.

Nestes cárceres encerrarase a todos os acusados ou condenados sobre a base da lei «anti»terrorista, membros do crime organizado e todos aqueles que «se sublevan organizadamente» durante o seu encerro. Mediante esta brutal medida, a creación de cárceres disciplinarios, e tendo en conta por un lado o problema da superpoboación e polo outro a problemática da precariedade na alimentación, a calefacción e a atención sanitaria, o goberno intenta minimizar calquera posibilidade de mobilización e protesta dentro dos muros pola mellora das condicións de encerro, creando un forte terror. A posibilidade de que algún preso se encontre nestas condicións inhumanas inflúe incondicionalmente en calquera forma de resistencia fronte ás arbitrarias autoridades penitenciarias arrastrando o seu punto máis estrito a todos os cárceres. Por outro lado, é unha medida que por suposto ten como obxectivo a exterminación dos presos políticos, nos cales se aplicará como proxecto piloto.

As novas cárceres disciplinarios de tipo G, funcionarán como os prototipos dos cárceres de EUA, segundo a táctica do goberno de introducir constantemente coñecementos represivos especializados provenientes do Estado que introduciu e aplicou por primeira vez o dogma de Lei e Orde, cuxa consecuencia foi o aumento da poboación reclusa nos cárceres estadounidenses ata o 1% do total da poboación do país (en Grecia ao igual que no resto de Europa, a porcentaxe se encontra máis ou menos no 0,15%).

Non é de pouca importancia que este método o cal foi utilizado por primeira vez no cárcere de Pelican Bay en California, EUA en 1984, nun principio para «categorías especiais de presos» e posteriormente en para un espectro máis amplo, recibise críticas tanto de organizacións políticas e humanitarias, as cales organizan campañas para a derrogación destes métodos, coma polos mesmos presos do cárcere, os cales loitan polo mesmo obxectivo. O exemplo máis próximo é a folga de fame de 30.000 presos no cárcere de California no verán de 2013 que conseguiu mostrar a cuestión a nivel internacional.

Este tipo de encerro, que como media dura uns 7,5 anos e que en moitos casos pasa da década, en esencia inutiliza o preso creándolle un conxunto de enfermidades psicosomáticas. Ao mesmo tempo funciona como unha profecía autocumprida para os partidarios desta doutrina xa que baixo estas condicións o preso se deshumaniza e vólvese cada vez máis violento. As violentas rupturas que provocan no preso estas condicións en esencia condénano ao círculo vicioso do castigo disciplinario, o cal o imposibilita poder saír deste réxime de encerro. É demostrable que, de acordo co informe de Amnistía Internacional, estas condicións de encerro violan os acordos internacionais para a protección dos dereitos humanos.

No marco dun continuo, inxenuo e morboso copy-paste das prácticas americanas, a extrema direita camorrista de Athanasiou - Déndias, calca tal cual outra medida do país que fundou Guantánamo. Segundo as publicacións na prensa unha parte do coidado e a xestión dos presos pasará á policía, na que actualmente se están a crear grupos policiais do tipo EKAM (GEOS), adestrados na represión de desordes nos cárceres, os cales terán o permiso das autoridades para disparar armas de fogo, cando o consideren «necesario». O corpo semellante en EUA, os grupos SERT, está caracterizado polos «delicados» escándalos en relación ás súas armas que os responsabilizan de decenas de asasinatos de presos.

Ao igual que o traballo, a saúde, a educación e o transporte, tamén o encarceramento se volve un campo que entra no punto de mira dos axustes do memorando, de maneira que se adapte aos novos termos do capital. Por un lado endurécese e polo outro de privatiza. Actualmente transfórmase no vértice dun modelo de xestión política baseado no dogma de Lei e Orde. Un modelo de xestión política que dá sentido e xustifica ao Poder idolatrando a lei e a orde en contraposición coa desintegración e depreciación do benestar social. Un modelo de xestión política que concentra a parte máis conservadora da sociedade e traspasa a responsabilidade de arriba a abaixo, considerando que o problema social non é a pobreza en si mesma, senón a delincuencia dos pobres e querendo dicir que problemas sociais, como a pobreza, inflúen negativamente sobre os suxeitos e que non están conectados á política social senón á política de loita contra a delincuencia.

Así como o modelo keynesiano é abandonado, a represión penal en Grecia adáptase ás condicións de crise sistémica xeneralizada, expandindo e afondando o seu rol, responsabilizándose do papel de único asegurador da cohesión social. Por un lado expándese incluíndo parte da destituída clase media, aos novos pobres e os debedores, e por outro lado afonda aumentando a intensidade da represión, aumentando as penas e endurecendo as condicións de encerro ao seu «tradicional» público, de encerrados e delincuentes. O encarceramento e a represión convértense sucesivamente na única resposta para os problemas que deberían considerarse sociais, substituíndo o Estado de benestar. O cárcere vólvese a única solución e o seu papel é xa o de acoller a todos os que non conseguiron facer fronte ao actual axuste capitalista e ás novas condicións de vida que formulan os memorandos.

Polo tanto deste xeito, a reestruturación dos cárceres e da represión cara a un maior endurecemento non concirne só a activistas políticos e delincuentes. Non é unha cuestión simplemente de sensibilidade elemental e humanidade se unha sociedade deixa a súa parte máis delicada, os presos, presa dos plans dos dous ministros siameses con ton Napoleónico. Concirne a todos aqueles que ven a súa forza laboral degradada e por iso quedan expostos a unha cada vez máis estrita represión penal. A actual xestión política baseada no dogma de Lei e Orde proveuse de formas de castigo máis leves, cos brazaletes-GPS, e os penais de encerro tipo A, para incluír baixo control directo da represión penal unha gran gama social, que ata hai pouco -mentres funcionaba o modelo keynesiano- se consideraba privilexiado.

A reestruturación dos cárceres que emprenden en común o Ministerio de Xustiza e o de Orde Pública (Interior), prevé ser o tiro de graza a unha sociedade que se arrastra baixo a pobreza e os memorandos, xa que o endurecemento ata o límite do inhumano que se vai impoñer, se unirá coa extensión da súa pobreza social.

O cárcere é unha institución vergonzosa para a humanidade. Unha institución que será derrocada xunto coa transformación revolucionaria da sociedade. Xunto coa superación da organización social que ten necesidade de tan salvaxe institución. Non obstante ata entón dáse por suposto que existe a necesidade dos axustes, pero non naturalmente cara a unha maior brutalidade senón cara a algo máis humano.

Por suposto que os cárceres en Grecia teñen problemas, por suposto que son vergonzosas mesmo para os mesmos cárceres. O problema nos cárceres gregos non é que cada dous anos se realiza unha fuga, senón que miles de persoas son amontoadas como ratos, desnutridas, desprovistas de auga e de calefacción. O problema nos cárceres gregos é a especulación por medio dos elevados custos das chamadas telefónicas e dos materiais de primeira necesidade. O problema é a imposibilidade de visitas regulares debido a que a maioría dos cárceres son construídos centos de quilómetros afastadas dos centros urbanos e centos de metros de zonas habitadas.

O problema é que non existe previsión dun lugar para visitas privadas entre cónxuxes como acontece mesmo ata en países terceiromundistas. O problema é que no ano 2014 se lles prohibe aos presos o acceso a internet.

