31 may 2014

[Barcelona] Comunicado Acçom Libertária de Sants: A todo o bairro

Desde Acçom Libertária de Sants queremos expressar nossa opiniom, como moradores que somos do bairro, sobre os acontecimentos dos últimos dias. O objectivo desta nota é para ajudar a esclarecer algumhas questons com as quais temos encontrado ao dialogar com alguns moradores.

Sobre a negociaçom de Can Vies.

Sabemos que as negociaçons conduzidas pelos companheiros de Can Vies estiveram por todo o momento sob a ameaça de despejo por parte da Prefeitura. Nom foi uma negociaçom, mas umha chantagem, e sua proposta de que os colectivos mudassem temporariamente para outro espaço para que o reformassem, umha mentira. O edifício que prometeram reformar agora está destruído e Can Vies nom é umha excepçom. O exemplo mais recente e mais claro: a metade das famílias da Corrala Utopia [ocupaçom] de Sevilha ainda está na rua, esperando o prometido realojo. As negociaçons com o Estado e o Capital som ganhas com a força, nom engolindo suas mentiras.

Sobre o espaço de Can Vies.

Can Vies era um espaço comum dos moradores de Sants e assim foi comprovado nestes dias. A perda dele é um ataque directo ao bairro, com a clara intençom de romper o tecido social e, ante isso, nom temos umha outra possibilidade que nom seja a de nos defender.

Sobre os fatos ocorridos durante a semana.

Estes dias de distúrbios som o resultado da raiva e da indignaçom, nom só pelo despejo de Can Vies, mas pela atual conjuntura. E se ainda acrescentarmos a isso a ocupaçom policial do bairro e suas provocaçons, nom há outro resultado para a equaçom. Sem despejo nom haveria distúrbios, sem repressom policial nom teria havido distúrbios. Se nos atacam devemos nos defender, e esta semana Sants se defendeu com dignidade. O medo começa a ser percebido entre os políticos, que vêm o seu barquinho de praia em perigo, e entre a polícia, que vêm como a sua integridade física é posta em sério risco.

Sobre a violência no bairro e contra o bairro.

Os anarquistas som contra a violência e a nossa proposta é eliminá-la de nossas vidas, por isso estamos contra o capitalismo e o Estado, que som a violência na sua mais pura essência. Mas nom vacilamos em nos defender, por todos os meios, das agressons sofridas e que sofremos. Muitos som os que dizem que perdemos a razom com a violência, mas deveriam perguntar por que tudo isso acontece e que resultados têm. Dois dias de distúrbios em Sants têm sido suficientes para a Prefeitura ficar disposta a negociar o que antes nom queria nem conversar. Também queremos recordar o que aconteceu em Gamonal, em que a Prefeitura ignorou todos os protestos e acçons pacíficas até que o fogo e as pedras chegaram às suas portas. O resultado nós já sabemos: obras foram paralisadas e o bairro ganhou. Neste momento, os governantes têm muito medo que o caos se instale sobre o assunto, entom, apelam à calma e à negociaçom com os supostos representantes, enquanto chamam seus asseclas para esmagar os "violentos". Estám com medo, porque começamos a perder o medo.

Sobre as tentativas de dividir o bairro entre violentos e nom violentos.

A grande maioria das pessoas que estám mostrando oposiçom ao despejo do Can Vies som moradores do bairro de Sants. Pessoas de diferentes idades que, obviamente, lutam de diferentes maneiras. A violência que é usada pelos Mossos [polícia catalã], está sendo contestada com resistência dos moradores em forma de panelaços, manifestaçons e barricadas. Em nengum momento foi atacada, e podemos comprovar, lojas do bairro. As exceçons som apenas isso, exceçons, e tem soluçons. Nom nos estranha a linguagem criminalizadora da mídia, tentando confundir as pessoas do bairro e colocar umhas contra as outras. No entanto, queremos deixar claro que as barricadas e as chamas têm umha utilidade dissuadora; nom pretende ser um incômodo para os moradores, porque nós mesmos somos os moradores do bairro e estamos na mesma luta.

Sobre o que "nos custa" a revolta.

Os meios de comunicaçom estám tentando nos levar as suas terras. Comentaristas de todos os matizes tentam fazer-nos ver que esse conflicto nos custa muito dinheiro. Eles falam sobre o quanto estám custando os distúrbios e que nós que pagamos tudo no final. A reflexom deve ir mais longe e se concentrar em outros assuntos mais graves. Vamos falar sobre quanto nos custam os políticos, reis e outros parasitas, o roubo diário dos salários, as demissons, os aumentos do transporte, os gastos militares e policiais... Quem paga por tudo isso? Nom acreditamos que ninguém nos “buracos” de mineraçom parou para pensar sobre o custo dos bloqueios de estradas. Tampouco façamos as contas de quanto nos custa alguns tristes contenedores.

Sobre o que exigimos agora
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Agora nom podemos mais que nos juntar as exigências dos companheiros de Can Vies: a renúncia de Xavier Trias e Jordi Martí, Conselheiro de Sants-Montjuïc, o desmantelamento da presença da polícia no bairro, a liberdade e a absolviçom de todos os presos e freio a todos os despejos de centros sociais.

E depois da revolta, o que fazer?


Nosso objectivo é destruir o sistema e construir nossas vidas de forma livre. Estamos conscientes de que a guerra nocturna nas ruas de Sants terá seu fim, mas nom a luta por um mundo novo. Entom continuaremos desobedecendo: nos auto-organizado em assembleias de bairro, no trabalho ou onde quer que estejamos, porque nom entendemos outra maneira de mudar as coisas senom lutando desde a igualdade; colectivizando e compartilhando nossos recursos com todos; criando redes de apoio mútuo para solucionar nossos problemas; ocupando casas e novos espaços para atender as nossas necessidades básicas.

Das fumegantes ruínas de Can Vies surgirá um bairro melhor, um bairro construído entre todos nós, sem políticos ou banqueiros envolvidos, com a solidariedade e o apoio mútuo como princípios. Nom queremos que a chama se apague. Queremos que a raiva se transforme em destruiçom da miséria e da opressom. Como dizia um velho conhecido: "nom nos dam medo as ruínas, porque levamos um mundo novo nos coraçons".
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30 may 2014

[Barcelona] Non hai tregua, Can Vies segue en loita malia a orde do alcalde de cesamento do derrubamento

Recollemos de Naiz-Gara:


Nunha rolda de prensa celebrada esta mañá, o colectivo de Can Vies rexeitou sentarse a negociar co Concello, ao entender que ningún diálogo é posible tras o derrubamento parcial do edificio desaloxado o luns. De feito, Can Vies convocou a veciñanza mañá a unha xornada de reconstrución do edificio. O Concello non se pronunciou ao respecto, pero esta mañá paralizou o derrubamento

«Non temos nada a negociar cun Concello que ademais de desaloxarnos continúa co derrubamento», sinalou esta mañá o membro de Can Vies Pau Guerra, nunha rolda de prensa na que compareceu xunto a membros da Plataforma de apoio a Can Vies e da Assemblea del Barri de Sants (ABS). Tras a cuarta noite consecutiva de protestas, Guerra sinalou que o «único» que necesitan é que as forzas policiais se retiren do barrio e que deixen vía libre ao colectivo e aos veciños «para reconstruír o que outros destruíron».

Neste sentido, remarcou a convocatoria de mañá pola mañá, na que comezarán a devandita reconstrución. «Se tanta boa vontade ten o Concello para solucionar a situación, que nos deixe en paz, que nós seguiremos construíndo e mantendo un espazo autoxestionado como o fixemos durante os últimos 17 anos en Can Vies», engadiu Guerra, en referencia á predisposición ao diálogo anunciada onte polo alcalde, Xavier Trias.

Sobre a proposta de mediación lanzada onte polo Centro Social de Sants-Associació de Veïns, que instaba ao Concello a paralizar o derrubamento do edificio, permitir o regreso do colectivo, analizar o estado do inmoble e o fin da presenza policial e dos disturbios, Guerra agradeceu o xesto do Centro Social e, aínda que reiterou que «non hai nada a negociar co Concello», subliñou que a proposta da entidade veciñal se aliña coas demandas de Can Vies.

Pola súa banda, o membro da ABS Marc Justícia reivindicou os 17 anos de historia de Can Vies «no marco dunha loita de barrio de moitos anos máis» e deu a razón ao concelleiro do distrito, Jordi Martí, cando sinala que algúns non recoñecen a legalidade vixente. «En efecto, non recoñecemos unha legalidade que quere converter a cidade nun parque temático, que desaloxa e desafiúza en beneficio duns poucos e rescata bancos en detrimento de todos».

Por último, o membro da Plataforma de apoio a Can Vies Ferran Aguiló explicou a traxectoria da Plataforma, creada en 2006 para recompilar apoios ao Centro Social Autoxestionado. Aguiló explicou que a Plataforma foi a encargada de interlocutar durante os últimos meses co Concello, co obxectivo de paralizar o desaloxo, un proceso durante o cal «os representantes do Concello non fixeron máis que mentir e andar con voltas, nos sentimos estafados», segundo explicou.

Por todo iso, a Plataforma -así como a ABS- se sumou á convocatoria para reconstruír mañá Can Vies. Antes diso, esta tarde volverá celebrarse unha cazarolada en protesta polo desaloxo e a ocupación policial do barrio, mentres que mañá mesmo, pero pola tarde, a convocatoria será a nivel de Barcelona e se celebrará en forma de manifestación polo centro da cidade.

O Concello paraliza o derrubamento

Dende o Goberno municipal respondeuse cun comunicado á rolda de prensa de Can Vies, así como á proposta trasladouna onte polo Centro Social de Sants. Malia que o Concello anunciou a paralización do derrubamento polo momento, non se pronuncia sobre a intención do colectivo de reconstruír o edificio.

O Concello esixe o fin dos disturbios e vólvese mostrar disposto á negociación con Can Vies, algo que fontes do colectivo volveron rexeitar en declaracións a NAIZ, limitándose a sinalar que o único xeito de comprobar a boa vontade do Concello será «ver que fan mañá».

Colamos tambén o Comunicado emitido desde Can Vies (en catalán, se entende ben, que recollimos da súa web)

Construïm l’alternativa, defensem els barris!

