19 oct 2012

Processados por Galicia Bilingüe pedem solidariedade perante o juízo, que começa semana próxima

Três anos depois da manifestaçom de Galicia Bilingue em Compostela contra o galego, doze pessoas sentarám no banco dos acusados num juízo que começará terça-feira 23 de outubro.

Confrontam-se a petiçons fiscais de muitos anos de cadeia, somando 45 anos entre todas as acusadas, e de sançons económicas totais de 30.000 euros. Os cargos, terem participado no boicote à manifestaçom anti-galega. Oito delas teriam sido detidas o próprio 8 de fevereiro, enquanto outras quatro seriam imputadas posteriormente, identificadas pola polícia conforme "indícios" no seu poder.

Perante a gravidade das penas solicitadas polo representante do Estado espanhol, as acusadas venhem de fazer um chamado público de solidariedade, pedindo "posicionamentos públicos" das organizaçons, e reclamando a mobilizaçons o mesmo 23 de outubro e que podedes lêr clicando em "leer más".

As doze pessoas imputadas terám que assistir ao juízo, que se desenvolverá durante vários dias da próxima semana, a começar pola terça-feira. O juízo començará, como apontamos, a terça-feira (martes) dia 23, às 9.30, com a declaraçom das acusadas. Na quinta-feira 25 (joves) está previsto que declarem mais dumha veintena de polícias, entanto que o dia 26 será a quenda das testemunhas da defensa e da acusaçom, entre estas últimas acudirám membros de Falange Española (como Ynestrillas) e Rosa Díez, de UPyD.

Manifesto de Solidariedade com as pessoas processadas do #8F

A nossa língua nacional encontra-se num estado limite. A gravidade da sua situaçom chega a tal ponto que, segundo confirmam os estudos sócio-lingüísticos mais solventes, a transmisom intergeracional já nom está garantida e em questom de décadas, de nom mediar profundas mudanças em políticas e atitudes por parte da sociedade galega e as instituiçons, podemo-nos enfrontar ao sucesso final do processo de extermínio lingüístico iniciado em 1492. Esta é a crua realidade para quem amamos este país e o seu idioma como máxima expressom de nós.

Em 2009, as medidas favoráveis ao Galego que adoptava a administraçom bipartida tivérom umha contestaçom feroz e extremista dos sectores políticos e mediáticos partidários do seu extermínio definitivo ou da sua conversom numha síria reduzida à comunicaçom doméstica e informal: fazer do Galego um idioma constrangido a determinadas esferas da comunicaçom, mas indigno do ensino, das administraçons, dos meios públicos, etc., foi, e é, o cartom de visita dos que onte ordenavam aos nossos avós e avoas a ponta de fusil Sea patriota. No sea bárbaro. Hable usted nuestro idioma cervantino e agora se envolvem no argumento hipócrita da Libertad de idioma ou da Libertad para elegir. Distintas estratégias para o mesmo fim.

Aquel 8 de Fevereiro de 2009, quando grupos tam significativos como Falange Española de la JONS, Unión Progreso y Democracia e os dirigentes mais radicalizados do Partido Popular saírom às ruas de Compostela para bloquear o avanço do Galego com a convocatória de Galicia Bilingüe, decidimos, como figérom centenas de galegas e galegos, saír também à rua para denunciar aquela farsa ridícula que pretendia converter as vítimas em verdugos e aos históricos valedores da imposiçom do espanhol em “mártires” dumha língua sem direitos.

Com esta resposta colectiva pugemos acima da mesa a dignidade nacional das galegas e os galegos e denunciamos que é a língua da Galiza a vítima da imposiçom, da minorizaçom social e do perigo real de extinçom. Fumos, por este motivo, identificad@s por falar em Galego, golpead@s brutalmente, detid@s e criminalizad@s, enquanto a minoria extremista deste país que é partidária de aniquilar a sua língua se manifestava com protecçom policial e a companhia de centenas de pessoas traidas em autocarros vindos de fora da Galiza.

Agora, mais umha vez, a inversom extravagante acontece na realidade: os processados e processadas somos os agredidos. Acusa-se-nos de um amplíssimo abano de delitos que vam da “resistência à autoridade” que golpeava cidadás e cidadaos caidos no chao até “desordens públicas”, por fugir de quem se assanhavam com pessoas indefensas.

A guinda do pastel é umha petiçom fiscal de 45 anos de prisom por levantar a voz contra os inimigos do Galego, que pode supor o ingresso em prisom de muit@s de nós, e a imposiçom de sançons económicas impossíveis de afrontar que superam os 30.000 euros.

Os doce homes e mulheres que nos sentaremos na bancada dos acusados a partir de 23 de Outubro em Compostela demandamos da cidadania galega, das vossas organizaçons políticas, sindicais e sociais e de todos aqueles e aquelas que, dia após dia, defendedes a lingua desta velha naçom, um exercício de solidariedade activa com os e as processadas, denunciando o juízo político de que seremos objecto, posicionando-vos publicamente e mobilizando-vos em reivindicaçom da nossa liberdade o dia do início da vista. A vossa solidariedade é, agora, imprescindível.

Defender o Galego nom é delito.

Colado por Edu de GalizaLivre(1) e (2) e mais EP

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