O problema é que unha gran parte dos presos se encontra no cárcere sen probas, simplemente sobre a base do monstruoso-artigo 187 sobre organizacións criminais. O problema é que centos de presos son privados de permisos de saída aos que teñen dereito porque existen fiscais e directores de prisións cagados de medo, mesmo aínda que a porcentaxe de violación de permisos de saída nos cárceres gregos se encontra entre os máis baixos a nivel mundial. Existen millóns de problemas nos cárceres gregos e seguramente calquera inexistente forma de «indulxencia», dun xeito ou outra, non é un deles.

Cárcere de Domokó 11/03/2014
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[Ávila] Nova denuncia de abusos sexuais no cárcere de mulleres de Brieva, no cárcere onde Noelia Cotelo denunciara un intento de violación

O Boletín Tokata fai pública esta información redactada segundo a información aparecida en Avilared e axencias, nas que dan conta de que "a Secretaría Xeral de Institucións Penitenciarias denunciou ante a Fiscalía a un funcionario do Centro Penitenciario de Brieva (Ávila) como presunto autor dun delito de abusos sexuais a, polo menos, unha presa deste cárcere. E non só iso. Un segundo funcionario tamén está a ser investigado pola presunta comisión dun delito similar".

"Ademais abriuse en paralelo unha información reservada para determinar o sucedido, ao mesmo tempo que se puxo a situación en coñecemento da Xustiza. Os feitos que transcenderon agora remóntanse a varios meses atrás. O funcionario, de momento, foi suspendido de emprego e soldo. Entanto o segundo carcereiro investigado, de momento, ten prohibida a entrada ao Centro Penitenciario de Brieva".

A continuación, segundo esta información: "Todo o que rodea ao caso impactou ao equipo do cárcere" mais minte de seguido ao decir que: "O Centro Penitenciario de Brieva non viviu algo parecido dende a súa inauguración en febreiro de 1989, hai agora 25 anos", e prosegue aclarando: "se ben, a raíz do caso denunciado agora, non se descarta que anteriormente se producisen comportamentos similares". Se ben remata volvendo a mentir ou a tomarnos por parvas ao aseverar que "a investigación aberta por Institucións Penitenciarias podería botar luz neste sentido".

De feito na mesma entrada de Tokata, nos seus cometarios, interven Lola Riveiro, a nai de Noelia quen, entroutras coisas, lembra que "no 2012 xa intentaron violar á miña filla, Noelia Cotelo Riveiro. Ela denunciou, eles arquivaron a denuncia; espero ke deixen de maltratar e humillar ás presas, feito ke sucede a diario, e nos cárceres de mulleres xa non tiña ke haber homes. Vixilancia Penitenciaria tiña ke haber actuado no seu momento cando Noelia denunciou e así se evitarían violacións". Tambén nunha rede social Lola aponta estes interrogantes: "¿como se chamará este personaxe? ¿Será Jesús, será Adelardo?". E a tal respecto, eu entendo que Lola deixa entrever ese ocultamento da identidade do violador, feito habitual cando se trata de membros dos corpos represivos. Dicer que Jesús é o carcereiro que tocoulle os peitos e o torso a Noe entanto ela durmia alxemada á cama; e Adelardo é outro carcereiro que lle suministrara a Noe unha cantidade de metadona que case lle provoca unha sobredose e quen lle dixera noutra ocasión que ela non precisaba médico algún porque ia morrer alá.

Noticias en Abordaxe ao respeito de Noe en Brieva, entre elas a que contradice as mentiras de Institucións Penitenciarias cando esta aponta que no "CP Brieva non se vivira algo parecido dende a súa inauguración en febreiro de 1989"
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"Dia 1º de maio, Dia das banderinhas"

Em sintonia com o publicado por este blogue cada vez que chega esta data, reproduzimos um anaco do texto de Manuel Fernández Martín "Yayoflauta" granadino, feito público por Antonio Lara Arco num seu video titulado com certa ironia e sarcasmo "Dia 1º de maio, Dia das banderinhas", aludindo a essas passeatas de competiçom partidária dos sindicatos (neste caso de Andaluzia pero aplicável a qualquer lugar) que cada dia se asemelham mais ás procissons católicas, e que foi publicado na web "Timocracia".



"Chega o 1º de maio, a festa do trabalho; pero que festa e que trabalho?, quando a única festa que podemos comemorar é a festa do paro, quando o único trabalho que podemos festejar é o precário e miserável.

Compas, chegamos a um ponto donde já, até as ideias me doem.

Gostaria que este 1º de maio fosse diferente, ruas enchidas de gente, gente silenciosa, gente que acompanha um enterro. Gostaria enterrar o trabalho o mais dignamente que poidamos.

Para começar de zero, com raibas renovadas, donde poidéramos fazer valer o nosso trabalho, com a medida que lhe corresponde.

Este 1º de maio nom podemos reivindicar nada, porque já o entregamos tudo, só fica-nos partir de zero, conquistar os nossos direitos um a um, como quando nom os tinhamos"
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Publicado x eDu
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[Espanha] Primeiro de Maio, agora!

Colamos correio recebedo do Secretariado Permanente do Comitê Confederal da CNT-AIT:

O Primeiro de Maio deve servir-nos para mostrar com força nosso mais firme rechaço à atual situação socioeconômica. Mas além da situação atual, é necessário reivindicar e manter o legado histórico desta data e seu significado. Sem querer com isto cair na mistificação, devemos rechaçar um 1º de Maio como um simples dia festivo, porque desvirtua sua origem de luta operária. Não é senão devido a um processo de assimilação por parte do sistema, que a jornada de protesto internacional surgida dos famosos acontecimentos de Chicago, é convertida em festividade por parte de governos para esvaziar seu conteúdo. Desta forma, passa de uma jornada de luta e desafio ao capital, repetida anualmente, à “festa do trabalhador”, “festa de São José Operário” durante a Espanha franquista, ou atualmente “festa do trabalho”...

Contudo, que não devemos esquecer sua origem, não significa que a luta deva estar sujeita ao calendário de efemérides. A luta tem que ser uma construção cotidiana que dê a necessária resposta aos graves ataques que sofremos dia a dia, sem esquecer nossa justa aspiração a um mundo melhor, através de uma mudança profunda, radical, da sociedade e da economia, que só pode ser protagonizada pela classe trabalhadora.

Não vamos citar aqui nem a longa lista de roubos e abusos, nem as injustas condições a que submetem nossas vidas, os de sempre: banqueiros, políticos, empresários e outros dessa espécie. Digamos, para simplificar, que todos os problemas fazem parte de um só: o sistema capitalista.

Eles, como classe social, com suas decisões e atos perseguem um único objetivo: o de manter seus benefícios e privilégios através de um sistema social baseado na dominação e exploração do resto das pessoas, considerando-nos mercadoria, gado sem dignidade, sem direito nem controle sobre nossas vidas. Nos perguntamos o que é necessário para responder e atuar “como eles”. Ou seja, como uma mesma classe, organizada e com um único interesse final: liberar-nos do jugo capitalista.

Estamos obrigados a fazê-lo, já que o sistema nos quer convencer de que somos indivíduos desarticulados, isolados, inclusive melhores que outros com base em identidades culturais, religiosas, futebolísticas, nacionais... para converter-nos em meros consumidores ou em simples produtores. Definitivamente, fazem todo o possível para criar divisões, barreiras, fronteiras que só servem para impedir que nos encontremos e nos reconheçamos como o que somos: uma mesma classe, explorada, excluída, dominada e utilizada. Temos que nos levantar e lutar.