Davant dels tres últims dies de mobilitzacions, de repressió policial i de diverses informacions aparegudes als mitjans les ultimes hores, Can Vies vol deixar clars els següents punts:

- Sempre hem apostat per construir un model diferent, és el que hem fet al llarg de 17 anys a un edifici que l’Ajuntament està tirant a terra.
- Els esdeveniments que s’estan succeint van més enllà del mateix desallotjament, i són una mostra de rebuig a tots els atacs que estem patint per part del govern i el poder.
- Les manifestacions convocades per Can Vies són expressions reivindicatives que l’actuació policial està convertint en fenòmens de violència. Condemnem enèrgicament el desplegament i actuació policial: les detencions arbitràries, les pallisses i cops, les carregues, intimidacions, identificacions i més violències que estem patint al barri.
- Demanar obrir negociacions mentre segueix l’enderroc de l’edifici -avui han tirat a terra l’emblemàtic torreó- és d’un cinisme infinit.
- En aquest sentit, recordem les exigències que l’Assemblea del Barri de Sants (ABS) va fer publiques ahir i segueixen vigents:

1) Dimissió del regidor del districte, Jordi Martí, i l’alcalde, Xavier Trias.
2) Paralització immediata de l’enderroc
3) Alliberament sense cap tipus de càrrec de totes les detingudes
4) Que s’aturi el desplegament policial que està militaritzant el barri
5) Paralització de tots els desnonaments de qualsevol tipus i la retirada dels processos de desallotjament de la resta de Centres Socials Okupats en perill.
Volem remarcar que hi ha hagut més de 100 ferits a causa de la brutalitat policial, i que s’han obert uns 40 processos penals. Això no quedarà així, no tenim por perquè amb el desallotjament i enderroc del CSA Can Vies han fet vessar el got de la ràbia per tanta injustícia social.

Dit això, recordem la convocatòria feta per a reconstruir l’edifici de Can Vies el proper dissabte. Si tanta bona voluntat té l’Ajuntament, ho torna a tenir molt fàcil: que ens deixí tornar a construir en pau el que ells han destruït amb la violència.

Ens veiem a les cassolades d’avui i divendres i dissabte durant tot el dia.
Estigueu atentes a les diferents convocatòries.

Construïm l’alternativa, defensem els barris!
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Em Gamonal ganhou o PP!! «Umha mentira repetida mil vezes que "nom Podemos" deixar que se convirta em verdade»

Estes dias, e a raiz da luita no bairro de Sants (Barcelona), na caterva mediática das televisóns, e com maior ênfase em programas de tertúlias de mediocres propagandistas da tergiversaçom, repite-se como consigna dictada polos manipuladores de títeres o dado falso de que no bairro do Gamonal (Burgos) ganhou as eleiçons o PP. Com esta mentira pretendem anular o chamado "Efeito Gamonal", ou o que é o mesmo pretendem anular o direito popular de resposta aos abusos dos governantes. Tentam fazer crêr ás suas siareiras que, pese a que a luita contra os intereses especulátivos do alcalde burgalés do PP fosse vitoriosa de cara á vizinhança do Gamonal, esta nom se vira agora reflectida nos resultados eleitorais do passado domingo. Nom só isso senom que para tratar de anular a resposta do bairro de Sants, além de buscar deseperadamente alguém que, diante das cámaras, critique a revolta popular, recurrem de novo a manida mentira de que a luita é levada por grupos itinerantes de violentxs que som alheixs ao bairro em conflicto, como antes no Gamonal, donde ficou demonstrada as suas mentiras, agora tenta-no em Sants, mesmo fam incidència em que algumhas das pessoas detidas sejam de procedências dispares: um italiano (uii), um holandés (uaaa), um bangladesí (ups), dois colombianos (ajá) e dois mexicanos (guaje!); mesmo algum dos mais “incendiários” tirou a precipitada conclussom de que vinheram "ex professo" para participar nas luitas, ao que as suas companheiras de guinhol corregirom de imediato fazendo-lhe ver o carácter multicultural de Barcelona. Imos mentir pero sem exagerar, que senom nom cola, mas já fica dito para que xs fideis siareirxs desta casta de programas poidam repetir o que ouvierom em tertúlias de café e/ou de "gintonic de luxe".

Mas tenho diante minha os resultados da eleiçons europeias no bairro do Gamonal, e se bem é certo que o PP foi o partido mais votado, também o é que foi devido á perda de votos do seu “sósias” socialista, que era o antérior "vencedor" ao ficar sem a mitade de votantes e só mantendo 4 mil setecentos siareirxs, mas que nom mintam, o castigo também se extendeu ao PP, perdeu 3 mil seiscentos votantes e mantém algo mais de 5 mil trescentas, perdendo entre ambos mais de 8 mil doscentos votantes no Gamonal, e nem sequer o chamado efeito “Podemos” (2 mil setecentos) nem IU ( mil novecentos e pico, sube 1300) por umha banda, nem UpyD ( algo mais de mil novecentos, sube 900) nem VOX ( pouco mais de 500) recolhem as perdas dos “gemelgos”.

Entom, quem ganhou?

(reproduzimos o peculiar gráfico desenhado pelos compas do Diario de Vurgos sobre os resultados na província burgalesa e no que incluiem ás pessoas sem direito a voto, porque como dim: "ainda que na sua maioria som minores de idade, também existem entre elas pessoas condenadas/reclusas ou com doenças mentais").

Pois ganhou o povo em luita, medrou a abstençom por riba do 50%, um dado que nom podo traduzilo no nº total de pessoas que optarom por absterse no Gamonal ( sim sei que no total dos bairros do concelho de Burgos a abstençom medrou em mais de 2500 pessoas, cum total de 67.250 ), como dado do Gamonal só tenho o que aporta um comentarista no falsimedio Diario de Burgos (sic): “a ver gamonal ha ganao el pp pero han perdio casi 3.000 votos respecto a las ultimas europeas, lo que pasa que los que votaban al psoe antes en gamonal ahora votan a otros partidos, por eso gana el pp por que los del pp no cambian y los demas si, y mucha gente no cree en el voto porque hay mas de un 50% de abstencion pero los del pp siempre votan eso esta claro”*.

Como outro dado do “Efeito Gamonal”, na província de Burgos, os votos para a direita PPSOE e seus irmás pequenos (UpyD, VOX, C's,...) sumam um total de algo mais de 48 mil quatrocentos apoios, o que vem sendo um 35'26% , ou seja só algo mais que 1 de cada 3 pessoas com direito a voto.

Com estes resultados no Gamonal, demonstra-se o que a luita vizinhal assembleária e de base, como maneira de soluçonar os problemas que atingem ao bairro, decantou-se maioritariamente pela práctica da abstençom activa e segue ne-lo.

Cabe sinalar que no bairro de Sants (da que si há dados concretos) a abstençom superou a mitade do censo, com um 51'77% e mais de 62 mil pessoas que optarom por nom ir votar, 6 vezes mais que os votos acadados por CiU (no governo municipal) que só tivo algo mais de 10 mil.

Poida que haxa leitoras desta revista anarquista que sega a pôr em questom o abstencionismo nestes tempos de “duralex”, questonam-se se nom viviriamos milhor governadas pela esquerda reformista, e valoram as estragemas publicistas “mola maço” de Podemos, que reproduz as já practicadas na histórias doutras pseudodemocracias, como recém em Uruguay com o presi guai que aprova o cultivo de marihuana e doa o 90% de seu salário para ONGs e pessoas carentes, entanto promove a minaria a ceu aberto, o cultivo de soia transgênica, os agrotóxicos, e enormes plantaçons de eucaliptos e aprova leis para aumentar a produçom das pasteiras tipo ENCE ou para incrementar as políticas repressivas ao tempo que medram as torturas e maus tratos nos cárceres; mas nom é o único, na minha vida (e de algo valerá a experiência de quem já pinta canas desde há anos, algo do que nom tiro habitualmente para fazer-me valer mas o caso o merece) já me passei, na minha ingenuidade, por acessos de alegria por melhores artistas que tiravam também de disfarces de alternativos, como quando fora a vitória de Mitterrand em 1981 (a 1ª vez que ganava o “socialismo” na França), ou com a 1ª vitória de Felipe González no 1982 com a famosa lenda “OTAN de entrada nom” (aos que nunca voteu) ou em 1984 quando em Nicaragua a Força Sandinista de Libertaçom Nacional (FSLN) com Daniel Ortega ganhara com o 67% dos votos e algo similar, e igual mais achegado ao efeito nebuloso “Podemos”, quando votei em julho de 2005 ao BNG (umha vez e “nunca mais”) para desbancar a Fraga para tentar mudar a situaçom da Galiza, o que dera a vitória ao bipartido BNG-PSOE, que para nom aburrir só podo dizer que siguiu adiante com as denostadas obras do mausoleio de Fraga, e isso nom foi o pior.



E se nos remontamos na nossa história nom vivida por nengumha de nós (pero da que hai dados objectivos), considero interesante pontoaliçar que quando desde a CNT se promovera o voto á candidatura da Frente Popular (com posiçonamento em contra de muitas anarquistas), e acadaram poltronas varixs ministrxs anarcosindicalistas no governo, sucedera que a carteira de Justiça caira nas mans de García Oliver, quem chegara a Madrid em septembro do 36 em plena guerra cargando com o seu fusil "laranjeiro" para fazer-se cargo do seu posto e ia rematar o seu mandado com o seu discurso "Alto o lume", em 4 de maio de 1937, traiçonando a revolta operária de Barcelona que luitava nas ruas nos conhecidos como "Els Fets de maig", e se bem pouco depois dimitira, mantivera, durante o seu curto mandado, sequestrados nos seus cárceres a centos de anarquistas em rebeldia com o governo.

Poida que haxa quem espere a viver em melhores condiçons baixo um governo de “progressistas”, de feito have-los hainos, sobre tudo no mundinho de artistilhas “progres” e outrxs vivdorxs que chucham de subvençons, além cargos e carguilhos que aposentam nas cadeiras cedidas pelxs substituidxs, filiadxs que conseguem um cholhinho como assessorxs ou amizades com negócios especulativos "progressistas".

Eu nom ganho nada, nunca ganhei, mas bem perdim parte da minha inocência (por sorte ainda tenho muita) e deu passo a um escepticismo “crónico” com toda caste de políticos que querem governar-nos, e de ai jurdem estas minhas “crónicas” eleitorais, mas com o tempo e a base de ressacas eleitorais, ganhei consciência do que já sabia desde há muitos anos, que só o povo nas rúas e em acçom luitando e defendendo o seu direito ao seu jeito de “sobreviver”, tem as manhas para fazer valer a sua opiniom sem necessidade algumha de salvapátrias de garavata ou de coleta, ainda que nos chovam as críticas e segamos a ser objectivo das mentiras "goebbelianas" nos programas chorras das televisons, que por mil vezes que repitam nunca deixaremos que se convirtam em verdade.

E quero rematar com esta reflexom que recolhim do muro dum colega numha rede social: "Precissamente quando o sistema de partidos está mais deslegitimado que nunca surgem opçons que pretendem que pretendem representar o irrepresentável. Nengumha força que tenha como coluna vertebral o jogo eleitoral e a política representativa pode ser livre ou autónoma para modificar as relaçons de poder. Ou criamos desde abaixo, em rede, ou essas novas forças que dim combater a casta acavarám fazendo parte da casta".



