A mediados de dezembro do ano passado deramos conta em Abordaxe dumha nova operaçom repressiva contra compas activistas Anti-TAV em 9 de dezembro nas cidades de Torino e Milano, de resultas da qual na primeira cidade foram enviados à prisom Chiara Zenobi e Claudio Alberto e ao mesmo tempo, em Milano, o companheiro Mattia Zanotti, que faz parte da rádio livre Radio Cane, também fora encarcerado tras irrumper a polícia na sua casa a prende-lo; elxs tres sumam-se a Niccolò Blasi, quem já estava preso e encarcerado desde 29 de outubro desse ano: As quatro estám acusadas de realizar umha açcom contra as obras do TAV em Clarea, na noite de 13 para 14 de maio, e solicitam para elas penas com agravante de terrorismo.
Agora fazemos público um seu escrito, assinado a mediados de janeiro por Niccolò Blasi, Claudio Alberto e Mattia Zanotti, encirrados em ailhamento no módulo de AS2 da prisom de Ferrara com censura e restricçons no correio desde hai meses e tenhem proibidas as vissitas, se bem os tres compas podem ver-se a diário, dado que Claudio e Niccolò compartilham cela e vem-se com Mattia nas horas de “socializaçom"; mas Chiara está em ailhamento absoluto ao ser a única presa de Alta Seguridade do seu módulo. Desta forma, querem aniquila-lxs e te-lxs caladxs. E despois colamos umha serie de acçons em solidariedade com as compas, por ordem cronológico.
Em 14 de janeiro, o Tribunal de Apelaçons rejeitou todas as petiçons da defensa, incluso a de arquivar os delitos e as agravantes de terrorismo. Na sala, os fiscais Padalino e Rinaudo volverom repetir que a conducta supostamente terrorista dxs compas nom se atopa nos métodos mais ou menos violentos da acçom contra as obras, senom no contexto complejo na que se atopa: a oposiçom á realizaçom da linha de alta velocidade Torino-Lion. O que preocupa realmente á fiscalia de Torino e a todo o “partido do TAV” é a luita de há 20 anos contra o trem de alta velocidade, e o intento de concretar o NOM sobre o que o movimento se desenvolveu.
"Som as quatro da tarde e o sol está caindo tra-lo imponente incinerador metálico, entanto na lonjania entreven-se as primeiras montanhas do Val de Susa, a nossa imaginaçom completa a contorna do Pico Musiné. Levamos 10 dias acá encirrados, pero os nossos pensamentos todavia viajam longe...
Que a fiscalia de Torino estivera preparando umha gorda sabiam-no até as pedras. Podia-se lêr no feito de que aumentaram as denúncias contra do movimento, pero sobre tudo nessa intensa laboura de propaganda com a que os investigadores, os medios de massas e os políticos tentaram transladar a ressistência NOM TAV baixo a sombra dessa mágica palavra que todo o permite: Terrorismo. Durante meses, nom falarom de outra coisa, num mantra obsesivamente repetido dirigido a evocar umha repressom feroz.
Ao fim tomaram um dos muitíssimos episódios de luita deste vrao ao que o imaginário sugestivo puidera agarrar-se, distorsionarom-no e pregarom as suas visons do mundo feitas de militares, paramilitares, jerarquias, control e violência cega.
Assim, justificarom os registros e os cacheios de finais de julho, assim fam agora para justificar os nossos arrestos.
Pero há um abismo entre o que querem ver em nos e o que realmente somos.
Nom nos interesa saber quém, nessa noite de maio, aventurou-se realmente nos bosques da Clarea [val de Susa] para sabotear as obras –probavelmente nom lhe interesa nem aos próprios investigadores. O que querem é ter a alguém entre as suas mans, hoje, para fazer pesar a ameaça de anos de cárcere sobre o movimento e sobre a resistência activa, para chegar tranqüilamente e sem molestias á apertura das obras de Susa.