No momento atual da crise, ou melhor dizendo, reestruturação capitalista, o governo projeta na mídia um discurso triunfalista tão falso como insultante, tentando enganar a população com o pau e a cenoura de um próximo desenlace feliz, ou usando simplesmente o pau com quem não acredita na conversa e permaneça comprometido com a mobilização social, ampliando a consciência de classe a todas e todos os trabalhadores que já perceberam que o sistema que lhes venderam como o melhor dos mundos possíveis, não serve.

Seria um passo atrás abandonar a mobilização, seduzidos por soluções “fáceis”, e cair na armadilha de delegar a luta ao voto. A iminência de eleições proporciona a muitas pessoas a ilusão de uma saída tangível ao colapso social a que nos tem levado. Desde a CNT afirmamos que a via eleitoral só é um caminho sem saída, que as cartas e as normas são postas pelo poder e não há maneira de ganhar-lhe o seu jogo, e que as boas intenções não bastam, porque como disse algum revolucionário célebre “é o trono que está assombrado”.

O 22M [22 de março] foi um exemplo de mobilização, que pôs um ponto de inflexão a partir do momento em que constituiu um êxito claro apesar da censura prévia e a posterior criminalização na mídia, e esteve organizado à margem da CCOO, UGT e os grandes partidos políticos.

É preciso recuperar a capacidade de auto-organização dos trabalhadores. O 22M deve ser um antes e um depois; o próximo passo é ser capaz de colocar em marcha uma greve geral organizada desde a base, sem necessidade de convocatórias lançadas de cima pelas cúpulas do sindicalismo oficial. Conseguir isto suporia um avanço real na luta, maior que qualquer resultado eleitoral.

O Primeiro de Maio continua sendo importante, por sua essência internacionalista e trabalhadora, por seu valor combativo e de reivindicação. Reivindicamos o Primeiro de Maio por orgulho de classe, já que historicamente foi uma demonstração de força dos trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo, que servia para recordar aos poderosos que estávamos na frente, dispostos a pará-los e derrotá-los.

Sim, o Primeiro de Maio era uma greve geral mundial. Quase nada. Parece uma estória, mas não, é nossa história, a do movimento dos trabalhadores.

Por isso, agora, Primeiro de Maio, devemos continuar com a mobilização, continuar na rua, continuar somando e ser mais forte, para que os de cima comecem a dormir com um olho aberto, intranquilos, porque os de baixo começaram a despertar, e nossos sonhos são seus pesadelos.

Saúde e revolução social

Secretariado Permanente do Comitê Confederal da CNT-AIT
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[Grécia] Até agora não somos nada, a partir de agora seremos tudo

1º de maio: A classe trabalhadora e a patronal não têm nada em comum

Texto publicado na página da web da seção grega dos Trabalhadores Industriais do Mundo (IWW, sua sigla em inglês), em razão das mobilizações trabalhadoras do 1º de maio de 2014, que foi-nos facilitado pela ANA e ao que damos pulo:

Por um sindicalismo de todos os trabalhadores, forte e sem chefes

“...Trabalhadores vermelhos, brancos, amarelos, negros, venham, levantem a cabeça, atirem ao chão suas ferramentas. Os patrões que vão ao diabo. Ao diabo a sirena da fábrica. Este é o dia dos trabalhadores, nosso dia. Adiante...” (Da canção da jornada de oito horas).

Passaram 128 anos desde o 1º de maio em Chicago e 109 anos desde a fundação dos Trabalhadores Industriais do Mundo como consequência daqueles acontecimentos, e a história retrocede de novo ao começo: As condições de trabalho flexíveis, aos trabalhadores precários, ao trabalho negro e não remunerado. A conquista da jornada de trabalho de oito horas foi abolida na prática, com o consentimento dos chefes do movimento “sindical” institucionalizado, nutrido pelo Estado e altamente beneficiado pelo Regime (é um sindicalismo) de uns “sindicalistas” que, depois de haver esmagado todas as lutas, as convertem de lutas de classe em lutas por ramo (setoriais), e depois de haver convertido a greve, de arma contra o capitalismo em uma festinha relaxada, agora voltam para chorar sobre o cadáver de quem eles mataram.

A questão de classe e trabalhadora, contudo, é e continua sendo diacrônica:

“... A classe trabalhadora e a classe dos patrões não têm nada em comum. Não pode haver paz enquanto a fome e a indigência afetam a milhões de trabalhadores, e os poucos que compõem a classe patronal possuem todos os bens da vida. Entre essas duas classes tem que haver uma luta, até que os trabalhadores do mundo se organizem como classe, ocupem a terra e os meios de produção, e eliminem o sistema salarial.

Consideramos que a concentração da administração (gestão) das indústrias em cada vez menos mãos, elimina a possibilidade dos sindicatos de fazer frente ao poder cada vez maior da classe patronal. Os sindicatos de hoje favorecem uma situação na qual um grupo de trabalhadores se enfrenta com outro grupo no mesmo setor, assim um trabalhador acaba com o outro na luta por salário. Por outro lado, os sindicatos de hoje ajudam a classe patronal a criar entre os trabalhadores a ilusão falsa de que têm interesses comuns com seus empregadores.

Estas condições podem mudar os interesses da classe trabalhadora, assim que ela conte só com uma organização estruturada, de tal maneira que os membros de uma indústria, ou de qualquer indústria, de ser possível, deixem de trabalhar quando se convoca uma greve ou uma abstenção do trabalho em qualquer setor seu, realizando a solidariedade entre os trabalhadores e o lema “a injustiça contra um é uma injustiça contra todos”. Em vez do lema conservador “salário decente por jornada decente”, temos que pintar em nossa bandeira a bandeira revolucionária: “abolição do sistema de escravidão assalariada”.

A missão histórica da classe trabalhadora é destruir o capitalismo. A multidão da produção deve organizar-se, não só para a luta diária com os capitalistas, senão para continuar a produção quando o capitalismo tenha sido derrotado. Quando nos organizamos nas indústrias, formamos a estrutura da nova sociedade dentro da casca da velha...”
(Introdução do Estatuto dos Trabalhadores Industriais do Mundo – IWW).

Por muito que tratem de convencer-nos do fim da história, do fim do trabalho e de outras invenções ideológicas sobre o fim do mundo e de nossos bens, nós como trabalhadores, devemos dar uma resposta, pondo fim a seu mundo: O da insegurança, da fome, da repressão, do racismo, da xenofobia e do fascismo. Neste contexto, participamos nas mobilizações dos sindicatos de base locais, por um sindicalismo forte e sem chefes, por um sindicalismo de todos os trabalhadores e não dos chefes sindicais.

Trabalhadores Industriais do Mundo (IWW), Seção Grega
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[Portugal] Primeiro de Maio: Dia Internacional dos Trabalhadores - Contra a "festa" da miséria!

Reproduzimos este Comunicado recebedo na nossa caixa de correios assinado pela Associação Internacional dos Trabalhadores - Secção Portuguesa AIT-SP (Núcleo de Lisboa), da sua convocatória de Concentração na Praça do Rossio, a partir das 15h30:

Este é o dia em que se comemoram as lutas de todos os trabalhadores de todo o mundo. No entanto, que temos nós para comemorar? O aumento do desemprego? A facilidade dos despedimentos? O trabalho precário? As medidas de "austeridade"?

