13 nov 2012

Violências, propaganda e utilidade. A greve de Barcelona

Amanhá há greve convocada polos sindicatos maioritários pactistas e mesmo responsáveis desta deriva do capitalismo, a tal convocatória sumarom-se os sindicatos minoritários que desde há tempo vinham solicitando que CCOO e UGT deram esse passo, e assim tudo o espectro sindical do estado, agás os sindicatos bascos ELA-STV e LAB ( que aducem para nom sumar-se porque o que falham som apostas políticas e sindicais decididas que deam respostas contundentes e mesmo criticam a atitude de CCOO e UGT de seguir participando do diálogo social e da gestom que nos levou a esta crise) e o amarelo CSIF (que di que neste momento nom é convinte), vam a partilhar a greve, se bem, como já é habitual, os maioritários irám polo seu lado (na Galiza suma-se a CIG) e farám os seus tradiçonais passeios cara a galeria (fotográfica e vissual para os mass media) e os minoritários irám polo seu (entre eles os sindicatos que se auto-definem anarquistas que na Galiza irám com a CUT ).

Co galho deste sucesso, e depois do acontecido em Barcelona no passado 31 de outubro, quem abaixo suscreve, decidim colar parte da crónica de Adrián Tarín da web Regeneracion Libertaria titulada Violências, propaganda e utilidade ao respeito do debate jurdido no "anarquismo militante autóctono catalám" pola situaçom criada quando individualidades ácratas provocaram destroços numha sucursal de Zara e outra de Apple que foram ampliamente defundida polos mass media. Espero que serva para debate e para conhecer de quem nos arrodeamos

Em diferentes foros e assembleias do movimento anarquista debateu-se com certa paixom a acçom direita realizada em 31 de outubro contra Zara e Apple, na que um grupo de activistas –organizado ou espontáneo- entrou em tropel boicoteando a mercaduria de ambas sinaturas comerciais. Os focos da discusom centraram-se, básicamente, na sua utilidade e na propaganda. E ambas temáticas atopam-se, assimesmo, conectadas.

Respeito à utilidade da acçom jurdem diferentes interrogantes. Por um lado, aparecem vozes que criticam o uso -injustificado- da violência em geral e/ou em particular, assim como consideram inútil a operaçom por considera-la carente de contido político substancial. Atribuem-lhe certo ar de infantilismo e vandalismo. Em resumidas contas, anular vários produtos dumha sucursal dumha multinacional tem pouco valor prático, pois apenas contribuirá às perdas económicas da empresa, polo que deveria entender-se como umha acçom simbólica. E de ser assim, de te-la em consideraçom como um ejercício de imagem, esta é negativa para o movimento anarquista e para as convocantes da greve (CNT-AIT, CNT-Catalunya, CGT Barcelona, COS e Coordinadora Laboral e por Apoyo Mutuo del 15M).

Por outro lado, nom devemos descontextualizar o feito, cousa que reivindicam quem se amossam favoráveis a esta acçom concreta e a outras similares. O boicote a Zara e a Apple ocorre durante umha jornada de greve, polo que se enquadra dentro dum piquete coercitivo. É dizer, é umha resposta à insolidariedade de empregadas e empresárias com o resto de grevistas, polo que a represália estaria justificada. Além, na linha dum nutrido grupo de históricas e contemporáneas pensadoras anarquistas, o dano à propriedade –e mais ainda à propriedade privativa e aos méios de producçom burgueses- nom pode considerar-se violência per se, dado que esta só pode ser ejercida contra seres vivos. Nom se trataria, por tanto, dum ato de violência, senom dumha resposta estructural. Dum lado, contra a atitude esquirol dos dous comércios, entanto que doutro, por ser célebres cabeças vissíveis do Capital. Se a greve é um método de pressom económica contra empresárias ou governos, o boicote de produtos ve-se legitimado por ser, simplemente, outra técnica mais para acadar o objectivo.

Respeito à propaganda, as detractoras do feito asseguram que, dado que a revoluçom será com o povo ou nom será, o movimento anarquista deve ter sempre presente a receptividade do mesmo às suas acçons. E quem abanderam esta opiniom, asseguram que as imagens tomadas esse dia nom fam mais que expandir a consideraçom da anarquista como umha simples encarapuçada agressiva incapaz de proponher atos constructivos; como um ser marginal e violento. Por tanto, na opiniom delas, nom há que valorar tanto a razom –em toda a sua amplitude semántica- da acçom como a sua inclusom negativa no magim social popular. A crítica nom só é estética –chegando-se a questonar a pertinência da sua vestimenta- senom também ética, pois carregam contra quem, sem formar parte da convocatória, desoem as directrices marcadas e atuam independentemente, provocando a criminalizaçom mediática e judicial de, neste caso, os sindicatos anarquistas e movimentos assembleários convocantes.

Como resposta a esta corrente de opiniom jurdem quem, ou bem minusvaloram a propaganda, ou bem consideram às suas rivais dialécticas umhas novas príncipes [sic] que tenhem como razom de Estado a propaganda. Nom entendem estas vozes que o movimento deva someter-se aos gostos e apetências da sociedade -e meios de comunicaçom- burguesa, do mesmo jeito que nom devem dobregar os seus jeonlhos ante a sua arquitectura legal, pois nom som mais que expresons lógicas da clase dominante. Se as anarquistas gozaram da simpatia de quem sostenhem por ativa ou passiva ao sistema, algo estariam a fazer mal. Tampouco pensam acertado o argumento de salvaguardar as siglas por riba de tudo dado que, asseveram, as convocantes nom podem desejar e ao mesmo tempo controlar ao povo nom organizado chamado a secundar a greve.

Cá fica pois o texto, agora se queredes abre-se o debate.

Notícia construida por Edu

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