A luita segue em Can Vies!!

Que se extenda a revolta!!

eDu

* Se alguém pode aportar o dado da abstençom no Gamonal, molava que o aportar em comentários (e por pura curiosidade dum pilhao)
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29 may 2014

[Texto] Can Vies: A razón da forza na Barcelona policial

Reproducimos (e traducimos) esta entrada do blogue do compa de "La Rebelión de las Palabras" onde da conta das súas impresións e recolle un texto publicado na revista antidesarrollista e libertaria Argelaga (que tambén traducimos):

Estes días o barrio de Sants e por efecto dominou boa parte da cidade de Barcelona e mesmo doutras localidades catalás viven momentos de revolta e solidariedade tras o desaloxo o pasado luns do Centro Social Okupado Can Vies, histórico referente do movemento social antagonista na urbe condal, con 17 anos de traxectoria, loita e cultura libre e rebelde ás súas costas, o que lles permitiu construír fortes lazos co barrio, creando un tecido veciñal que deu os seus froitos nas mobilizacións destes días, onde miles de persoas de todas as idades e condicións berraron contra a especulación e a falta de espazos dende onde reformular o existente e transformar as relacións en clave anticapitalista e autoxestionaria, mentres outrxs menos pacientes e máis apaixonadxs e sedentxs de devolver aos cans do sistema un pouco da rabia que sementan día a día, esnaquizaban sucursais bancarias, atacaban á policía e aos xornalistas dos mass-media, bloqueaban con barricadas o tránsito automatizado de mercadoría e persoas e mesmo prendían lume á maquinaria de demolición aparcada no terreo da ocupa. Unha vinganza digna que aínda non se detivo, xa que continuaba hoxe con novas mobilizacións, e seguia estendéndose no que muitxs xa cualifican de "Efecto Can Vies", que dende redes sociais se presenta como o novo Gamonal, en referencia a outro exemplo recente de mobilización veciñal masiva neste barrio burgalés onde a paralización definitiva das obras dun boulevard que fixo saír á rúa a todo o barrio (unha retirada a tempo é mellor que unha derrota, non si, señor alcalde?) calmou o conflito pero non as conciencias.

E é que o totalitarismo das súas metrópoles non serve con quen habitaron ou coñeceron espazos libres de mercantilismo, cheos de vida e paixón, de sonos e esperanzas, onde nin o aburrimento nin a monotonía do status-quo teñen cabida, aventurándose en novas maneiras de facer política pero, sobre todo, de relacionarse e desobedecer. As vosas cidades son tristes. Queredes lugares desprovistos de participación onde todo estea automatizado e preparado, para manternos Queredes lugares desprovistos de participación onde todo estea automatizado e preparado, para manternos alienadxs das nosas necesidades e daqueles recursos que necesitamos verdadeiramente para satisfacelas, entregadxs ao traballo hipnótico e absurdo para manter xirando unhas engrenaxes que fabrican entre pantallas e valas novos desexos de usar e tirar, experiencias sintéticas, "comodidades" electrodomésticas e inalcanzables ideais de vida que perseguir mentres pouco a pouco perdemos o alento e a autoestima, para rematar fundidxs na turba sen rostro, multitudes difusas percorrendo amoucadas rúas rodeadas de escaparates, cámaras e publicidade, un decorado estéril de tranquilidade, seguridade e harmonía que se rompe coa mesma facilidade que os cristais de comercios e bancos cada vez que a programación do sistema falla e a masa deixa de selo para converterse en persoas libres que poñen en común os seus esforzos e se organizan de forma autónoma para poñer fin ao espectáculo social e rebentar as miserables condicións de existencia que este impón.

Agora, xs compañeirxs da revista antidesarrollista e libertaria Argelaga publicaron no seu blog un texto acerca de Can Vies, o seu papel nunha Barcelona convertida en marca turística, o seu desaloxo e as respostas que se deron na rúa. Tras recibilo no correo electrónico, déixovolo a continuación para a súa lectura, reflexión e debate. Para outros textos, información e noticias da publicación, visitade o blog de Argelaga aquí.

Can Vies: A razón da forza na Barcelona policial

Cando a forza da razón é sometida pola razón da forza, non todo o mundo pode falar de lei nin de dereito. Nesta situación a lei é arbitraria e a súa aplicación non se desprende dun Estado de dereito, senón dun Estado de abuso onde a violencia monopolizada polo goberno está ao servizo de intereses privilexiados. Neste caso a resistencia ao abuso é lexítima; é máis, o dereito a resistir e defenderse é o único dereito de verdade. Polo tanto, dende o punto de vista da liberdade, a dignidade e a razón, as verdadeiras fontes do dereito, a protesta contra o derrubamento do espazo okupado e autoxestionado Can Vies, no barrio de Sants, non pode estar máis xustificada. A súa demolición non foi un pretexto para a violencia intolerable de minorías itinerantes que "se aproveitan do malestar", tal como din as autoridades (e o sindicato de mossos de UGT): simplemente foi unha mostra da barbarie institucional, gratuíta e salvaxe, como adoita ser.

A metrópole chamada Barcelona non é un amplo asentamento organizado por unha comunidade de habitantes como cando se fundou; tampouco é unha cidade industrial chea de traballadores fabrís como era antes; o amoreamento barcelonés é só un espazo aberto e pacífico de consumidores, onde todo movemento humano debe ser regulado e controlado para garantir a súa transparencia e a súa función. Quen manda en Barcelona non son os veciños, senón unha casta política e financeira, vertical e autoritaria, parasita e usurpadora, que fai da xestión urbana o seu modo privilexiado de vida. O que conta para os dirixentes é a "marca Barcelona", é dicir, que o municipio dea unha imaxe aseada e tranquila, como a dun centro comercial ou un parque temático, boa para os negocios, as compras, o ocio mercantilizado e o turismo. Resulta evidente que o espectáculo dunha Barcelona consumible por horas necesita un espazo sen contradicións nin ambigüidades, completamente sometido e ao alcance do comprador.

O novo modelo urbano non pode permitir a existencia de espazos realmente públicos, sen mediacións nin barreiras, e menos aínda de lugares xestionados horizontalmente: todo debe funcionar como un escenario xerarquizado e monitorizado, onde tecnoloxías, ordenanzas, mobiliario urbano e urbanismo están ao servizo dos dirixentes expoliadores. O exercicio da autoridade nestas condicións é fundamentalmente policial; nesta fase, a política confúndese coa represión: xestión, vixilancia e orde son a mesma cousa, polo que o goberno exerce sobre todo dende a conselleria de orde pública. A política é entón, non asunto de políticos, senón das implacables forzas de seguridade. Todos os problemas políticos e sociais que este modelo aberrante de cidade constantemente provoca nunca serán recoñecidos como tales, xa que a poboación non ten ningún dereito a queixarse do mellor dos mundos. A única resposta do poder dominante secuestrador da decisión popular é a violencia.

Está claro que no tema de Can Vies, as autoridades municipais nunca tiveron a intención de ofrecer alternativas que se saísen do circuíto burocrático oficial, e que todo encontro se vertía á manipulación e a mentira, porque ao propoñer un espazo tutelado inaceptable o que querían realmente era suprimir este espazo libre. O dispositivo policial desproporcionado para facer efectivo o desaloxo demóstrao. Non contaban nin coa axuda doutros colectivos nin co apoio veciñal do centro. Tampouco se esperarían a solidariedade doutros barrios, tal como sucedeu na madrugada. Por iso as forzas da orde inxusta foron sorprendidas inicialmente. Onde estaba o canón ultrasónico e por que non se tiraron deseguida proxectís viscoelásticos? Isto preguntábase o representante do sindicato policial SMT-CCOO, pois hai que dicir que a represión é un traballo de mercenarios asalariados regulado por convenio e balas FOAM, e o que interesa aos sindicatos é facelo a fondo e sen ningún risco. A resposta todo o mundo a viu. Ocupación case militar do barrio, violencia policial indiscriminada, detidos e feridos...

Todo o esforzo mediático do alcalde Trias, o conselleiro de orde público Espadaler e o concelleiro do distrito Sants-Montjuïc Jordi Martí, foi dirixido, primeiro, a defender a acción violenta da policía, "defensora do dereito de propiedade" e "executora dunha sentenza firme do Tribunal Supremo". De feito, non se explicaron demasiado: "mal iriamos se a policía tivese que xustificarse
" (Espadaler), "as forzas de seguridade teñen razón. Cando os mossos actúan é por algo" (Trias). Segundo, o esforzo tamén se encamiñaba a presentar as protestas como a obra de grupos violentos infiltrados, coa idea de dividir a protesta entre pacíficos e radicais "antisistema", co fin de "encontrar fórmulas de consenso" cuns e de mallar e encarcerar os demais. É unha vella táctica política que sae a relucir cando a forza non deu todo o resultado desexado. A demagoxia dirixente dá noxo pero é a que é. Non culpamos as autoridades de falta de sutileza, cando a única falta que necesitan é a de escrúpulos!

Bo pois, non estamos ante un feito inusual illado, dentro dun marco democrático perfecto, onde todos teñen cabida e posibilidades. En realidade a iniquidade das autoridades e a brutalidade das forzas policiais serán cada vez máis habituais se a poboación non se resigna a facer o que lle mandan. Porque ela nunca ten razón, é soberana, xa que non ten forza, ou mellor dito, non ten o monopolio da forza que a lei da dominación outorga aos gobernantes. O dominio total do Capital esixe un tipo de espazo urbano xestionado como unha empresa e tranquilizado como unha prisión. Dentro deste espazo non caben formas de facer asemblearias, nin formas de vivir á marxe da economía de mercado. Alí, o marco non pode ser máis autoritario, e a política non se distingue do control social. Nun mundo orientado cara ao totalitarismo, a xestión política é represión.

Can Vies era unha pedra no zapato do poder en Barcelona. Parece que este non a puido quitar con facilidade. A resistencia ao derrubamento foi exemplar en moitos aspectos, proba, que hai xente que non se adapta ao comportamento escravo que lle piden. Isto é motivo de alegría. E como as pedras non deben faltar (hoxe hai un montón de concentracións), confiamos nun futuro próximo ter moitos outros!

A loita continúa. Visca Can Vies!

Revista Argelaga
Mércores, 28 de maio de 2014
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28 may 2014

[Ourense] Xoves 29 as 20:00" Timba Poética e Teatro con "KENRIDEKEN" na Feira Itinerante fora das Prisións "LIBRE LIBRE QUERO SER!"

Publicamos o correio enviado dende o Grupo de Apoio Galiza Sur da Campaña Cárcere=Tortura:

E xa vamos rematando...! para quen non se pasase polo Renque, pola Chucas ou polo Grándola durante este mes, ¡Ista é a súa última oportunidade!