As confederações sindicais, organizadas segundo um sindicalismo burocrático, revelam ser incapazes de conduzir com sucesso a luta dos trabalhadores contra a classe capitalista que lucra com a nossa miséria.

São necessárias novamente as formas de luta que no passado conquistaram as 8 horas de trabalho, como a ação direta, o boicote, a greve, e a sabotagem. É necessário o sindicalismo revolucionário, organizado pelos trabalhadores de forma assembleária, que não se rende à vontade dos patrões, e que não pára até atingir o seu objetivo final: a emancipação dos trabalhadores.

Contra a "festa" da miséria! É preciso sair à rua, construir alternativas, recuperar as nossas vidas!

Juntem-se a nós. Com os vossos textos, imagens, música, ideias...

Concentração na Praça do Rossio, a partir das 15h30, 1º de Maio.

AIT-SP (Núcleo de Lisboa)
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29 abr 2014

Um conto para Cosidó (director “político” da polícia espanhola)

Como todo contista gosta dos contos, vou-lhe adicar este por ver se gosta tanto como eu gostei com o seu dos “1700 Polícias Perdidos e os 40 Grupos Ultra”:

Isto que lhe vou contar é um sucesso real, aconteceu-me quando rapaz, durante os recreios da escola donde, por causas que já contarei, surgira um divertimento grupal nos primeiros dias de escola, em poucas palavras o jogo consistia em juntar-nos os de 8ºA da EGB* e ir zurrar-lhes aos pequechos de 6ºC, com quem coincidiamos no horário de pátio, e aos que levávamos apenas dois anos pero um monte de diferência em quanto a constituiçom física e adestramento de guerrilhas de ataque.

A vida (depois soubem que fora umha decissom política) nos deparara ser a 1ª geraçom que experimentara o cámbeo do bacharelato antíguo por este sistema novidoso de siglas e etapas e as consequências foram fatalmente favoraveis para que nos empoleiráramos como galos de briga contra todos os crios do cursos que iam detrás nossa. A xeraçom antérior à nossa, que ainda apandara com o bacharelato antigo, foram afastados do nosso futuro escolar pois desde havia já um monte de anos deram o salto ao instituto, iam com dois cursos por riba nossa pero ficavam longe dos muros do nosso colégio (só para machos), do que nos figeramos amos e donos por pleno direito de primogenitura ja que, desde que os nossos “precedentes” migraram do cole ao insti com tam só 10 anos, eramos os maiores da escola e com este curso já iam ser cinco anos que nom tinhamos quem batera em nós. Eramos os reises da selva e esse ia ser o nosso derradeiro curso de domínio antes do inevitável salto ao instituto e ao também novidoso BUP.

O colégio era enorme, amuralhado como um cárcere, mantinha os portalons de saida fechados durante as aulas e o recreio, com o que os professores (também todos homes) deixabam-nos a nossa bola durante o tempo de recreio o que ia facilitar-nos enormemente a tarefa á que a deusa fortuna nos ia aventurar.

Aquele setembro, como qualquer outro, vinhera chuvoso e no primeiro dia de escola caiam chuços de ponta, com o que nom sucedeu nada. Além, estavamos todos demasiado nerviosos ao volver atopar-nos depois dumhas felices feiras e “os maiores” estavamos moi imbuídos fazendo fachenda dos nossos esquálidos biceps de adolescentes de 13 ou 14 anos entre assombros polos estirons experimentados em apenas tres meses, e os pelos que nos começaram agromar nos nossos bigodes. Tudo isso, combinado com as hormonas que supuravamos a borbotons e o feito de ser o início do nosso derradeiro curso na EGB, nom nos deu nem para botar umha olhada a toda a récua de crianços que iamos deixar atrás ao final de curso que agora começava.

Seria ao dia seguinte, quando já nos iamos pôr mão por obra a tareia. E nom foi por nom ter melhor que fazer, senom por umha fatal decissom do director da escola: Com o galho de evitar demasiado alvoroto no momento da saida ao recreio acordara agrupar-nos em periodos de méia hora numha mistura sem sentido de cifras e letras, e aos de 8ºA tocou-nos com 7ºB e 6ºC a saida das 12 horas, com um intervalo na saida de aulas de 5 minutos entre curso e curso.

Os de 7ºB, os primeiros em sair as 12 em ponto, ficaram nos soportais dianteiros, acovilhados da chuva fina que caia nesa hora, entanto os de 6ªC cometeram a ousadia de ir-se agochar na cancha de basquet para jogar a futebol sala com umha bola de tenis a pesares da chuveira que caia. Essa cancha estava ubicada na parte traseira e ficava fora do campo visual da sala de professores, e por direito de primogenitura vinha sendo nossa zona de jogos desde havia um monte de anos. E esse atrevimento ia ser sua perdiçom!!

Quando saimos nós a isso das 12 e 10 minutos, lá fumos cara a cancha, e quando avistamos aos “peques” (recém saidos da 1ª etapa da EGB) fumos lá, enchidos de razom e de argumentos, a encarar-nos com eles, quem, nada mais ver-nos vir, se percataram do seu erro e sairam correndo a zume de caroço cara o campo de futebol (mais bem de barro) e nós, bravos e abigodados, em troques de ficar contentes por ter apanhado o espaço que queriamos, sairamos tras deles como bestas desbocadas. Apanhamos a uns quantos e surramos neles até
que ficamos cansos e contentes, marchando ufanos depois volta á cancha, nom sem antes ter-lhes ameaçado com nom querer volver ve-los por ela.

O dia seguinte a mesma história. Os incautos de 6ºC confiaram em que, tras acusar-nos ao seu professor do que lhes figeramos, iam ter cancha livre. Mas, na altura, os professores estavam ainda em fase post-feiras e nom tinham esses miramentos que há agora com as liortas entre nenos, naquel tempo nom se conhecia a palavra bullying e as brigas entre nenos eram alentadas sem miramentos mesmo por adultos que observavam cumplacidos até que saia sangue (sinal convida socialmente para para-la briga e separar os contendentes). Tal as coisas a nossa sorpresa foi comprovar que o atrevemento desses crios nom merecia umha outra resposta que ir bater neles de novo para que nunca mais se lhes passara polos miolos achegar-se á nossa cancha de basquet. Assim foi como bater nos pequechos de 6ºC se passou a ser o nosso primordial divertimento naqueles primeiros dias da escola.

O quarto dia os de 6ºC já se reuniram no campo de barro, era fodido jogar lá porque arriscavas-te a levar umha tunda na casa por chegar enchido de barro até a cintura, e no cru inverno (no norte da Galiza o inverno começava com o curso, a mediados de setembro) era fácil que tal coisa acontecera. Era, sem dúvida, a melhor zona de jogo porque ficava num afundimento de terreo, abaixo da cancha de basquet, que era totalmente oculta desde as fiestras do edifício da escola, pero naqueles começos de curso era um lodaçal intransitavel. Nom tinha muito sentido que fossemos nós lá, a bater-nos nesse campo e buscamos o jeito de que sairam do lodaçal para nom ter que manchar-nos de sangue (digo de barro), e acordamos ir provocar-lhes só uns poucos de nós, os mais miudos ou com menos bigodes e também os que mais corriam, para que os incautos de 6º sairam a satisfazer a sua justa vingança tras nossa, enquanto o resto aguardavam ocultos na cancha para pilha-los em zona seca. Tudo saiu á perfeiçom e umha vez mais malhamos a gosto em todos eles.