Querem que as pessoas fiquem nas suas casas vendo avançar o projecto desde o seu balcom.
Pero estas pessoas já tenhem as ferramentas para pôr-se em meio: aprendimos a bloquear quando todxs juntxs gritavamos “nom passarám” e a abrir-nos caminho com os tacos quando as barreiras de cimento nos bloqueavam o passo; aprendimos a mirar mais alá quando o horizonte enchia-se de gas e ao volver a erguer a cabeça quando tudo semelhava perdido. Nom será o terror que vam sementando a mans cheias para arruinar as colheitas futuras desta longa luita.
Teremos que seguir construindo lugares e momentos de debate para intercambear ideias entre nos, para lançar propostas e para estar preparadxs para volver ás ruas e aos bosques.
Está anoitecendo no cárcere de Le Vallette, pero se nom fosse pola obscuridade nom haveria grande diferência com a manhá, porque a porta da cela fica fechada as vintequatro horas: ¡alta seguridade!
Em quanto ao módulo de ingresso, acá, há muita mais calma e limpeza, pero a ausência de contacto humano está a debilitar-nos. A confusom dos módulos B, C e F (aparte do módulo no que se atopa Chiara) som tudo um fervidoiro de histórias e experiências de vida com as que se enfrontar, nas que atopar cumplicidade e solidariedade. Já no mês passado, Niccolò, quem já fora arrestado a finais de outubro por outro processo, puido ver como o eco da luita contra o TAV chegara a dentro das prisions, representando para muitíssima gente o valor de quém deixou de aturar as decisons dum Estado opressor.
Para nos, restringidos ao ailhamento num módulo aséptico, é de vital importância rejeitar a segregaçom e a divisom dos demais presos: Todos somos “comuns”.
Também por estas razons seria genial se no movimento se desenvolvera umha vez mais o debate aprol e em contra do cárcere.
A maioria das guardas de Le Vallette moram aqui, em grandes bloques dentro dos muros. Eles nunca se liberarám do cárcere.
Ainda que neste módulo nos tratem com educaçom, nom tardarám em escrever informes por ordem de qualquer dos seus jefes se decidiramos luitar por qualquer razom. Entom, com os recordos que levamos dentro de nos, faremos tremer a estes “chaveiros” pola estreiteça dos seus horizontes.
“Vistedes algumha vez o mar abrir-se caminho dentro dos bosques numha fermosa tarde de julho e arremeter e ir contra as valas dumha obra?”
“Sentistedes algumha vez a calor humana de todas as idades soldar-se cóvado com cóvado entanto os escudos avançam, o cimento da autopista fai-se líquido e a retaguarda enche-se de fume?”
“Vistedes algumha vez umha serpe sem cabeça nem cola ou umha chuva de estrelas no coraçom dumha noite de mediados de vrao?”
Nos sim, e segue sem saciar-nos.
O caminho é longo, haverá momentos emoçonantes e derrotas rotundas, darám-se passos adiante e se volverá para atrás, apreenderemos dos nossos erros.
De momento, miramos aos olhos ao nosso cárcere e nom é doado, pero si “o Val de Susa nom tem medo”, nos por suposto que nom podemos ser menos".
Niccolò, Claudio, Mattia
Acçons Solidárias
17 de janeiro.- Ataque Incendiário numha cantera de Verucchio. Comunicado:
Em 17 de janeiro, entramos na canteira de Verucchio (Rimini) umha das duas canteiras das que CMC (segundo informaçons subministradas pola mesma empresa) abastece-se de materias primas que, despois, levará ás suas instalaçons de formigom. CMC = empresa ecoterrorista que desde o Val di Susa a Etiopia e em tudo o mundo realiza os seus próprios projectos de morte construindo linhas de alta velocidade, autopistas, grandes diques, centros comerciais, etc. A canteira de Verucchio da Emir SpA é um de tantos lugares que hai diseminados neste territorio, no que se destripa á Terra para alimentar a industrializaçom desenfreada.