"LIBRE LIBRE QUERO SER!" Feira Itinerante fora das Prisións

Este xoves pechamos a exposición con un despliegue de actividades, petiscos e moita forza para as compas encarceladas.

A partires das 20:00 da tarde estaremos no Ollo Ledo para ir quentando motores, e non mais tarde das 21:00 comezaremos coa Timba Poética e o grupo "KENRIDEKEN", que esceninificarán unha das súas pezas de microteatro desenvoltas nun mesmo entorno, o carceleiro, e cun mesmo fío conductor, a liberdade e as diferentes formas de sentila.

E lembrade a festa final no Vagalume "TAPAS Y TUPÉS A TOPE!!"

Aínda que a data inicial era para o sábado 7 de Xuño, vos adiantamos que vaise retrasar unha ou varias semanas, e a data final, aínda sen confirmar, é o sábado 21 de Xuño.

Xa vos iremos informando e enviaremos o cartaz.
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E chegan as multas de Teixeiro...

O nadal, esas festas entrañables repletas de cousas que nunca cambian: os mazapáns e o turrón, o discurso do rei, o anuncio do calvorota da lotaría... e máis as multas pola Marcha á Prisión de Teixeiro.

E este ano non ía ser menos, os simpáticos muchachos da subdelegación do goberno, en feliz conivencia cos seus amigos os picolos, fieis á tradición e aos bos costumes, non se puideron conter de repartir a súa sempiterna porción de sancións administrativas. Polo de agora van tres, que nós saibamos (deste ano, claro, porque se sumamos todos xa nin se sabe), aínda que coñecendo o delegado do goberno e os seus secuaces vai ti a saber se non haberá por aí outras das que non nos decatamos.

A máis cuantiosa, de 301 euros, é contra un manifestantes, curiosamente saido pouco tempo antes do penal contra o que se dirixía a protesta, por vulneración do apartado 23 h da lei do 1992 de protección da seguridade cidadá: uséase por "a provocación de reaccións no público que alteren ou poidan alterar a seguridade cidadá". Segundo a picoletada o compañeiro tratou de "incitar contra os axentes" aos manifestantes, pero ante a estoica actitude "Zen" dos nosos verdosos custodios, que non se deixaron provocar polos alborotadores, non chegou o sangue ao río e a cousa quedouse en nada. Cual é o porqué entón da multa? Como é que se sanciona unha acción sen consecuencias de ningún tipo? En que provas basean unha acusación tan gratuita? Grandes incógnitas da vida.

Os outros dous sancionados, neste caso coa menos cuantiosa cifra de 150 eurillos por barba, están acusados de vulnerar o artigo 26i da mesma lei orgánica (que moito nos toca os órganos, dito sexa de paso), a saber: "Alterar a seguridade colectiva ou orixinar desordes nas vías, espazos ou establecementos públicos". Ao parecer os picoletos acúsanos de lanzar foguetes pirotécnicos contra o Centro Penitenciario (tamén chamado talego, na linguaxe do común dos mortais). Pero como non ten desperdicio, colgamos aquí unha copia da acta de denuncia dos uniformados:

Xa non lle deixan a un nin ir ao monte a "botar uns fojetes".

Desgraciadamente semella que algunha que outra persoa vai recibir tamén sorpresita dos rapaces de Samuel Juarez.

Con todo, parece que este foi un dos anos menos represivos, polo menos se o comparamos cos anteriores. Vese que lles fode, pero xa van XIV Marchas á Prisión de Teixeiro e por moito que o intenten non van parar a nosa solidariedade.

Os cárceres son centros de exterminio!

Abaixo os Muros de todas as Prisións!!!

C.R.
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A minha análise eleitoral.

Vou fazer a minha análise pessoal do resultado eleitoral focalizado na Galiza, mas denantes quiger aclarar certos aspectos que semelham enquistados nas analises deste tipo; e refiro-me em concreto a essa teima em pontoalizar que os resultados numha eleiçons para Europa nom som ponderáveis para outra caste de eleiçons, porque os parametros que influem numhas nom tenhem parangona com as outras (pergunto-me entom porque dimitiu Burracalva); e poida que isso seja certo no caso das municipais, donde o conhecemento pessoal das candidatas tem um pesso relevante, e ainda mais relevante na Galiza outros factores como a carretagem de votantes ou o medo ao cacique que seguem influindo, e muito, nos resultados eleitorais aos concelhos das vilas e cidades pequenas; mas no que concerne a os resultados eleitorais na Galiza para o congresso espanhol ou mesmo ás autonómicas, nom há razom objectiva para que nom sejam extrapoláveis, e mais, se temos na conta de que case todas as analistas, no jogo de valora-los resultados, tiram conclusons em base aos obtidos na antérior contenda eleitoral europeia, o que nom deixa de ser um absurdo pelo feito de que já se passarom 5 anos, e nom forom 5 anos qualquer, senom 5 anos de crise. Outro ponto a considerar é a mania em tirar de dados porcentuais para fazer essas comparativas; os tantos por cento sim que nom som comparativos nuns resultados eleitorais, principalmente porque o censo nom é imutável, vai morrendo gente e aparecem novos votantes e além o nº de votantes varia nom só em relaçom aos proprios votos por candidatura, senom também em base ás abstenços e votos nulos. É por isso que na minha analise prefiro tirar de quantidades numéricas e nom de tantos por cento. Além conhecendo que a imensa maioria das pessoas tira-lhes para atrás os dados numéricos, vou tentar passar de quantidades. E dito isto lá vou:

O primeiro que quero ressaltar e o feito de que só 1 de cada 4 galegas com direito ao voto optarom pelo monopartidismo “maioritário” PPSOE; e ainda menos de 1 de cada 4 a nivel estatal, se bem isso traduzido em escanhos da-lhe ao PPSOE mais da mitade dos mesmos. Esta é a sua democracia!

Ainda assim no PPSOE declaram estar preocupados por recuperar os seus votantes fidedignos ( mais de 400 mil, tanto em comparativa coas europeias do 2009 como coas autonómicas de 2011), aos que a á mais direitona do monopartido tratam de justificar pela abstençom das suas fideis e a á mais centrista fai a sua busca entre os votos ás candidaturas da esquerda. Mas a á direitona semelha querer inhorar que a abstençom disminuiu em relaçom as eleiçons europeias de 2009, em perto de 260 mil pessoas (se bem subiu em algo mais de 20 mil com respeito ás autonómicas) e a á centrista nom quere ver que as candidaturas da esquerda só ganharom algo mais de 160 mil votantes com respeito a 2009 (e perderom mais de 75 mil com respeito a 2011). A donde forom os votos entom?

Um dado a ter na conta é que o censo na Galiza mudou abondo nestes 5 anos, de feito há 375 mil pessoas menos com direito a voto com respeito a 2009. Muitas delas na migraçom europeia tanto no estado como fóra, e é moi provável que esta gente, de poder ter votado na Galiza, nom o teriam feito pelo PPSOE causantes da sua migraçom; de feito por ai poida que andem, em tudo caso, os 160 mil votos perdidos do BNG e AGE com respeito ás autonómicas, além dos que lhes poidera roubar a candidatura sorpasso de “Podemos”. E ai também poderiamos atopar as abstençons desaparecidas com respeito a 2009. Haverá quem pense: ei que também morreu gente!!; e sim entre 2009 e 2014 morrerom aproximadamente 150 mil galegas, o que traduzido em votos é moi provável que ai sim que radique boa parte dos votos perdidos pelo PPSOE; claro está que também nasceu nova gente e os dados apontam a que a cifra de novas votantes rondaria as 100 mil pessoas que nom estám amoldadas nem afeitas a votar por carretagem pelo unipartidismo espanhol, senom que gostam mais das redes sociais e ai poida que radique boa parte dos votos que justifiquem a intrussom de Podemos. Pero hai mais votos cautivos que forom para partidos da direita espanhola como a anticatalanista C's ou Vox e UPyD; além também medram as pessoas que decidem depositar o seus votos em branco e os nulos, que poida que sejam de gente ex-votantes do PPSOE, afectadas pelas hipotecas, pelas subordinadas, ou que lhes da vergonha seguir apoiándo-los e ai poida que radiquem uns quantos mais dos seus votos perdidos; se bem poida que, muitas destas “afectadas” exvotantes de PPSOE votaram por Podemos, a candidatura de Mediaset , da que o seu lider carismático é opinólogo e ganhou-se assim o apreço de muitas indignadas e muito yayoflauta; ao igual que por ai se poideram escapar outros singulares votos a candidaturas estranhas como Partido X , Recortes Cero ou Discapacitados y Enfermedades Raras.

O que nom lhe vou ponher em dúvida é em que tem raçom o PPSOE em sinalar a abstençom como poço da sua caida; a abstençom é o voto das desconformes, das que estamos fartas de políticos corruptos e das que crêmos que ninguém nos representa.

De feito, eu como anarquista sego sem entender que nestas eleiçons, abstencionistas convencidos de toda a vida, fossem votar por Podemos como voto de castigo á troika; eu lembro de te-lo feito nas primeiras europeias no 87 votando por HB, pero isso tinha muitíssimo mais simbolismo que dar-lhe o voto a alguém que participa desta paródia democrática comodamente sentado numha cadeira dumha canle de tv moi privativa.

Isto tudo é umha teoria, qualqueira com os mesmos dados pode tirar conclusons totalmente diferentes. Pero tenho que reconhecer que concordo com Feijoo em quanto a que muitas das suas votantes abstiverom-se, provavelmente muitas delas é a primeira vez que por fim figerom o que lhes petou, ou igual falhou a carretagem, ou a homilia do cura. Se bem eu espero que sejam mulheres e homes que já descubrirom o engano e nunca mais vam botar.

Se de algo estou certo é que todas as abstencionistas, as novas, as que antes que votavam PPSOE e as de sempre, figémo-lo adrede, bem porque nos importa umha merda quem tenha o mando, ou porque passamos de jogar, cada cinco anos, a escolher os nossos repressores da nossa felicidade, ou porque simplemente estavam melhor de lezer que perdendo o tempo indo a depositar um sobre numha furna.

O único que quero ressaltar como autocrítica é que dalgum jeito estamos a fazer algo bem, quando a campanha nos derradeiros dias girou só no chamado insistente a que a gente fosse votar, e muitas abstencionistas voltamos a ter que escutar velhos discursos râncios culpabilizándo-nos da vitória da direita e negándo-nos o nosso ulterior direito a protestar. Poida que tenhamos que analisar bem esses 85 mil votos a umha candidatura que prometeu que vai ponher o parlamento europeio boca arriba; se bem a sua primeira decissom é compartilhar espaço europeio com AGE e IU onde também estará a esquerda reformista grega, Syryza, o seu espelho ao que di querer mirar-se, de feito já falam de fazer umha grande coaligaçom de esquerdas para desbancar ao PPSOE do poder.