Na sexta, último dia da semana escolar, presentiamos que os de 6ºC já andariam com a mosca na orelha e nom ia ser doado saca-los do lodaçal. Assim que decidimos arriscar-nos e que fosse só um de nós para motivar-lhes. O risco nom era moco de pavo assim que acordamos tiralo a sortes. Eu fum o “afortunado”, nem era dos mais bigodudos nem dos mais magros, pero tinha um bo registro em carreira curta e lá foi confiado em que de sair algo mal, os meus compas assistiriam-me em breve e volveriamos surrar neles. Mas nom fumos conscentes, em nengum momento, em que eles, depois de tres dias seguidos de levar as de perder, também maquinaram a sua defesa.

Já em baixando cara o campo surpreendeu-me ve-los jogar futebol com um “balom de reglamento” animosos e como absortos e alheios a minha presência ameaçante. Estava planificado atopalos como gazelas arrumadas em manada e em troques, os mais deles, chimpavam dispersas detrás do coiro. Avistando as peças decidim dar caça á mais dévil delas: o porteiro da equipa agora em posiçom atacante, quem ficara sozinho baixo os paus. Corrim presto cara ele, como leõa tras a sua presa, sem me percatar de que o resto dos jogadores deixaram o balom e o jogo e vinham em manada por mim. Quando apercebim o meu erro estratégico e táctico, estavam a uns passos de mim vociferando coléricos: Vingança!. Nom sei quanto tempo se passou, mas a mim parecera-me umha eterninade, tiraram-me o chão e surr“1700 Polícias Perdidos e os 40 Grupos Ultra”aram-me do lindo amoreados sem ter case espaço para dar-me de punhadas e couces e feito isto sairom ás carreiras deixándo-me lá ciscado, malhado e cheio de barro até as orelhas. Depois soubem que os meus compas estiveram distraidos aguardando ver subir as gacelas como quando cruzam o Serengeti e só se percataram da situaçom ao escutar o seu vozeio amaeçante, mas, no tempo que tradaram em reagir, os ananos de 6ºC já liscaram como almas que leva o demo a agochar-se nos soportais junto aos de 7ºB e lá desfrutar das meles do seu exitosa vingança e dos aplausos solidários e efusivos destes últimos, que se bem se mantiveram ao margem em tudo momento, já tinham levadas muitas nossas em outros anos para ter bem claro com quem posicionar-se.

Esse dia levei malheira dupla, a escusa de que caera na aula de gimnasia nom colou na casa, minha nai leva-va conta de que os venres nom tinha tal “matéria” e tirou de sapatilha com soltura.

Durante a fim de semana tivem tempo para calibrar o que se passara. Na noitinha dessa mesma sexta, arrumado entre sabas, múltiples vinganças se me passavam pela minha cabeça quente (nos dois sentidos, porque levara umhas quantas labaçadas e tinha a sensaçom de que o coraçom se me subira a cabeça tal como me latejavam as meixelas). O sábado dou-me por botar as culpas do que se me passara aos meus supostos camaradas na luta por nom ter estado espelidos e mais atentos á jogada. E o domingo, já com a cabeçinha fria, deu-me por entender que a surra levada, tinha sido bem merecida, nom por mim senom por qualquer de nós, os abusons de 8ªA que, afeitos a nom ter depredadores na escola, convirteramos, por umha má decissom dos de 6ºC, em autênticos descerebrados sem razom algumha.

A segunda feira caminhei com aires novos cara a escola, e o sol saira com brios novos dando os seus derradeiros folgos do vrão, mas por precauçom e vergonça, demorei até última hora a minha chegada, e quando aterrei já estavam entrando cada quem na sua aula. A minha entrada na aula foi saudada com palmadas de ánimo polos meus compañeiros mais cercanos a mim e um ruge-ruge “in crescendo” de promesas de vingança que foi de imediato aplacado pelo mestre. Haveria que aguardar á hora de recreio.

Quando saimos observamos que nom estavam os de 7ºB nos soportais e tomamos esse espaço para reunir-nos e compartilhar as ideias que cada quem de nós maquinara durante a fim de semana, havia mesmo quem figeram reunions nesses dias de asueto e tiraran conclusons grupais para propôr ao resto. Havia tácticas e estratégias para todos os gostos, se bem todas iam encaminhadas a como dar-lhes ao de 6ºC a maior tunda da sua vida, da que iam lembrar-se para sempre polo seu atrevemento. As vozes misturavam-se a berros como querendo dar maior peso aos argumentos de cada quem, havia desde quem propunha reforçar-se com melhor armamento até quem era partidário de enterra-los baixo lodo, eu entretanto aguardava em silêncio, já tomara qual ia ser minha actitude e nom ia muda-la pero prefrim aguardar a que todos se espraiaram. Umha vez feito o silêncio, um dos meus melhores compas aclarou que el estava disposto a fazer o que eu quiger e todos se sumarom á proposta. Dalgumha maneira todos se sentiram culpáveis do ocorrido e eu era um deles, nem o mais apreciado nem o mais envejado, pero era um deles e já levavamos muito recorrido juntos.

Eu sempre fum de palabra fácil, dotado pela natureza ou pela genética (meu pai tinha o apelo de “O Lábias”) e quando lhes digem que eu nom queria ir mais alá nesse macabro jogo, que os pequechos tinham as suas boas razons para ter-me feito o que me figeram, que eramos uns abusons e que tinhamos que comportar-nos como ejemplo para os que venhem atrás nossa e mirar de fazer as pazes com eles, os meus compas ficarom boquiabertos; a minha opiniom caira como umha bomba num cemitério. Mas era a minha opiniom e nesse momento, o que eu quiger, ia a misa. Digem que deixaram da minha mão resolver o entorto e fum só cara o campo de futebol, isso sim, os meus compas iam discretamente uns metros detrás minha.

Quando cheguei ao campo, o sol dava forte no mediodia e observei que entre os de 7ºB e os de 6ªC montaram umhas partidas ao ancho do campo e corriam tras os coiros alheios a minha presência, considerei prudente fazer-me ver e peguei um berro chamando ao porteiro, o mesmo que na sexta fora a minha peça escolhida, este nada mais ouvir-me, saiu espelido pedindo auxílio e deixando baleiros os paus (mais bem as “chupas” amoreadas que faziam as vezes de postes) e até lá fum eu, a cubrir o posto que o fugido deixara. As partidas interrupirom-se de imediato e mascava-se a tensom. Na cima da lomba, apostados em fieira, os meus companheiros oteavam a jogada expectantes. Entom foi quando berrei perguntando: Pode-se jogar?

Aforrarei os momentos posteirores, os diferentes reagires no campo e na lomba, mas desde aquele dia os recreios forom um jogo contínuo entre tres geraçons, misturados todos os números e letras numha sinfonia de alegros, andantes, minuetes e rondós.

Como digem ao princípio, este conto está baseado em feitos reais, moi edulcorados, e como o de vostede, tergiversado o necessário e suficiente como para ficar eu como um heroe sem culpa.

