Charo Lopes participara como tantas outras persoas nas protestas populares de 2009 que erguerom o Morraço contra a especulaçom em Massó, na altura fora detida pola Guarda Civil e agora vimos de saber que já está fijada a data do juízo para o vindouro 2 de Abril.
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Fiscalia pede mais de cinco anos de prisom para Charo Lopes por participar nas protestas populares de 2009 que erguerom o Morraço contra a especulaçom em Massó. Os feitos referidos enquadram-se na massiva oposiçom à construçom dum porto desportivo em Cangas. O primeiro de Agosto desse ano, no momento da detençom, mais de cinco mil pessoas se manifestavam na vila contra a marbelhizaçom da costa. Umha das protestas mais numerosas da história do Morraço. Lojas e bares também fechavam as suas portas em apoio. As marinheiras e mariscadoras, o Foro Social de Cangas, a Ria Nom Se Vende, Galiza Nom Se Vende, os sectores populares em geral, e pessoas e coletivos solidários do resto do País, respaldarom a vila e sairom à cabeça das protestas em defesa dos nossos sectores produtivos, da pesca de baixura, do ecosistema da ria, principal riqueza do nosso pais e fundamento da nossa identidade nacional.
Charo foi detida pola Guarda Civil, passando à noite a maos da Polícia espanhola na esquadra de Ponte-vedra. Tres anos e oito meses depois celebrara-se o juizo, que será o próximo 2 de Abril. A acusaçom suma dous anos de prisom por um delito de desordens públicas, dous anos e tres meses de prisom por delito de danos mediante incéndio e um delito de danos com multa de vinte meses de pagamento de umha quanta diária de dez euros, e umha responsabilidade pessoal em caso de impago de um dia de privaçom de liberdade por cada duas quotas impagadas, o que significa mais 300 dias de prisom. O que fai um total de cinco anos e um mes de cárcere. Além disto, exigese-lhe por responsabilidade civil a indemnizaçom com 2.678´70 euros ao Banco Santander Central Hispano e com 320 euros ao Concelho de Cangas.
A defesa da Terra
Quando a bolha especulativa dava os seus últimos cacarejos de glória os movimentos populares plantavam cara às agressons à Terra de maneira contundente. No caso da defesa do Salgueiróm o intenso trabalho de denúncia, a paralisaçom das obras, as manifestaçons, as retiradas públicas e coletivas das contas de aforros em Caixanova... forom resultado da luita conjunta da gente que vive do mar, do ecologismo e de galegas conscientes em geral, que conseguirom ponher-lhe as cousas difíciles à promotora imobiliária Residencial Marina Atlántica. O projeto privado planeava a construçom de vários centos de vivendas, hoteis, umha grande área comercial e un porto deportivo. Em esta empresa tinham interesses, entre outros, Caixanova e o grupo San José. E as “autoridades políticas” da altura, a alcaldesa de Cangas, Clara Millán; a responsável da Autoridade Portuária de Vigo, Corina Porro; o delegado do Governo Antón Louro e o subdelegado em Ponte-vedra Delfín Fernández posicionarom-se contra a vizinhança.
Mais repressom no caso de Massó
As mobilizaçons sucederom-se num ambiente caldeado, com desproporcionada presença policial custodiando as obras e muita tensom entre as forças de ocupaçom e a vizinhança. O 20 de Julho realizaram-se 16 detençons, resultado tres pessoas feridas. E perto de trinta vizinhas e vizinhos forom julgadas acusadas de paralisarem as obras, no intento de evitar a urbanizaçom marbelhí de Massó, a destruçom do património natural e a exploraçom pesqueira e marisqueira.
O Salgueiróm
Som mais de 200.000 m2 de terreno, que contém a existência de arredor de 100 espécies arbóreas e arbustivas de jardím, bosque, humidal e froiteiras. O espaço natural de Punta Balea, de unhas 15 hectáreas, está dentro do domínio público marítimo terrestre e a zona de servidume de proteçom. Neste espaço estám censadas 388 espécies de plantas de ambiente ruderal, humidal, lacustre, cantís supralitorais, praias e dunas. Actualmente e desde há anos a zona está en estado de abandono por parte do Concelho.
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