Poida que, para chegar ás novas votantes, tenhamos que voltar a incidir em que para nós as eleiçons som só um circo de paiasos engana-tontos e de hipnotizadores com muita lábia que nom tenhem nem um ápice de artistas, que é mentira que o circo pode mudar-se desde dentro.

A democracia europeia entrou num ciclo onde o monopartidismo pro-troika vai seguir perdendo adeptas, pero já tenhem substitutos; e assim é como entram na cena estoutros paiasos sem graça que venhem com trucos novos desfraçados de populismo a ambas bandas. A nossa tarefa seguirá sendo descobri-los e fastidar-lhes a mágia e aguardar a que chegue o dia em que a imensa maioria da gente esperte da sua hipnósia e descubra por si mesma que estiveram enganadas por mangantes sem escrúpulos e em troques de ir vota-los, vaia a bota-los.

Notanto a luita seguirá a estar nas ruas nom nas furnas, já que, por muito que queiram decora-la com flores, umha bosta é umha bosta. Poida que só tenhamos que aguardar um pouco mais para ver como se desmorona a carpa com todos dentro e aguardar a que afoguem na merda na que se meterom.

eDu
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Glória Lago nom descansa e namora de um independentista no juízo

Colado de GalizaLivre: A.V/ Pode parecer umha nova-brincadeira. Só em parte. A entidade estudantil Agir vem de fazer público que Galicia Bilingue denunciou perante o IES Breamo de Pontedeume o fato de alunado desse centro se solidarizar com as pessoas processadas no juízo contra activistas pró-língua galega. Polos vistos a direcçom teria atendido a petiçom da entidade espanholista e tem aberta umha investigaçom. Mais um episódio de perseguiçom e assinalamento da direita neocon na Galiza.

Hai poucos dias publicávamos umha pequena reportagem em que lembrávamos qual era o estilo próprio de Galicia Bilingue e da sua presidenta. Hoje, com este novo caso, podemos avalar a hipótese de que a entidade funciona como grupo de choque de extrema-direita, assinalando militantes e entidades e exigindo publicamente a perseguiçom ideológica.

Qual é o verdadeiro trabalho de Galicia Bilingue?

A entidade apresenta-se como valedora do espanhol na Galiza, mas na verdade, que é o que pretende? Recentemente assinalou publicamente a responsável da equipa de normalizaçom linguistica do conservatório de música de Compostela, exigindo o seu cessamento. Agora, exige que a docência do IES Breamo de Pontedeume persiga o seu alunado e o censure. Onde está o limite para estas pessoas? A solidariedade e a perseguiçom dela é também parte do trabalho da entidade? Entom, funcionam como um grupo paramilitar ou é propriamente a polícia?

Glória Lago namora de Teto

No blogue pessoal da dirigente da organizaçom espanholista queixa-se de ter que participar como testigo no juízo, mas só em parte. Na realidade reconhece ter sorte por ter conhecido a Teto, o qual nunca vira antes, e parez ter-se arrependido disso. No meio de um texto de estilo típico de Gloria Lago, com o seu tom despetivo sobre os “fanáticos”, “tontos”, “intolerantes”, “talibáns” e outras lindezas, a dirigente da organizaçom supremacista desliza um parágrafo onda dá conta de umha espécie de flechaço que sentiu ao ver a Teto, “un chico muy guapo” do que a assombram as suas “facciones distinguidas”.

Turbada por esse inesperado namoramento, Gloria fica prendada da olhada de Teto, “una mirada extraña, mezcla de hielo y calor”. Maternalmente preocupada pola sorte do nosso companheiro chega a fantasear com um Teto a quem nom tivesse a obrigaçom de odiar: “Me pregunté cómo habría sido su vida si no se hubiera cruzado com quienes sembraron en él la semilla del odio”. Pode parecer pouca cousa, mas essa maneira de “exculpar” Teto indica umha vontade inconsciente de perdoá-lo... Loucuras de amor, vamos. Ao final a infame de Gloria Lago também tem o seu coraçonzinho...

[Obviamente a última parte do artigo é humorística. Pedimos desculpas a Teto por ter que fazer parte deste escándalo, mas nom se pode desperdiciar a ocasiom de fazer escárnio de Gloria Lago]
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[França] Mais do que nunca, combatamos a extrema-direita, em Paris, dia 7 de junho

Colamos a informaçom facilitada pela ANA-Agência de Notícias Anarquistas:

Um ano após a morte de Clément Méric, assassinado por fascistas: mais do que nunca, combatamos a extrema-direita! Manifestaçom de um ano de sua morte, em Paris, dia 7 de junho de 2014.


Vídeo – “Um ano após a morte de Clément Méric”

Em 5 de junho de 2013, Clément foi morto por militantes da extrema-direita.

Seu caso tornou-se emblemático mas nom foi um caso isolado. Numerosos som os que sofrem opressom. Ela toma formas diversas (violência policial, expulsons, estigmatizaçom, islamofobia, leis racistas, questionamento do direito ao IVG...). As recentes victórias eleitorais do Front National (Frente Nacional) nom podem nos deixar tranquilos.

É por isso que cremos que a memória de Clément nom pertence a ninguém, mas vive no combate de todos e todas que se opõem, com todos seus meios, a estas opressons.

Apelamos entom à continuaçom da luta, em memória de Clément e por todas as víctimas do fascismo, dos racismos, do sexismo, da homofobia, que participem da manifestaçom de um ano de sua morte, em 7 de junho de 2014.

Grupos e organizaçons que já aderiram (até 19 de maio): Act Up-Paris – Action Antifasciste Paris-Banlieue – Action Radicale Féministe – Alternative Libertaire – Collectif 8 mars pour touTEs – Collectif Antifasciste Paris 18 – Collectif Antifasciste Paris-Banlieue – Collectif CIVG Tenon – Collectif d’habitants d’Arcueil contre le FN – Comité pour Clément – DAL – Debunkers des rumeurs/hoax d’extrême droite – Ensemble – Les Effronté-e-s – FASTI – Génération Palestine Paris – La Horde – Mémorial 98 – MILI – MJCF – NPA – Parti de Gauche – Quartiers Libres – RLF Banlieue Est – Union syndicale Solidaires – Solidaires Etudiant-e-s – Strass – UDB Yaouank Brest – Vies volées – VISA.
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[Barcelona] 2ª Xornada de Loita contra o desaloxo de Can Vies

Ainda que ao que parece a xornada extendeuse ao longo de toda a noite (e na altura descoñecemos se aínda segue), imos colar esta Crónica que nos enviou o compa do blogue "La Rebelión de las Palabras" (e que traducimos) na que aponta que a represión policial contra a manifestación de onte luns, convocada contra o desaloxo de Can Vies voltou prender a faísca da revolta no barrio de Sants da capital catalana, onde unha vez máis escacháronse vidros de bancos e caixeiros, cruzáronse barricadas e, para maior inri, un grupo de encarapuchadxs prendeu lume á excavadora que se atopaba aparcada (parada naqueles momentos) no predio da okupa, e que se usaba para labores de demolición e derribo. Ademais incluímos nesta entrada información facilitada por un "anónimo" como comentario da nosa antérior notícia ao respecto deste desaloxo, no que da conta do intento das forzas antidisturbios de entrar na redacción da Directa e unha reflexión ao respecto do papel dos falsimedios e o seu corporativismo. Colamos pois a Crónica do compa:

Segundo informou a prensa burguesa, xunto a diferentes comentarios aparecidos nunha rede social, no barrio de Sants, en Barcelona, vivíronse por segundo día consecutivo disturbios e enfrontamentos entre grupos de encarapuchadxs e antidisturbios, en resposta ao desaloxo realizado onte en Can Vies, Centro Social Okupado con 17 anos de traxectoria ofrecendo todo tipo de alternativas políticas, sociais e culturais ao barrio dende unha perspectiva anticapitalista, autoxestionaria e solidaria.

Unha vez máis, despois de que a policía cargase contra a manifestación convocada esta tarde por grupos solidarios, se cruzaron barricadas e se romperon cristaleiras e polo menos un caixeiro automático de sucursais bancarias. Ademais, posteriormente, un grupo atacou e incendiou a retroescavadora que se utilizaba para derrubar o edificio da okupa, entre consignas de "Rabia anticapitalista!", segundo informaron a este blog por correo electrónico colabouradorxs anónimxs.

Ademais, e seguindo coas mentiras da prensa burguesa, as veciñanza estaría alarmada polos "incidentes violentos" no seu barrio, pero máis alá dos que estes magos da neo-lingua e a criminalización social poidan ladrar dende os seus noxentos xornais (polo visto os estúpidos non tiveron bastante co da furgona dos xornalistas que ardeu onte e continúan mentindo), o certo é que unha gran parte do barrio se envorcou coa defensa do CSO non só saíndo á rúa, senón tamén colgando faixas con lemas a favor nas súas casas e tocando dende os balcóns cazolas, sumando o seu ruído ao dos disturbios que vindican 17 anos de rebeldía e sonos derrubados e arruinados pola especulación e os seus secuaces.

Dende a conta dunha rede social do CSO advírtese que pensan continuar coas mobilizacións e, en catalán, sentencian: “Avui l’ex-cavadora, demà continuem!! Can Vies a terra, ens han declarat la guerra!!” (Hoxe a escavadora, mañá continuamos!! Can Vies derrubada, declaráronnos a guerra). Esperemos novos movementos.

"Non derrubarán os nosos sonos"!!.

Forza para xs compas en Barcelona.

Ata aquí a crónica do compa, vos convidamos tambén, neste enlace do seu blogue a ler a súa Crónica do primeiro día de luita, mais alén, quería engadir que a criminalización da disidencia volta a soar con forza nas canles mediáticas da tv, o feito de que no día anterior fose queimada unha unidade móbil da TV3 sacoulles o máis canalla do seu corporativismo gremial, se ben non practicaron o mesmo corporativismo para criticar que, ese mesmo día, e en 3 tentativas, os mossos quixeran entrar a golpe de porras na redacción do xornal catalán "La Directa" practicando violentas cargas policiais contra xs xornalistas apostadxs na porta da redacción; tal como se pode visionar neste video de La Directa:



Estas son imaxens da segunda carga protagonizada por axentes da Brigada Mobil dos Mossos d'Esquadra na porta da redacción de La Directa, no barrio de Sants. Durante a primeira carga, os mossos chagaran ata a porta do local e racharan os vidrios con dois porrazos, ferindo a dois mozos por impacto de cristais. Os axentes atacaran entanto un membro de La Directa estaba a baixar a persiana metálica. Na segunda carga, que se pode ver nestas imaxens, os policias cargan contra diversos xornalistas que estaban diante do local, alguns deles identificados con chalecos e/ou o brazaletes. Máis tarde houbo unha terceira carga.