Tudo vale no mundo dos contos. A verdade é que este meu nom chega nem com cem léguas aos de seu dos “1700 Polícias Perdidos e os 40 Grupos Ultra” ou o que contou quando oda imposiçom da Medalla de Ouro ao Mérito Policial á “María Santísima del Amor de la Cofradía de Nuestro Padre Jesús El Rico” pela sua "dedicación, desvelo, solidaridad y sacrificio", nem ao do seu homólogo director “político” doutro corpo repressivo espanhol, o insigne Cuco Fdez de Mesa, porque o seu conto dos guardas que fam a raia divissora de fronteiras na areia, e que ao disparar ao ar matam a quince persoas, nom tenhem parangona possível.

eDu

*EGB
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A voltas con Xabier Omaña, desta volta atrapado na Operación "Araña"

Hoxe soubemos que, nas detencións levadas a cabo onte no estado español pola Guardia Civil, a instancias do xuíz da Audiencia Nacional, Eloy Velasco, na chamada "Operación Araña", foi detido e posteriormente posto en liberdade, unha outra vez, o lucense de Outeiro de Rei, Xabier Omaña Casanova.

Alguns falsimedios galegos facendose eco do publicado pola axencia EP, retornan a falar dele como "coñecido entre as forzas da orden por ser integrante de grupos anarquistas antisistema"; se ben o de maior tirada, por redacción propia, fala dele como "un coñecido independentista e antisistema lucense", e amplia a información ao respecto da súa detención e posteiror posta en liberdade, dizendo que esta foi practicada onte pola mañán cuando o independentista dirixíase a un xulgado de Lugo, onde debe presentarse periódicamente dende que fora detido o pasado mes de xaneiro pola súa suposta vinculación con o lanzamento de cócteles molotov contra o Clube Financiero de Vigo. Tambén relata este falsimedio que o detido permanecera durante todo o día de onte nas dependencias da Comandancia da Guarda Civil de Lugo, que pola tarde fora interrogado polos axentes do Servizo de Información chegados dende Madrid e que xa ficou en liberdade, ás tres da madrugada, tras prestar declaración.

Xa falamos neste blogue abondo ao respecto de Xabier Omaña e a súa "fantasiosa relación con o anarquismo" cando a súa detención de xaneiro, mesmo fixemonos eco das súas propias declaracións desmintindo a súa vinculación con o anarquismo (ver acá), mais a axencia EP, que soe facer as funcións de espallar a información facilitada pola policía, e os xornaluchos locais, voltan a insistir na teima de vinculalo con o anarquismo. "Difama que algo queda".

Non vou poñer nen quitar etiquetas de anarquistas, mais resulta paradóxico que, neste clima de represión e de falla de liberdade de expresión, aínda haxa quen faga uso das redes sociais para manifestar abertamente as súas simpatías por organizacións criminalizadas con o estigma de "terroristas". Na altura, faiseme moi estraño, que aínda haxa quen non se percate de que está a ser vixiado e pode ser culpabilizado polos delitos de enaltecemento do terrorismo e humillación ás víctimas (según o Código Penal, o delito por enaltecemento do terrorismo pode chegar a condenarse con dois anos de cárcere). Pero a realidade é que nesta operación de Velasco, cairan na súa tearaña entre 17 e 21 persoas (dependendo das fontes visitadas) ata agora, 15 no País Basco e Nafarroa; 1 en Castilla y León; 1 na Galiza; 2 en Asturies e 2 en Catalunya, dois deles minores de edade, nun operativo que continúa aberto e no que non se descartan novas detencións.

Segundo algunha información as persoas detidas non teñen relación orgánica entre elas, e son acusadas de ensalzar accións "terroristas" e de mofarse de víctimas como Irene Villa ou Miguel Ángel Blanco en comentarios e referencias nas redes sociales "de forma reiterada, en perfiles públicos e con numerosos seguidores adheridos" (según la Guardia Civil), ademais de manifestar os seus desexos de que segan cometendo atentados as organizacións armadas; loubanzas aos atentados xa cometidos; enaltecemento de militantes de organizacións armadas xulgados e condenados; benvidas a presos liberados; desexar que se atente contra determinadas persoas e referencias aos danos físicos sofridos por víctimas das accións destas organizacións armadas.

redactado x eDu
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"Santiago de Corruptela" Campanha denúncia da corrupçom

Um grupo de gente vizinha de Compostela e mais que farta dos níveis de corrupçom que atingem à corporaçom municipal deste concelho e que lixam a imagem da nossa cidade, vem de fazer pública na sua web esta convocatória dirigida á cidadania da capital galega porque, como dim: "Sentimos a necessidade de trasladar o nosso grau de indignaçom ao resto da cidadania de Compostela e através desta campanha queremos animar-te a que colabores e participes connosco: cola este cartaz na tua janela e convence aos teus colegas e vizinhos a fazer o mesmo. Nom sejas cúmplice da sua impunidade, di-lhes que estás farta".

Na web, no apartado "cronologia" podes informar-te de todas as pessoas da corporaçom municipal que estám implicadas na Pokemon e os delitos que se lhes imputam, além de manter-te o dia das notícias mais importantes que vaiam saindo à luz.

Assim venhem de publicar neste apartado notícias, que em, 24 de abril, várias pessoas do grupo anticorrupçom “Santiago de Corruptela.info” acudiram ao Plenário Ordinário do Concelho cunha indumentária particular: Camisolas amarelas com desenhos de Pokemon. Nesse acto de denúncia, viu-se como o nervosismo enchia a cara do alcaide Ángel Curras e dos regedores e regedoras. Lógico, dado que a imensa maioria deles e delas estám baixo imputaçom judicial por corruptelas várias. Tinham a sensaçom de que a sociedade estava anestesiada e que, de tam frequentes, as corruptelas já eram consideradas “normais”. Ontem vimos como ao alcaide e concelheiros se lhes congelava o sorriso cínico. Que saibam que desde ontem, a dignidade vestida de amarelo vai perseguí-los ali onde forem. O nosso é um grupo cidadão aberto que nom só procura a demisom das pessoas imputadas e processadas por corrupçom que degradam o nosso concelho. Tamém elaborará uma série de medidas pola transparência e contra a corrupçom que deveriam ser adoptadas polo resto de partidos políticos, se é que nos querem convencer de que som entidades limpas. Já veremos se estám à altura.

Fartas de tanta Corruptela! Amossa a tua indignaçom!

Consegue o teu cartaz para colar na tua janela na seguinte manifestaçom em Compostela. Também podes descarregá-la de aqui e imprimi-la tu mesma.

Contacto: santiagodecorruptela@gmail.com
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[Nafarroa] Operación Saída ao TAV: Mugitu decora paneis publicitarios.



En Nafarroa, e en todo o que ven sendo o Pais Basco Sur, levan ben tempo facendo unha loita contra o AVE (TAV), ese é o caso do movemento de acción non violenta Mugitu! Mugimendua, que promove a desobediencia civil dende maio de 2010 e que ten realizado dende entón un gran número de accións e campañas, entre elas o mediático Tartazo a Yolanda Barcina, presidenta do goberno foral de Nafarroa. Agora vimos de saber que hai unhas semanas, en visperas das feiras da Semana Tonta, membros de Mugitu aproveitaran ditas datas festivas para decorar 5 grandes vallas publicitarias con mensaxes de oposición ao TAV nas estradas de Tafallaldea e Ribera.


