Dentro das "IX Jornadas Anarquistas de Compostela" terá lugar em a Biblioteca Anarquista "A Ghavilla" de Compostela esta palestra, na que duas pessoas testemunhas direitas desses sucessos darám conta de-los.
Para conhecemento prévio de quem quiger publicamos este texto recolhido de diferentes médios alternativos:
36 anos de impunidade
O 3 de Março de 1976 Gazteiz (Vitoria) encontrava-se paralizada por umha greve geral tras mais de um mês de conflitos laborais. A mesma imprensa oficial reconhecera que o paro nas fábricas afectara ao 80% e a ela sumaram-se também estudiantes e comércios dos bairros. A polícia repremera com sanha desde primeira hora todo tipo de manifestaçom. Pola tarde estava convocada às cinco umha assembleia geral na igreja de S Francisco do bairro de Zaramaga. A igreja estava abarrotada muito tempo antes dessa hora e a polícia rodeou-na violentamente e, a isso das 16:55’ , gaseou o interior do templo e ametralhou às pessoas que saiam buscando ar que respirar.
Romualdo Barroso Chaparro de 19 anos morria ametralhado quando tentava sair por umha ventana, Francisco Aznar Clemente de só 17 anos recebia um disparo na sua cabeça, a sua mocidade deu-lhe para correr uns metros fugindo da massacre, mas cairia morto a só uns passos da igreja, e algo similar ocorreu-lhe a Pedro María Martínez Ocio de 37 anos, só que este recebeu até tres tiros no seu corpo antes de caer morto, além, José Luis Castillo García de 32 anos e Bienvenido Pereda também faleceriam dias mais tarde de resultas das feridas recebedas na igreja de maos da polícia.
Coma resultado deste acto criminal que nunca foi julgado morreram essas 5 pessoas e mais dum cento resultaram feridas, 33 delas por impacto de bala.
Mas istos assassinatos de Estado nom foram os únicos dissos dias: 2 dias depois, numha manifestaçom em Tarragona em repulsa polos assassinatos de Gasteiz, morreria Juan Gabriel Rodrigo Knajo ao esvarar dum telhado quando era perseguedo pola polícia, e 5 dias mais tarde, em 8 de março de 1976, numha manifestaçom de protesto em Basauri, a polícia assassinava a Vicente Anton Ferrero, de 18 anos, e ainda mais, em 14 de março, num protesto fronte a embaixada espanhola de Roma, a polícia italiana disparou fogo real contra as congregadas matando ao viandante Mario Marotta.
Os funerais polas vítimas celebrados em Gasteiz, o 5 de março, congregarom a maior concentraçom humana na história da capital aravesa.
Todo elo sucedera baixo a Chefatura de Estado de Juan Carlos de Borbon, quando o Presidente do Governo era Carlos Arias Navarro e o Ministro da Gobernaçom Manuel Fraga, a quem a matança o pilhara na Alemánia, pero que voltara com intençom de vissitar aos feridos nos hospitais, mas os operários negarom-se a recebe-lo e botaram-no dos hospitais.
Fraga prévio à vissita frustrada, declarara ao respeito dos sucessos o seguinte: "Aquello de Vitoria había que aplastarlo porque estaba dirigido por dirigentes que manipulaban a la clase trabajadora y eran pequeños soviets que se estaban gestando y había que extinguirlos". E pouco depois de ser botado dos hospitais, fazia umhas suas declaraçons nas que vinha a culpabilizar ao povo das mortes ocorridas e advertia de que esperava que esses assassinatos serviram de ejemplo para que a gente o pensara duas vezes antes de sair às ruas a se manifestar, estas foram as suas palavras textuais: "Por supuesto, tengo que decir que la responsabilidad de los que siguen echando la gente a la calle con mensajes de un tipo o de otro, les correspondía íntegra en cuanto a resultados trágicos como los que hemos vivido en Vitoria. Que este triste ejemplo sirva de gran lección para todo el pais en los meses próximos"
O Governo espanhol de seguido apresurara-se a dar a sua versom oficial da matança. Quem, na altura era Director Geral de Seguridade, Victor Castro San Martin, declarara numha rolda de imprensa em Bilbo: "En Vitoria no ha habido ni mas ni menos que un intento de ocupación de una ciudad por una masa, que desde la mañana cortó calles, derribó farolas y puso a las fuerzas del orden publico en verdaderos aprietos. Y en un momento determinado, cuando las fuerzas estaban prácticamente desbordadas hubo que hacer fuego, precisamente en legitima defensa".