Seguiremos a informar...

eDu
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27 may 2014

[País Basco] "Maison 13", novo espaço liberado em Bilbo

Como o berro "Um despejo, umha outra okupaçom" nom conhece fronteiras, assim como soubemos do despejo em Barna de Can Vies, recebiamos também na nossa caixa de correios a notícia deste novo local okupado em Bilbo:

Por esta nota, queremos apresentar o MAISON HAMAIRU, novo espaço liberado em Bilbao, além de contar algumas novidades.

O ESPAÇO

Este edifício tem uma história semelhante a de muitos outros em nossa cidade: localizado no centro de Alde Zaharra, em vez de ser parte ativa, partícipe e viva do bairro, tornou-se objeto de especulação imobiliária há muito tempo. Depois de muitos anos de abandono, parte do edifício da rua Tenderia 30 foi recuperado em 2010 por um grupo de jovens, que fez dele uma habitação coletiva com forte peso social. Desalojado em 2012, depois de dois anos vazio, foi finalmente re-okupado para devolvê-lo ao bairro.

O PROJETO

A reapropriação deste espaço não surge de um dia para o outro, mas é a continuação de uma trajetória política clara: no final de 2012, um grupo heterogêneo de pessoas, de diferentes coletivos sociais, começou a refletir sobre as limitações dos métodos de ação coletiva existentes; certas necessidades sociais foram identificadas e, conseqüentemente, quatro áreas de atuação possíveis:

1. Reapropriação de edifícios vazios para gerar experiências de habitação coletiva;

2. Fortalecimento dos projetos de ócio alternativo;

3. Geração de projetos de formação autogeridas;

4. Implementação de formas de trabalho não remunerado e com base na cooperação social.

Essas reflexões confluíram e se converteram em prática em ERRIBERA 13: okupado em julho de 2013, depois de 7 anos de abandono, o projeto foi ao mesmo tempo uma habitação coletiva, um ponto de encontro, de sociabilidade e um espaço de atraversabilidade política para coletivos e singularidades; até fevereiro de 2014, quando ele foi desalojado, voltando a cair nas mãos dos especuladores.

JORNADAS

A situação atual de nossa cidade nos coloca em evidência um diagnóstico social que está à vista de todos: os dados mais recentes apontam mais de 17 mil casas vazias em Bilbao e, simultaneamente, aumenta o número de pessoas que enfrentam despejos e expulsões, ficando sem um lar onde possam desenvolver suas próprias vidas.

Esta situação obriga-nos a tomar medidas para resistir e responder, criando redes de afinidade e de solidariedade ativas e permanentes, e nos organizando e contra-atacando coletivamente.

Começamos esta nova caminhada propondo uma jornada sobre o tema da habitação, de problemas sociais atuais e das possíveis soluções que podemos propor e construir coletivamente.

Por tudo isso, te convidamos para esta jornada, que será realizada nos dias 6 e 7 de junho, noMAISON HAMAIRU, para compartilhar ideias, refletir juntos e nos dotarmos de ferramentas práticas para autogestionar as nossas vidas.

Por último, queremos mostrar o nosso apoio para aqueles que trabalham nos mencionados eixos e que foram punidos por isso. Assim, queremos mostrar a nossa quente solidariedade a quem na sexta-feira passada, horas antes de que fizéssemos a okupação de MAISON HAMAIRU, foram expulsos de suas casas na rua Mena. Da mesma forma, lembramos que na parte da manhã de hoje cerca de 20 pessoas se concentraram em apoio a aqueles que tiveram que prestar uma declaração judicial em relação ao despejo de ERRIBERA 13. Exigimos o arquivamento desta demanda e insistimos em nossa posição contra a especulação.

DIREITO À MORADIA

UM DESPEJO, OUTRA OKUPAÇÃO

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[Barcelona] Despejo do CSO Can Vies e manifestaçom de mais de 4000 pessoas solidárias

Os Mossos d’Esquadra, cumprimentando ordres do concelho de Barcelona, desalojarom ontem o Centro Social Autogerido Can Vies, histórico edifício okupado desde 1997, ejemplo de resistência e berço de luitas. Incapacitados para entender que existam formas de organizar-se mais alá das instituiçons, a equipa de governo do concelho, encabeçado pelo regidor do distrito, Jordi Martí, escolheu desalojar o edifício para fazer o que melhor sabem: vazia-lo de vida, demoli-lo e preenchê-lo com gris cimento.

Embora o julgamento foi iniciado pelo proprietário do prédio, Transportes Metropolitanos de Barcelona (TMB), o diálogo com o regidor da Plataforma de Apoio a Can Vies e os vários julgamentos têm mostrado que a cidade de Barcelona, último proprietária de TMB, é quem tomou a decissom sobre o despejo. É por isso que sinalamos ao concelho e ao regidor do distrito como primeiros responsávies.

A manifestaçom contra o despejo de Can Vies reuniu umhas 4.000 persones. A marcha foi moi curta, e ao seu remate as convocantes declararam: "Se Can Vies é triado ao cham, o bairro estará em pê de guerra". Nesse momento un grupo de manifestantes tumbaram contentores e lançaram garrafas de vídrio contra os jornalistos que cobriam a marcha. Também queimou-se um veículo emisor de TV3 que estava aparcado. A unidade ficou practicamente calcinada. A partir desse momento as carregas indiscriminadas foram-se sucedendo por tudo o bairro. Houvo carreiras e disparos de projectis de espuma contra manifestantes que faziam barricadas e rachavam cristais das entidades bancárias. Em outros pontos do bairro as carregas se sucederom contra todo que se manifestava. Umha meninha ficou ferida nas penras devido aos persistentes golpes de porra dos agentes. Que saivamos produzirom-se duas detençons.
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[Santiago de $hile].- Actividades en conmemoración do quinto aniversario da morte en acción de Mauricio Morales, "Punky Mauri"

A nosa correspondente en Santiago de $hile volve a brindarnos con unha das súas crónicas, sempre benvidas:
No marco das actividades que se realizaron estes días en conmemoración do quinto aniversario da morte en acción de Mauricio Morales, "Punky Mauri", este sábado 24 convocárase, como cada ano, un pasarrúas no centro de Santiago de Chile, no mesmo barrio onde el vivía.

Ao redor das tres da tarde xs compañeirxs comezaron a reunirse. Colgáronse pancartas, pintáronse murais, e ata máis ou menos ás 20.00 houbo concertos e performances, así como lecturas de cartas de algúnxs compas presxs. En canto remataron, empezaron a repartirse máscaras e prendéronse antorchas para comenzar o pasarrúas. Entre música e bailes, a medida que a marcha avanzaba, as rúas quedaban tapadas con carteis e pintadas que recordaban a todxs xs compañeirxs presxs e caídxs, tanto no estado $hileno como noutros territorios, e que clamaban vinganza. Produciuse algún incidente con algun/ha veciñx, pero nada grave ata que chegou a policía. Con carros lanza-augas e gases lacrimóxenos, obrigaron a todxs xs compañeirxs a dispersarse. Queimouse lixo e cortouse o tráfico naqueles puntos onde algun/has compas conseguiron reunirse, pero ante a chegada de novo da policía bastarda, e a súa carga con intención de deter a quen pillasen, non houbo otra que dispersarse e abandoar a actividade.

Un bo día para a reflexión, para lembrar que ninguén está mortx mentres viva na nosa memoria e no noso actuar.

Saúde e amor a todxs xs compas caídxs e secuestradxs!
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¡Que ninguén decida por ti! ¡Recuperemos o control das nosas vidas!

Reproducimos este artigo enviado por un compa e aproveitamos a animar a todas as nosas leitoras (bon a todas non, a policía mellor que se absteña) a enviarnos os seus artigos de opinión, as suas crónicas de actos, as convocatorias que lle parezan interesante, as suas reflexións sobre luitas locais ou globais, ou o que consideren oportuno.

Non pretendendo convencer a ninguén nin entrar a analizar en profundidade a postura dos abstencionistas, xa que esta (con pequenas variacións) xa foi argumentada e defendida en mil e unha ocasións e pódense atopar artigos e textos que aclaran esta sen moito esforzo, pero vendo tantas críticas carentes de rigor e argumentos dirixidas ao abstencionismo, non podo evitar que me xurdan certas dúbidas.

Quen tanto critica a non funcionalidade da abstención (no sistema electoral), tan funcional é ter unha marioneta nun asento de Madrid, de Europa, na Xunta ou no voso concello??? Credes que os políticos que saian elixidos van facer algo por mellorala vosa situación ou mais ben adicarán o escaso tempo de “traballo” a asegurarse unha boa vida chea de luxo e confort??? Pensades facer algo por cambialas vosas vidas ou estades agardando a que alguén o faga por vos??? Pensachedes xa que ides facer cando vos decatedes de que a vosa situación non mellorou despois das eleccións??? Ou tedes pensado agardar catro anos máis para cambiala vosa elección???

Os abstencionistas témolo claro, como o levades os votantes??? Sabedes a que estades xogando ou máis ben deixádesvos levar polas tendencias “de moda” do momento???

Non cremos no actual sistema, e con isto non me refiro só ao sistema electoral. Non nos tragamos o conto de que se non votas non podes protestar, en todo caso @ culpable será @ elector/a xa que votando lexitima o sistema e permite que unha élite de burócratas decida o que máis convén aos seus intereses, e xs que non votamos non temos a culpa de que xs votantes erraran ou acertaran á hora de apostar nun xogo ao que non nos preguntaron en ningún momento se queríamos xogar. Iso si, tampouco me incluo no abstencionismo despolitizado que di cousas coma que “todxs son iguais” e que non lles importa a política, teño moi claro que non todxs son iguais pero iso non quere dicir que teña que sentirme representado por algunha das diferentes ou ao fin e ao cabo non tan diferentes tendencias. A política non se debería desenvolver en parlamentos, congresos nin deputacións, o día a día é política e ahí é onde cada quen debe tomalas decisións que cambien a súa propia realidade sen ningún tipo de manipulación nin coacción. ¡Que ninguén decida por ti! ¡Recuperemos o control das nosas vidas!

A miña derradeira dúbida é a seguinte, se o sistema é unha merda que credes que ides reformar??? Ou mellor dito que credes que vai reformar o político no que delegaches sexa da cor que sexa???

Un abstencionista calquera
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[Compostela] Adrián Varela, alcumado "Pijolandia" ou "El Chico" di que dimite por solidariedade com os seus (hé, hé)

Adrián Varela, alcumado "Pijolandia", está imerso até as celhas na operaçom Pokemon e derivados, múltiples dados o implicam até a médula nos chanculhos do concelho compostelám com as empresas do grupo Vendex e de Aquagest e os seus generosos agasalhos, de feito é o quarto dimitido tras o ex-alcaide Conde Roa, o seu fidel paladim Espadas, e o ex-concelheiro Albino Vázquez.

