12 ago 2014

[Uruguay] Manifesto da “Marcha contra a mineira Aratirí e a sua Regasificadora”

O Uruguay de Pepe Múgica, o ex-guerrilheiro tupac-maru que vem de aprovar o cultivo de marihuana e tem os parabens de muitas galegas que vem no seu governo algo desejável para estes lares, acumula também no seu curriculum de presidente a potencialidade e permivisividade para que se instalem no Uruguay, guay, guay, todas as actividades económicas máis polutivas da terra, e da que, como dado, curioso, ganharam-se o maior rejeitamento na Galiza (mesmo algumhas pro-Múgica galegas, siareiras do coletas de Podemos, benegueras ou anovadas, prefirem olhar para outro lado quando se tocam estes temas): MINARIA A CEU ABERTO, REGASIFICADORA, CELULOSAS, PORTO EXTERIOR, é por isso que o Povo em Luita no marco das actividades de "Junho-Julho, pola Terra e contra o Capital” manifestou-se em Montivedeo em 31 de julho e como final da campanha o figerom contra o projecto mineiro da empresa india Aratirí, á que o Pepe está empenhado em dar cancha livre, e que consiste num emprazamento mineiro de 150.000 ha. para extraçom de ferro a ceu aberto no interior (em terras gandeiras e agrícolas, a semelhanza de Corcoesto), um mineiroducto de 230 km de longo e um porto em águas profundas (como em Ferrol e A Corunha) na costa oceánica para exportar o ferro; além consta dumha regasificadora de gas natural líquido (perto de nucleos de povoaçom como em Mugardos) no lugar onde se mixturam as águas doces do Rio de la Plata com as salgadas do Atlántico, um lugar especial para algumhas especies animais, e dum gasoducto que levará o gas até a Minaria, que se compromete em encher o Uruguay de torres de Alta Tensom. E tudo isso entanto se seguem potenciando as Celulosas (como a de ENCE em Pontevedra).

Mas, depois desta apresentaçom, imos dar pulo ao Manifesto da Marcha que nos facilitou a ANA:

A mineria a ceu aberto nom só é um dos tipos de exploraçom da terra mais nocivos, senom que é a ponta de lança e símbolo de vários megaempreendimentos do plano IIRSA-Cosiplan [Integraçom da Infraestructura Regional Sul-Americana], plantas de celulose, o porto de águas profundas ou a regasificadora.

Em nossa luta contra a empresa e quem a sustenta nom só nos jogamos a perder umha batalha contra uns capitalistas e o Estado, senom que nos jogamos a perda de um modo de viver.

Atacamos a Aratirí porque necessitamos resistir ao modelo ao qual pertence, atacamos sua regasificadora porque necessitamos potencializar a vida, outro tipo de vida, de relaçons diferentes.

Atacamos a Aratirí porque sabemos que será a acçom direita, a acçom das pessoas sem mediaçons, a que terminará decidindo o destino da liberdade possível, atacamos sua regasificadora porque queremos que nossa dignidade fale o idioma dos feitos.

Até agora nengum poder nos presenteou nada, tudo o que os oprimidos algumha vez conseguiram tem sido através da luta e com a energia de suas próprias mans.

Se nós nom lutarmos, como poderemos olhar no espelho? Como poderemos olhar os nossos companheiros e amigos?

Se nom o fazemos agora, entom, quando seria? Em um futuro imaginário? Esperaremos umha nova catástrofe? Preferiremos dormir embalados por umha nova ilusom eleitoral, umha nova tecnologia ou outro salvador?

Nom existe progresso, melhora ou liberdade em um sistema que coisifica e mercantiliza as pessoas, aos demais animais, aos solos, aos rios e ao ar.

Nom existe progresso, melhora ou liberdade nos tanques que matam gente, nas estradas que nos levam mais rápido ao trabalho ou nos corredores interoceânicos para trasladar mercadoria.

Nossa responsabilidade hoje, como o tem sido sempre, é a de dar um passo adiante e auto-organizar-nos para lutar.

Nossa responsabilidade é tomar a rédea de nossas vidas e recuperá-las.

A empresa nom se deve instalar, seus responsáveis nom devem dormir em paz enquanto o território é devastado.

Guerra, devastaçom e domínio som seus modos, mostremos-lhe os nossos!

Regional Sul da A.N.P.



Apresentaçom da notícia por Tancredo Tantonto para Abordade

Mais informaçom em Abordaxe sobre este tema:

18/6/2014.- [Uruguay] Panfleto da concentraçom contra a mineira Aratirí e a gasificadora: A terra nom se vende, se defende!

24/10/2013.- [Uruguay] Folheto distribuído pola Coordenaçom Contra os Megaprojetos na V Marcha em defesa da Terra, da Água e da Vida em Montevideo

1/10/2013.- [Uruguai] A resistência está nas ruas

30/8/2013.- A mesma repressom que na Ditadura militar no Uruguai do ex-guerrilheiro tupamaro José Múgica

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