Mas estas mentiras foram desmontadas totalmente, quando viram a luz as transcripçons dumha cinta magnetofónica que gravara um cidadá anónimo vitoriano recolhendo as vozes da rádio frequência da polícia nos mesmos momentos da massacre e que constituem tudo um documento histórico de primeira magnitude que, se viviramos num estado de direito real, teriam servido para ajustiçar aos responsáveis da matança, mas, neste interminável post-franquismo, os autores da massacre nunca forom perseguidos, ficando a sua criminal acçom na total impunidade.
De feito já vam trinta e seis anos que leva a Asociaçom de Vítimas do 3 de Março reclamando justiça, trinta e seis anos exigindo reconhecemento e depuraçom de responsabilidades.
Os tribunais de ¿justiça? dim que aquelo nom foi umha acçom terrorista. Dim que nom houvo premeditaçom. Dim que os autores dos assassinatos eram desconhecidos!!!, em definitiva, mofam-se do povo. Esta justiça espanhola nom é quem de ver o mínimo resquício para poder investigar e esclarecer istos sucessos arrepiantes, que fam ferve-lo sangue. Curioso que nom queiram ver nem ouvir pese a existência de provas e gravaçons das conversas entre a polícia como estas:
“¡Vamos a tener que emplear las armas! Cambio. ¬Gasead la iglesia. Cambio. ¬Interesa que vengan los Charlies, porque estamos rodeados de gente y al salir de la iglesia aquí va a ser un pataleo. Vamos a utilizar las armas. Seguro, además ¿eh? ¬Charlie a J-1. ¿Ha llegado ya la orden de desalojo a la iglesia? ¬Si, si la tiene J-3 y ya han procedido a desalojar porque tú no estabas allí. ¬Muy bien, enterado. Y lástima que no estaba yo allí”.
«Intento comunicar, pero nadie contesta. Deben estar en la iglesia peleándose como leones. ¬¡J-3 para J-1! ¡J-3 para J-1! Manden fuerza para aquí. Ya hemos disparado más de dos mil tiros. ¬¿Cómo está por ahí el asunto? ¬Te puedes figurar, después de tirar más de mil tiros y romper la iglesia de San Francisco. Te puedes imaginar cómo está la calle y cómo está todo. ¬¡Muchas gracias, eh! ¡Buen servicio! ¬Dile a Salinas, que hemos contribuido a la paliza más grande de la historia. ¬Aquí ha habido una masacre. Cambio. ¬De acuerdo, de acuerdo. ¬Pero de verdad una masacre».
Em tanto temos o dever de nom esquecer que um 3 de março a polícia disolviu umha Assembleia de 5000 Trabalhadores disparando mais de 2.000 balas, assassinando a cinco pessoas e ferindo de gravidade a muitas mais.
E também para o recordo, nunca no esquecemento, devem ficar Manuel Fraga Iribarne, Ministro de Gobernaçom e máximo responsável, felismente morto em 15 de janeiro deste ano; Adolfo Suárez que era quem ficara a fronte de ordem público em tanto Fraga viajava por Alemanha, e que segue vivo com alzheimer; o comandante Jesús Quintana Saracibar que foi quem ordenou disparar e que agora desfruta dum pacífico retiro; e Rodolfo Martín Villa, Ministro de Relaçons Sindicais que foi quem motivou a greve de fatais consequências, e que agora é presidente de honra de Endesa e tertuliano de flasimedios.
Lluis Llach recorda eternamente istos feitos no seu tema "Campanades a mort",
Campanadas a morto
lançam um berro para a guerra
dos tres filhos* que perderom
as tres campás negras.
E o povo recolhe-se
quando o lamento achega-se;
som já tres penas mais
que devem durar na memória.
Campanadas a morto
polas tres bocas fechadas;
Ai daquel trovador
que esquecera as tres notas!
Quém cortou o alento
daqueles corpos tam jovens
sem outro tesouro
que a razom dos que choram?
Assassinos de razons e de vidas
que nunca mais tenhades repouso
ao longo dos vossos dias
e que na morte vos persegam
as nossas memórias.
* Lluis Llach fala de 3 filhos pois quando compugera a cançom só morreram ainda Romualdo Barroso Chaparro, Francisco Aznar Clemente e Pedro María Martínez Ocio, días depois morreriam também José Luis Castillo García e Bienvenido Pereda.
Redactado e publicado por Edu
24 may 2012
[Compostela] Amanhã, Venres, 25 Maio às 20:30', Palestra "3 de março de 1976, massacre em Vitória-Gasteiz"
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