As relaçons entre "Pijolandia", também alcumado "El Chico", e o actual alcaide Ángel Currás foram-se deteriorando a grande medida desde que este substituira ao dimitido Conde Roa. Mesmo foi el quem cantara que havia empresários que pugeram muitos quartos para a campanha eleitoral das municipais, quando declarara ao respeito das intençons de Currás de prescindir de Espadas: "Como quiera prescindir de ti le vou a recordar (...) que va a haber gente que le va a ir pedir 40.000 o 45.000 euros, gente que puso cuartos en la campaña electoral e que quiere que tu sigas ahí, para empezar... A ver como reacciona a eso!".

Na altura da implicaçom de Varela também foram imputados na mesma causa o próprio alcaide substituto, Ángel Currás, a edil Rebeca Domínguez e a actual portavoz do PP no parlamentinho galego, Paula Prado, cuia declaraçom permanece baixo secreto por ser aforada e da que há só uns dias soubemos que a juíza Pilar de Lara acordara formar umha peça separada ao atopar no seu comportamento «certas irregularidades que puideram ser constitutivas de infracçom penal». Quando foram declarar estes quatro, os meios destacaram que os interrogatórios sobre as relaçons entre os edis populares reflejavam que entre eles existe umha desconfiança absoluta e ressaltavam as declaraçons de "Pijolandia" (sic):“El Ayuntamiento de Santiago está dirigido por una panda de descerebrados” e denunciava que o regidor nom tem “ninguna capacidad de mando”, que nom lhes fala e que só fai caso a outras duas concelheiras: María Pardo e Reyes Leis, que segundo Varela (sic) “se pasan todo el día en su despacho”. Como remate apontavam os meios que segundo Adrián Varela: “En el Ayuntamiento de Santiago o sobrevives o te suicidas, e chegou a acusar ao regidor de difamar-lhe e de mentir.

Depois foi a quenda da imputaçom 'em massa' das sete "novas implicadas" por aprovar numha junta de governo mirar de amanhar um advogado pagado por todas, para defender a "El Chico", supostamente o advogado seria Luciano Pardo, irmám de María Pardo, umha das sete junto a Amelia González, Juan de la Fuente, Francisco Noya, Cecilia Sierra, Luis García Bello e María Castelao. A nova implicaçom foi motivada por umha denúncia apresentada por umha particular e admitida pola justiça, da que se especulou muito se esta "particular" o figera por despeito de amante abandonada, mas com o tempo soubose que fora umha vizinha sem relaçom algumha com as imputadas, que soubo do abuso que supom pagar com quartos de todas os desmáns de um e apresentara por conta própria a denúncia pertinente.

Pouco depois sabiase que "Pijolandia" figera amplas declaraçons á juíza durante 4 horas nas que teimou em que o alcaide "passa de eles" e que da-lhes "um trato vejatório". Além reconhecera que pedira á empresa Sermasa, filial de Ventex, o despedimento dumha trabalhadora casada com um delegado sindical da CIG no concelho porque "está a tocar mucho los huevos" e alegou que foi "un calentón motivado por estar sometido a mucha presión". De feito um picaço telefónico desvelou queo advogado Luciano Prado advirtira a Adrián Varela que tinha que "dejar de ver a los de Sermasa". Agora o nosso falsimedio local favorito aponta que a possível causa da sorpresiva dimissom radicaria numha denúncia deste sindicato contra el por estes motivos.

Na altura, também declarara que "llegué al Ayuntamiento con 27 años y con el lastre de niñato que nos viene a vacilar aquí" (de ai cicais provenha o alcume "El Chico") e volveu a insistir em que "llega un punto en el que o sobrevives o entras en una espiral de suicidio".

Agora Varela alega que transmitiu a sua "decisión personal" de dimitir ao alcaide em base a dois motivos: o primeiro alude á "solidariedade" com os outros sete edis processados, "expuestos a una situación judicial muy difícil" a semana passada e o outro alude á "presom" á que estivo submetida "a sua família" nos últimos meses, ao que sinalou que "ni siquiera su férrea vocación de servicio público puede más que la tranquilidad de sus seres queridos".

Se bem como aponta a blogueira Ana Ulla: "Adrián Varela, quem dimite primeiro, dimite sete vezes":

"Sempre é tarde para as dimisions vespertinas. Incluso para concelheiros polidesportivos. Dimitiu Adrián Varela e o fijo quando ninguém mirava, dimisions de solpor, (...) umha dimisom como um gol em própria porta santa. E depois souvemos as suas razons, dois, como poderiam ser umha ou cinquenta e umha, tratava-se de falar por nom calar, que quem cala, pois isso.

Será que a solidariedade bem entendida começa por unos mesmos, os de sempre, e nunca é bo momento para solidarizar-se na insolidariedade, que nom fijo outra coisa o concelheiro que deixar com os glúteos ao ar aos solidarizados que com tanto afám se aferravam a umha inocência que agora minusvalora o dimitido dimitindo, como se tivera feito algo malo, ou nom, ou sim e nom, que também isto é possível em Santiago.

Pero nem caso.

Alguém deu um manotaço na mesa, ou um taconaço, ao berro pelado de ‘hasta aquí habéis llegado’. A um ano das eleiçons, com os manteis ainda postos nas mesas eleitorais, e as sentências aguardando a sua chegada como os jinetes nos apocalipsis, chegou a hora, semelham dizer, de fazer marrom e conta nova. E como as graças nunca venhem sos, hai que ir conformando as caras e aparcando os caras, un ano se passa planejando e há tempo, dim os enardecidos, e nada está nem perdido nem atopado. Pero há que começar hoje, ja, que amanhá sempre é tarde. E tú serás o primeiro, firma ai donde di "siempre te quiere tu soldado Adrián", colhes as muletas e graças pelos serviços prestados. A política é umha outra coisa.

Crêm que tenhem tempo, que podem remontar como salmons, pero ha que moverse ainda que seja a empurrons, como o de Adrián.

Alguém tomou o mando no Pp de Compostela, alguém que crê em limpar, fijar e dar esplendor. Alguém que crê que ha tempo. Doze meses, sim, pero doze causas também"
.

Igual haveria que engadir-lhe um outro alcume: "El Solitario Solidario".

Pois isso.
Asdo eDu
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[Goiânia-Brasil] Não vai ter amistoso! Não vai ter copa!!

Ontem dimos conta da detençom de 4 jovens manifestantes que participam activamente de manifestaçons e actos nas ruas da cidade de Goiânia, reivindicando melhores condiçons para o transporte público, saúde pública de qualidade, maiores investimentos na educaçom e luitando também contra a repressom aos movimentos sociais. Sem nengumha acusaçom plausível e sem nenguma prova real, a polícia civil sequestrou e prendeu os estudantes Marllos Souza Duarte, Yan Caetano, Heitor Vilela e João Marcos, alcumado João Lenon, num acto covarde e violento por parte da polícia, com a clara intençom de apenas intimidar todos os demais manifestantes que irám participar da grande mobilizaçom agendada para o dia 03 de junho convocada pelos Black Bloc Brasil a través das redes sociais sob a lenda "NÃO VAI TER AMISTOSO, NÃO VAI TER COPA!!", no mesmo dia do jogo da seleçom brasileira de futebol contra a panamenha no estádio Serra Dourada em Goiânia. De feito na imagem que acompanhamos a anterior notícia sobre a detençom dos 4 moços e a fuga dum outro, ve-se o cartaz de dita convocatória entre as armas perigosíssimas apanhadas nos registros domiciliários dos 5 (camissolas, brochuras, guantes de látex, mascarilhas de papel, um spray e até um tira-coios!!). Agora profundizamos mais na notícia e publicamos a Convocatória do 3 de junho; um extracto dum Chamado a construir umha forte Campanha de Denúncia contra as detençons, no que se profundiza no sentir de que a Goiânia está servindo como laboratório do tipo de repressom a ser feita durante a Copa em tudo Brasil; umha Carta Aberta ao Camaradas escrita pelos presos e outra Carta do compa anarquista em fuga Tiago Madureira:

1) Convocatória Jornada de Luita em 3 de junho "NÃO VAI TER AMISTOSO, NÃO VAI TER COPA!!":
O governo tenta empurrar umha Copa do Mundo que se realizara através de desvios de verbas e precarizaçom da vida da populaçom pobre, porém a luita contra a violaçom dos direitos do povo permanece. A maior parte da populaçom recebe pouquíssimo e trabalha em situaçons insalubres, muitas vezes sem direito algum e sofre com os altos preços dos alimentos, escola pública ruim e morrem nas filas do SUS. Por isso, convocamos o povo pobre para ocupar as ruas de Goiânia no dia 3 de junho, dia em que os conglomerados empresariais e financeiros que estám lucrando com a Copa e querem realizar um amistoso da seleçom brasileira.

NÃO VAI TER COPA, SÓ REVOLTA!

NÃO VAI TER AMISTOSO!
NÃO VAI TER COPA!!!

É BARRICADA, GREVE GERAL!
AÇÃO DIRETA QUE DERRUBA O CAPITAL!


2) Repressom em Goiânia: um laboratório do que está por vir durante a Copa (Recolhemos só um extracto, se queredes lêr á íntegra vissitade esta ligaçom da web "Passa Palavra"):

Convém que todos e todas militantes das lutas sociais do período recente tomem conhecimento de que estám sendo expedidas e já foram anunciadas diversas outras prisons de militantes da luita do transporte nesta cidade. A acçom conjunta de órgãos repressivos está tentando estender a várias outras pessoas da cidade a acusaçom de incitaçom ao crime, formaçom de quadrilha, depredaçom de patrimônio e outras alegaçon. Trata-se de umha acçom capitaneada pela recém-formada Delegacia de Repressom ao Crime Organizado (DRACO) de Goiás, mas há indícios de que a operaçom conte também com a participaçom da Agência Brasileira de Inteligência e a Polícia Federal.

Diante disso, pensamos que é importante que se construa uma forte campanha de solidariedade e denúncia e que se entre em contato com o maior número possível de companheiros, colectivos, movimentos e organizaçons com a finalidade de fazer repercutir o caso e, obviamente, exercer pressom pela libertaçom dos militantes.

Parece-nos que Goiânia está servindo como laboratório do tipo de repressom a ser feita na época da Copa, algo que vem sendo preparado desde o fim do ano passado, quando se proclamou que o monitoramento de “movimentos violentos” estava acontecendo.

Pensamos ser importante ter umha noçom detalhada do tipo de acusaçom que os participantes da Frente de Luta estám sofrendo e do tipo de atuaçom conjunta entre empresas e Estado que vem se desenvolvendo. Para isso publicou-se na web Passa Palavra um texto ao respeito e a ligaçom a umha cópia digitalizada da decisom judicial(que podedes lêr na mesma ligaçom antérior).