Con estas accións Mugitu Mugimendua denuncia, unha vez máis, o absurdo do TAV, e esixe ao goberno navarro a paralización das obras en marcha na zona da Ribeira. Mediante a colocación dos paneis informativos quérese destapar a falsidade da mensaxe de que o TAV carrexa benestar social, progreso e riqueza económica. De feito este proxecto xa se está convertendo nunha pesada lousa por ser sinónimo de débeda, déficit e dilapidación de gran cantidade de recursos públicos.

Isto sucedeu en Nafarroa entanto a prensa oficialista recollía os aforros na linha do AVE que, se non se pode evitar, vai chegar a Galiza provocando desfeitas irreparabeis e eliminando as vías férreas de sempre. De feito, un deses aforros terá lugar no mítico Padornelo (límite histórico entre o reino da Galiza e o de Castela), onde os trens de alta velocidade reutilizarán o vello túnel de seis kilómetros construido nos anos vinte do pasado século por 400 presos políticos. Mais non será o único lugar onde Fomento aforre na liña Madrid-Galiza e así muitos tramos serán de vía única, con o que as vacuas promesas de velocidade serán incumpridas, e a liña do AVE ao final só servirá para que se forren uns cantos amigos do poder e facer un medio máis caro e elitista, ademais de destructivo con a natureza e os xeitos de vivir e relacionarse. De feito hai informes técnicos que sinalan que o paso por Ourense será un "colo de botella inadmisible nun proxecto de alta velocidade desta envergadura no que os trens deberán reducir a súa velocidade por debaixo dos 100 quilómetros por hora"

Máis información das accións de Mugitu no seu blogue

Máis fotos desta acción na web Ekinklik.org

eDu
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[Montevidéu - Uruguai] Marcha do 25 de abril: Abaixo os muros do zoológico Villa Dolores!

Há um mês exacto, davamos pulo acá em Abordaxe dumha interesante informaçom ao respecto da campanha “Este ano fecha o zoológico” que se está a levar, em Montevidéu e arredores, por um grupo de gente do Uruguai agrupada na Coordenaçom contra o Zoológico e que tem por objectivo fechar o inferno que é o zoológico de Villa Dolores. Agora recebemos a crónica da Marcha realizada em 25 de abril e o Comunicado da mesma, que publicamos de seguido:

Montevidéu. A marcha partiu às 19h da Plaza Independência, pela 18 de Julho cantando lemas como “liberar, liberar, aos animais já”; “nós animais, nom somos negócio”; “zoológico fechado, irmám libertado” e “nom negociamos, nom esperamos, a Villa Dolores este ano a fechamos”.

Na rua Aquiles Lanza a marcha desviou para ir por San José e passar debaixo da IMM, do outro lado, na explanada, foi lido um manifesto.

Manifesto:

Nos momentos em que se desenvolve esta luta, os animais som reféns dos interesses da Intendência e dos funcionários do zoológico. Enquanto a Intendência acaba de anunciar o fechamento temporário do zoológico para fazer algumhas reformas que nada mudarám, os funcionários dizem que nom deixarám sair nengum animal.

Uns se empenham em gastar grandes somas de dinheiro para enfeitar umha coisa que nom se pode enfeitar, a clausura. Os outros insistem em defender as jaulas. Há algo em comum entre ambas as partes, a intençom de manter um espaço que só tem lugar em um mundo que entende a vida como mercadoria e espetáculo.

Daqui a mensagem é clara, nengum tipo de reforma vai deter as mobilizaçons nem os protestos. Nom nos cansaremos nunca de repetir que esta nom é umha luta para melhorar as condiçons de escravidom, é umha luta pela liberdade. As jaulas têm que ficar todas vazias, senom a luta nom terá sentido.

Nós somos claros e nos mantemos firmes nisto: só se ganha se lutar. Esta marcha pelo fechamento do zoológico Villa Dolores nom é umha actividade isolada, está inserida em umha luta.

Só se ganha se lutar, esta luta é parte de actividades e marchas que vem se desenvolvendo há anos e actualmente há vários muros pintados nas avenidas principais, várias intervençons e estamos presentes hoje neste lugar, nom por casualidade, é a Intendência de Montevidéu que faz funcionar o zoológico Villa Dolores.

Só se ganha se lutar e esta luta necessita justamente isso. Firmeza e avanço das mobilizaçons, protesto e acçons em geral.

Só se ganha se lutar. Até que caiam todos os muros do zoológico e as jaulas fiquem vazias!

Coordenaçom Contra o Zoológico
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[Brasil - São Paulo]: 15 de maio.- Acto de rua contra a Copa do Mundo Fifa 2014

No dia 15 de maio, quinta-feira, o Comitê Popular da Copa (SP), do que formam parte movimentos sociais, colectivos, grupos e individualidades politicamente abaixo e à esquerda, chama a todxs para irem às ruas. O CPC (SP) estará organizando um acto contra a Copa do Mundo Fifa 2014, a partir das 17h, na Praça do Ciclista, em São Paulo, capital. E fai público o seu Comunicado dando a conhecer 10 motivos pelos quais protestam contra a Copa, que nós colamos para dar-lhe pulo.

Comunicado:

A Copa do Mundo de 2014 será a copa das violaçons e da repressom. Se alguns dizem #vaitercopa, nós afirmamos #vaiterrepressom.

Conheça 10 motivos pelos quais protestamos contra a Copa:

1) 250 mil pessoas foram ou serám removidas de suas casas no Brasil, em razom de obras justificadas pela realizaçom da Copa do Mundo e das Olimpíadas;

2) A Copa deixará umha série de elefantes brancos – isto é, obras caras, vultosas, mas subutilizáveis. Os milionários estádios de Natal, Brasília, Cuiabá e Manaus só deverám estar cheios durante o megaevento. Depois, pela média de público dos campeonatos locais, deverám ficar às moscas.

3) Ao contrário do que foi prometido, grande parte do dinheiro utilizado na construçom ou reforma dos estádios vem do cofre público: por meio de financiamento via BNDES ou pelo aporte de governos estaduais;

4) Para poder receber a Copa do Mundo, o Brasil teve de assinar um termo no qual se compromete a mudar tudo o que for necessário em suas leis para se adequar às exigências da FIFA. Assim, o país abriu mão de sua soberania para atender a umha entidade privada;

5) Serám criadas verdadeiras “zonas de exclusom” durante a Copa do Mundo: a FIFA será responsável por áreas com raio de até 2 quilômetros em torno dos estádios e outras actividades oficiais do megaevento, onde apenas pessoal autorizado poderá praticar comércio;

6) Apesar das promessas de que a Copa irá oferecer oportunidades de trabalho aos brasileiros, vendedoras ambulantes, pequenos comerciantes e artistas de rua estám impedidos de trabalhar nas zonas da FIFA e de comercializar símbolos nacionais relacionados ao evento. Tudo isso ficará nas mãos da FIFA e de suas empresas parceiras, como a Coca Cola;

7) A FIFA e suas empresas parceiras terám isençom total de todos os impostos brasileiros, seja na esfera municipal, estadual ou federal, privando os cofres públicos de pelo menos 1 bilhom de reais (segundo estimativas do próprio governo brasileiro);