Pugemos bidons de gasolina e detonadores compostos de pilulas para encender lumes, repelente de mosquitos e mistos embaixo dos 9 veículos pessados; desafortunadamente, só dois ficaram destruidos por culpa do forte vento que apagou os detonadores, pero a mensagem chegou forte e clara. Deixamos umha pintada alá: “CMC ecoterrorista. Solidariedade com Niccolò, Claudio, Chiara, Mattia e com a luita NOM TAV”. Esta é nossa contribuiçom á luita contra o TAV e contra toda a nocividade.
Á repressom respostaremos golpe por golpe, liberdade para xs arrestadxs!
Jabarins do rio Marecchia – FLT
29 de Janeiro: Em Roma, umha corrente com dois tijolos terminou sobre os cabos de eletricidade da linha de alta velocidade que passa por umha zona urbana.
4 de Fevereiro: Protesto contra o ex-primeiro-ministro italiano, Romano Prodi (ex-presidente), durante um debate na universidade de Trento.
7 de Fevereiro: Transportes públicos de Milano empapelados com escritos Nom TAV.
8 de Fevereiro: Cartaz solidário colocado numha ponte do sudeste de Toulouse (França).
8 de Fevereiro: Artefacto em Trento contra os juízes de vigiância para darlhes voz a elxs e a todxs xs que estám encirradxs e luitam com dignidade. Assim se manda por adiantado um saudo axs presxs que iniciarám um processo de luita em abril com a esperança de que a luita se inflame. A judicatura e os bempensantes falam de violência, pero nossa violência em comparativa com a da magistratura e a do seu aparato é pouca cousa e os sufrimentos e mortes que infrigem axs presxs, como fai uns meses em Trento. Nom somos hipócritas como vos, reivindicamos a violência também contra as pessoas que som responsáveis de tudo isto.(ver imagem de início)
Noite do domingo 9 ao luns 10 de fvereiro, a nossa raiba contra a linha de alta velocidade entre Lyon e Torino do TGV/TAV e o seu mundo foi expressada com vários golpes sobre os cristais dum posto da empresa estatal de ferrocariles francesa SNCF em Lyon. Ademais, umha pintada que rezava “NOM TAV, liberdade para todas e todos” foi deitada no muro do seu carom, para fazer-lhes recordar que enviamos todo o nosso apoio a Claudio, Chiara, Mattia e Niccolò. Pouco nos importa se som culpáveis ou nom. Queremo-los livres. Agora mesmo.
12 de Fevereiro: Bloqueado e pintado um comboio de alta velocidade em Roma.
13 de Fevereiro: Encontro, projecçons e recolha de fundos em Roma.
Concerto para recolher fundos de Nom à terceira Etapa na Casa Okupada de Pelliceria, Génova.
14 de Fevereiro: Assembleia pública Nom TAV em Tradate, Lombardia.
15 de Fevereiro: Debate, ceia e concerto para recolher fundos na cantina Okupada Marzolo em Pádova.
19 de Fevereiro: Assembleia pública Nom TAV em Génova para as mobilizaçons de 22 de Fevereiro.
20 de Fevereiro: Transportes públicos de Bérgamo empapelados com escritos Nom TAV.
22 de Fevereiro: Concentraçom solidária com Nom TAV/Nom à terceira Etapa em Génova.
Sabotagem de 32 ATM do grupo bancário Intesa Sam Paolo em Torino em solidariedade com xs presxs Nom TAV.
Para escrever ás compas
Niccolò Blasi
Mattia Zanotti
Claudio Alberto
Chiara Zenobi
c.c. Lo Russo e Cotugno – via Maria Adelaide Aglietta, 35 – 10151 Torino (Italia)
Notícias elaborada x eDu segundo informaçom de ContraInfo e Informa-azione
No hay comentarios:
Publicar un comentario