Às vezes é necessário dar saida a certas notícias que nos alegram o dia, sucedam os fatos em Rússia ou em Lapónia.
Assim vimos de saber de Pussy Riot, umha banda de intervençom composta apenas por raparigas que atraiu a atençom dos media internacionais depois de interpretar umha cançom anti-Putin diante do Kremlin e de ser arrestadas por isso. Mas, dentro da Rússia, a grande polémica chegou agora quando a banda decidiu tocar a sua música reivindicativa em improvisados concertos em igrejas, agora protegidas por cossacos para evitar este tipo de actos.
As jovens cantoras entraram em 21 de fevereiro, disfarçadas de crentes na catedral de Cristo Redentor. Montaram uma aparelhagem junto do altar e cantaram temas contra Vladimir Putin e a direcçom da Igreja Ortodoxa Russa.
Depois de retirarem os disfarces, as jovens do grupo “Pussy Riot” apresentaram-se com roupas coloridas e começaram a interpretar a cançom "Mãe de Deus, expulsa Putin". Ao mesmo tempo dançaram junto das "Portas do Paraíso", o que é a parte central do altar nos templos ortodoxos.
As jovens aproveitaram a ocasiom para criticar o ensino da religiom ortodoxa nas escolas e os automóveis de luxo dos prelados. A “fé” que o Patriarca Kirill I tem de que Putin vencerá as presidenciais à primeira volta também nom foi esquecida. Sobre isto o grupo cantou “Que vergonha, meu Deus!"
Em 2011, a Rússia entrou em um turbilhom político, com ondas de protestos contra o premiê Vladimir Putin e contestaçom popular das eleiçons parlamentares de 4 de dezembro. Nesse cenário, um grupo de meninas decidiu criar o 'Pussy Riot', umha banda de punk rock com integrantes "anônimas”, cujo objetivo principal é promover shows sempre ilegais, em lugares inusitados e que terminam, invariavelmente, em prisons, multas ou surras.
“O grupo foi formado no outono de 2011, motivado por uma irritaçon com Vladimir Putin e o presidente, Dimitri Medvedev”, conta a porta-voz do grupo, que se identifica apenas como Garadja Matveeva.
As mascaradas do Pussy Riot em show não autorizado na Praça Vermelha, sob -10° C, no fim de janeiro; duas integrantes foram presas e outras duas, multadas (Foto: Divulgação / Pussy Riot)
O mistério é umha das características do grupo de 8 meninas, que dizem praticar “ativismo punk” e terem escolhido o nome Pussy Riot (algo como “tumulto de gatinhas”) por ser “forte e suave ao mesmo tempo”.
Todas só se apresentam mascaradas - com balaclavas coloridas -, usando minissaias ou vestidos curtos. Mas sempre com calças ou leggings por baixo. Afinal, a ideia é chamar atençom pela ideologia e pelos protestos, nom pela sensualidade. A intençom é que elas usem suas “identidades secretas” apenas em ocasions especiais: quando forem presas, multadas ou advertidas pelas autoridades.
E se engana quem pensa que elas se assustam com os problemas legais ou eventuais, maus-tratos e abusos. Elas já foram vítimas da truculência da polícia de Moscou, como no caso do show, em janeiro, na Praça Vermelha.
“A única coisa que ainda nom nos aconteceu foi sermos espancadas. Mas o objetivo é diminuir o medo, para que possamos mudar esse cenário político”, diz Matveeva, que é enfática ao tentar proteger sua privacidade. “Nós somos um grupo anônimo. Nossa vida pessoal nada tem a ver com o ‘Pussy Riot’, diz.
Mas, afinal, contra o quê o grupo de meninas se rebela? “Para nós, a política agressiva da Uniom Soviética é inspiraçom para o governo Pútin. A situaçom da cidadania mudou pouco desde o fim da URSS, ainda temos paternalismo, controle e truculência”, diz a roqueira, que critica ainda a centralizaçom do poder, as reformas na educaçom e saúde e a centralizaçom política.
Quatro apresentaçons da banda (em sentido horário): ma estaçon de metrô Borovitskaya, sobre o teto de um café de classe alta, no centro de Moscou, sobre o display de um carro de luxo e em um andaime dentro de estaçon do metrô (Foto: Divulgação / Pussy Riot)
'Putin se mijou'
Com todo esse contexto politizado e ideológico, a música acaba ficando em segundo plano. O grupo toca um punk rock agressivo, com letras fortes, como ‘Putin Vososal’ (literalmente, Putin se mijou).
Como os concertos som sempre em locais surpresa, públicos e nom-autorizados, a logística é grande. Elas têm seu equipamento, que é montado e desmontado rapidamente. Para se ter umha ideia, elas já tocaram no meio de estaçõns de metrô, no teto de ônibus (que estavam circulando normalmente), em lojas e bares de alto luxo (sem serem convidadas, lógico) e no telhado de uma casa em frente ao local onde presos políticos eram mantidos.
“Mesmo em dias frios, como no caso da Praça Vermelha, quando a temperatura era de -10 graus, somos recebidas com calor pelo público, que aplaude, grava tudo com celulares e pede bis”, orgulha-se a jovem.
Sobre o futuro, o grupo mantém um certo mistério: “temos muitos shows planejados, mas nom vou te dizer onde."
Notícia redactada por Edu recolhida de aqui, de acá e de acolá
29 feb 2012
Pussy Riot: Punk em feminino ocupa espaços públicos e igrejas de Moscovo.
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Duas das interantes da banda "pussy riot" permanecerán en prisión ata o día 24 de abril segundo informan na páxina Contra Info: http://es.contrainfo.espiv.net/2012/03/06/rusia-detenciones-de-anarquistas-y-otrxs-manifestantes-durante-protestas-anti-electorales/
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