3) Carta aberta aos camaradas

Enviamos-lhes esta carta para tranquiliza-los, primeiramente, de nossa situaçom, que embora nom seja a de estar lado a lado com aqueles com quem lutamos, de estar com os amores que tanto prezamos, de estar com a família que tanto estimamos, é a melhor das possibilidades na situaçom em que estamos.

Por tantas vezes que estivemos juntos e em solidariedade. Sabemos que aqui se encontram apenas três do crescente enxame de moscas que se cansaram de ciscar no lixo em que se encontra a sociedade.

Tudo que se transforma evolui, devemos manter a constante activamente em tentar mudar o que nos consome, o que nos destrói. Temos estado, em maior e menor grau, cientes dos recentes acontecimentos. O importante é que nom atendamos ao evidente intento deste enjaulamento de patente motivaçom política.

Pegaram-nos de madrugada, mas sabemos que a noite é mais escura um pouco antes do amanhecer. Nom nos deixemos abater, nom nos dobremos, nom abaixemos as cabeças. Sabemos quais som os interesses do estado e qual é sua razom de ser e com quem é seu conúbio. Os dias e anos passam e lembremos que estamos em maio, muitos já passaram e vários outros virám.

Agradecemos a todos pelos esforços prestados em nossa causa, pelo caloroso apoio por todos dado, sem os quais estaríamos por certo, em situaçom bem pior.

Aos amores, imensa saudade do calor que de jato bombeia em nossas veias, aos amigos e familiares a certeza de que nom nos envergonhamos de enfrentar de frente com nossas posiçons, a repressom que assola todos que desestabilizam o Status Quo.

Umha efusiva saudaçom aos companheiros e às companheiras a quem esta chegar, nunca existiram melhores. Sugerimos que bebam e festejem, no melhor estilo comum parisiense, em nosso lugar.

Um grande abraço aos camaradas.

e 4) Carta de Tiago Madureira Araujo Companheirada:

Quero trazer alguns esclarecimentos sobre o que está acontecendo. Na sexta feira, 23, a polícia efectuou a chamada “Operaçom 2,80”, que visava prender pessoas que participaram de manifestaçons pelo transporte e contra o aumento da passagem em Goiânia. Quatro mandatos de prisom preventiva foram emitidos. Três jovens, Heitor Vilela, Ian Caetano e João Marcos foram presos. Eu, o quarto indiciado, ainda nom fui encontrado, e pretendo continuar assim.

As acusaçons som de que lideraríamos umha organizaçom criminosa que estaria promovendo actos de vandalismo contra o patrimônio de empresas de ônibus, inclusive o inquérito aponta que somos responsáveis pela depredaçom de 104 veículos. Também nos acusa de por em risco a vida de outrem e de incitar a violência pelas ruas da cidade. Som acusaçons graves, levianas, motivadas exclusivamente por um critério político que tem como objectivo marginalizar as movimentaçons populares, através da criminalizaçom de alguns indivíduos falsamente apontados como líderes, para garantir a tranqüilidade para a realizaçom da Copa do Mundo de Futebol e, principalmente, para tentar desmantelar todo o ímpeto resoluto e independente que estas mobilizaçons têm demonstrado. Vou brevemente argumentar sobre as acusaçons:

Quando acusam pessoas que se organizam em um movimento social público, cujas reunions som abertas e que nom faz nengumha espécie de recorte ideológico-filosófico de ser umha quadrilha, estám atacando, na verdade, o direito à organizaçom popular. É exactamente isto que querem impedir: que as pessoas, especialmente a juventude e os sectores mais precarizados da sociedade, juntem-se, cheguem a acordos e se organizem para levar adiante, com as próprias mãos, a luta pela implantaçom de projectos e políticas que sejam do interesse de suas comunidades. A criminalizaçom da Frente de Lutas pelo Transporte é a proibiçom explícita da criaçom e consolidaçom de espaços para a movimentaçom social.
Esforçam-se para imputar a nós o rótulo de líderes, mas, mesmo que nos condenem ao cadafalso, nom conseguirám com isso parar a insatisfaçom popular, pois esta insatisfaçom nom é algo artificial criado por líderes ou umha organizaçom qualquer. Ela é fruto da humilhaçom cotidiana que é ser espremido em ônibus superlotados, pelo preço abusivo da passagem, pelas horas de espera intermináveis em terminais e pontos, pelos carros velhos e sucateados. Nom somos líderes desta indignaçom que tomou conta d@s morador@s da periferia de Goiânia que dependem do sistema de transporte coletivo. Nengumha pessoa em sã consciência, ou grupo político com o mínimo de honestidade, teria coragem de se dizer líder de manifestaçons que surgem sem previsom, que brotam, com cada vez mais freqüência, como resposta concreta a situaçons de momento: atrasou o ônibus as pessoas fecham o terminal.

A imprensa, em sua maioria, faz seu sensacionalismo idiotizante sobre depredaçom de patrimônio público e vandalismo, mas cabe aí algumas ponderaçons. Primeiro que estes ônibus nom som patrimônio público. Som patrimônio de grupos empresariais milionários. Nom existe transporte público em Goiânia. O que existe é a necessidade pública de se locomover e a exploraçom desta necessidade por estas empresas, entrincheiradas na RMTC. Quando um ônibus é queimado ou quebrado o prejuízo é das empresas, e se por acaso os cofres públicos som sangrados por isso é porque algum esquema mafioso foi montado para garantir, a qualquer custo, o lucro empresarial. E se isto acontece exigimos que seja publicizado. Quanto ao vandalismo, nom posso condenar um pai ou mãe de família, um garoto ou garota da periferia que, cansado do sofrimento e do flagelo, da desumanizaçom cada vez mais profunda do transporte, da oneraçom do parco orçamento da família trabalhadora, num momento de desespero e revolta joga umha pedra em um ônibus. É a inversom completa da realidade. A conseqüência, que som os ônibus depredados, é apresentada como toda a questom, enquanto a causa primeira, que é o miserável serviço oferecido pela Máfia do Transporte (Consórcio RMTC e seus lacaios políticos) fica secundarizado. Mas esta secundarizaçom é apenas midiática, pois apesar dos esforços de maquiagem na imprensa nossas vidas continuam as mesmas e o resultado som estes que seus jornais noticiam com tanto alarde, como se fosse obra de um pequeno grupo de malfeitores.

Acusam-nos de fazer apologia à violência por posts no facebook e panfletos. Meus caros, o que é isso? Polícia do pensamento? Censura? Eu pergunto, um filme que mostra a história de um serial killer vai influenciar as pessoas a sair matando? Entom porque um cartaz com o desenho de um ônibus em chamas influenciaria alguém a queimar um veículo? Isto nom passa de UMHA INTERPRETAÇOM POLÍTICA feita pelo magistrado que mandou nos prender. Na verdade o que os assusta nos cartazes é o chamado à mobilizaçom, à organizaçom e à luita. É seu conservantismo político que, a serviço dos interesses dos mais ricos, vê em nossos panfletos chamamentos para a violência. Argumentam que pomos em risco a vida de outrem, quando na verdade é sua polícia militar que se infiltra nas manifestaçons para implantar a desordem, prender, assediar, espancar, torturar e, mesmo, chegar às vias de fato contra trabalhador@s e jovens que estám nas ruas protestando. Esta polícia que bate nas ruas, espanca nos terminais, invade para torturar até mesmo num show de Rock em Repúdio à ditadura militar e que mata todos os dias na periferia é que põe em risco a vida de outros e propaga a violência. Actuaçons que lembram gangs, provocaçons, abusos de toda espécie estám no repertório desta corporaçom que actua a serviço dos interesses do empresariado, sob as ordens dos governos federal, estadual e municipal. A reacçom de manifestantes que, para nom serem esmagados e agredidos, atiram paus contra umha tropa sanguinária nom pode nunca ser comparada com a demência bárbara que estes agentes têm protagonizado em nossas manifestaçons.

Todo o inquérito e a decisom judicial, que estám divulgadas na internet, som baseados em suposiçons. Nom foi apresentada nengumha prova objectiva que ligue eu, Ian, Heitor e João Marcos a nengumha das acusaçons. A prisom preventiva É UM ABUSO e umha DECISOM POLÍTICA. Privar pessoas de seu cotidiano, sem julgamento, sem provas, por que participaram de passeatas é, sim, a realizaçom de um estado de exceçom que, com certeza, será ampliado para todo o país caso nom o derrotemos agora.

Também é falsa a afirmaçom de que somos membros do “movimento estudantil popular revolucionário”. Nem eu, nem nengum dos indicados participamos desta organizaçom, inclusive temos opinions distintas do movimento em questom. Mas, eu pessoalmente, penso que este boato é a tentativa de criminalizar, indiretamente, este grupo também e me solidarizo aos seus membros.

Agora peço à tod@s que nom se amedrontem. Que nosso flagelo sirva de combustível e inspiraçom para a manutençom e a ampliaçom da luta e da organizaçom popular em Goiânia. Eu pretendo manter meu direito de nom ser localizado e, enquanto puder, nom quero estar sob as garras e grades do estado burguês. Aproveito para deixar claro que, apesar da minha vontade, posso ser preso a qualquer momento e penso ser de profunda importância que meu caso seja mantido em visibilidade, para que nom aconteça de eu ser capturado sem o conhecimento d@s companheir@s, o que me colocaria numha situaçom mais delicada do que a que já me encontro, pois poderia sofrer com torturas e, quiçá, algo pior. Divulguem amplamente o que está acontecendo comigo e com os camaradas. Nom esqueçamos do companheiro MIKE, que está detido desde o dia 15 de Maio por participar de umha manifestaçom espontânea no terminal Padre Pelágio. Estou sabendo da manifestaçom de amanhã e meu peito se encheu de esperança. Saíam às ruas amig@s! Vamos mostrar que este levante que tem acontecido nos terminais faz parte de um processo bem germinado de consciência popular e de gana pela luta. Nom parem as manifestações, nem a mobilizaçom. Se a caça as bruxas começou em Goiânia é aqui mesmo que começaremos a apagar as fogueiras desta nova inquisiçom!

Abraços apertados nos meus amigos Heitor, Ian, João e Mike. Estaremos festejando nas ruas em breve meus companheiros.

Liberdade para tod@s nós, pres@s políticos!
Nom a criminalizaçom dos movimentos sociais!
Se nom tem transporte, saúde, educaçom, moradia e direitos NOM VAI TER COPA!
Viva o povo organizado e combativo! Viva a Frente de Lutas!

TIAGO MADUREIRA ARAUJO – BRASIL 26/05/2014


Notícia recopilada e publicada x eDu
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