8) Para poder receber a Copa do Mundo, governos e clubes foram obrigados a construir e reformar estádios obedecendo a um “padrom Fifa de qualidade”. A princípio, tratam-se de novidades positivas, mas que só resistem ao nível da aparência. Na práctica, há um trágico efeito colateral em curso: a elitizaçom dos jogos, que, agora, devem ser frequentados apenas pela classe alta que pode pagar ingressos caros e comprar nas lojas instaladas nos estádios;

9) Em nome da Copa do Mundo, o Estado brasileiro expandiu seu aparato repressivo: além de ter gasto bilhons de reais em armamentos e novos grupos policiais, foram criadas novas tipificaçons penais para enquadrar manifestantes no código penal;

10) O Ministério da Defesa publicou um documento, intitulado “Garantia da Lei e da Ordem”, na qual classificam “movimentos ou organizaçons” como “forças oponentes”, assim como qualquer pessoa ou organizaçom que esteja obstruindo vias de acesso (mesmo que de forma pacífica), “provocando ou instigando acçons radicais e violentas”. Contra esses, o governo autoriza as Forças Armadas a agirem;
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[Vigo] Venres 2 as 10:00' - Concentración as portas do concello perante o colapso das Axudas de Emerxencia Municipais

Colamos convocatoria achegada pola Oficina Dereitos Sociais-Coia:

Xa anunciaramos na convocatoria do 25 de abril que Se Mahoma non vai á montaña... iriamos nós onda eles. Por iso o VENRES 2 de maio, a partires das 10h00, a ODS-Coia, o Grupo de Axitación Social e parroquia do Cristo da Victoria convocamos unha CONCENTRACIÓN ás portas do CONCELLO. E de novo convidamos ao alcalde e á concelleira a que ofrezan solucións ante os atrasos das Axudas de Emerxencia Municipais (AEM).

Abel Caballero e Isaura Abelairas, concelleira de Benestar Social néganse a explicar os motivos do colapso que sofre o departamento de servizos sociais do concello de Vigo. A calada por resposta. Mentres máis de dúas mil solicitudes de AEM están sen resolver. Igual que os problemas de moitas persoas, que acudimos a estas axudas para tratar de buscar vieiros polos que saír do empobrecemento que nos afoga.

Desempregadas ou con empregos precarios, sen pensións ou con elas recortadas, sen prestacións, sen axudas sociais... así temos que vivir, ou máis ben sobrevivir.

O pasado 25 de abril convocamos unha asemblea aberta para falar sobre a Política Social do Concello de Vigo, en concreto sobre os problemas na xestión das AEM nas últimas semanas. Ao acto estaban convidados o alcalde e a concelleira. Nin acudiron, nin deron explicación aos problemas denunciados. Preto dun cento de persoas escoitabamos como moita xente busca nestas axudas os euros necesarios para pagar a vivenda, a factura da luz, a bombona de butano, os alimentos dos cativos da casa... e como a resposta que atopaban era o silencio dos responsables políticos.

Contra a exclusión, redistribución! Dereitos Sociais para todas!

Renda Básica das iguais, XA!
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[Hervás - Cáceres] 16 a 18 de maio.- II Jornadas de Educaçom Livre

Colamos esta informaçom sobre o anúncio destas jornadas que, organizadas conjuntamente pelo Ateneu Libertário de Hervás e o Colectivo de Educaçom Livre Avellana, fam a sua segunda ediçom e accedemos á sua petiçom de colaboraçom "divulgando esta convocatória com o mesmo entusiasmo com que lhe enviamos" e que "acontecerám no fim de semana de 16 a 18 de maio, fim de semana que também coincidirá com a celebraçom do festival anual de fantoches de Hervás, que junto à preciosa primavera do vale de Ambroz, pressagiam um fim de semana maravilhoso"(sic):

Queridxs companheirxs:

Desde Hervás anunciamos a celebraçom das II Jornadas de Educaçom Livre, em cuja organizaçom se encontram imersos faz um tempo o Ateneu Libertário de Hervás e o Colectivo de Educaçom Livre Avellana.

Após o formidável resultado das jornadas anteriores e as estupendas sensaçons que nos deixaram, achamos que chegou o momento de repetir a experiência.

Nesta ocasiom as jornadas acontecerám no fim de semana de 16 a 18 de maio, fim de semana que também coincidirá com a celebraçom do festival anual de fantoches de Hervás, que junto à preciosa primavera do vale de Ambroz, pressagiam um fim de semana maravilhoso.

A agenda das jornadas ainda está aberta e desde o grupo organizador estamos trabalhando para ir fechando e concretizando os detalhes da programaçom. O planejamento das jornadas pretende aproximar-se ao da ediçom anterior, abarcando um espectro amplo da educaçom livre, que vá desde a desescolarizaçom às escolas livres, passando por experiências na escola pública que saem do marco da educaçom convencional, buscando elementos de convergência entre estas propostas e o caráter libertário latente em cada umha delas.

A nom confirmaçom definitiva de algum colectivo e sempre sujeito às contingências que possam surgir, nestas jornadas contaremos com a presença de colectivos e projectos emblemáticos no terreno da educaçom livre, como Paideia (Mérida), a escola livre mais longeva do território espanhol, Summerhill (Suffolk, Reino Unido), um referencial histórico na educaçom livre a nível internacional, o La Semilla (Huelva), ou iniciativas que pretendem abrir caminho no abrupto terreno da educaçom pública, além de muitos outros projectos, colectivos, grupos, associaçons e pessoas que já participaram nas jornadas anteriores, e que também esperamos nestas.

Completaremos o conteúdo das jornadas com umha série de obradoiros, entre os que podemos adiantar o de Cálculo Vivo a cargo do Movimiento Cooperativo de Escuela Popular, ou os de educaçom afectiva e ioga para crianças.

No aspecto lúdico, além da programaçom do festival de fantoches e do que surja espontaneamente, para as festas existirá umha proposta de actividades, jogos e projeçons que acontecerám no camping para facilitar a participaçom das famílias.

Para o alojamento, os participantes poderám alojar-se no camping “El Pinajarro”. O preço do acampamento será aproximadamente 10 euros pelos dois dias. Para as crianças até 10 anos, será gratuito. Para quem necessite de mais comodidades, o camping conta com bangalôs, que oferecerám um desconto para xs participantes das jornadas. Recomendamos fazer reserva antecipada, afim de assegurar um lugar e ajudar-nos a fazer umha estimativa do número de participantes.

Para o jantar de 6ª feira, sugerimos que cada um traga sua comida, ainda buscaremos um espaço para que possamos compartilhar esse momento. No sábado e domingo, o grupo organizador oferecerá umha comida popular vegana. O custo será o mais econômico possível e os benefícios serám destinados a cobrir os gastos das jornadas. Pedimos que tentem confirmar a participaçom o quanto antes possível, para que façamos umha ideia de quantxs seremos.

A medida que se aproxime a data do encontro, iremos actualizando a informaçom. Entretanto convidamos a que vaiades revisando a informaçom que iremos publicando no blog do Ateneu Libertário.

Também podem obter informaçons sobre questons mais concretas em:

Ateneu Libertário (Sonia) 687484460

Camping el Pinajarro: 927 48 16 73

Títeres: Cristoforo Colombo: 927 473747 - 636 430 676

Finalmente queremos pedir vossa colaboraçom participando e divulgando esta convocatória com o mesmo entusiasmo com que lhe enviamos.

Um saudo e até mais.
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