8 oct 2010

O Sorriso das Antisistema

Quem somos?
Qué nom queremos?
Quándo xurdimos?
Quando nos iremos?


O sorriso das antisistema

Agora entendemos, aquel veterano, com gafas e canas, que primeiro mirou de soslaio a fogueira e depois botou um cartom para aviva-la: era um antisistema.

Aquelas adolescentes que aparcarom as suas bicis e ajudarom a romper as cristaleiras do museu Diocesiá (o dos embaucadores e abusadores) também eram antisistema.

Dos “lateiros” pakistanies já tinhamos sospeitas, como ninguém estava por eles, também aproveitarom para prender lumes.


Quem portavam a faixa do piquete das 12 horas: “Contra a dictadura do Capial, Greve Geral” também o eram.

Quem roubarom vaqueiros também, quem tirarom-nos na foguiera, mais do mesmo.

Quem usarom as cadeiras das pizzerias para construir barricadas, também.

Todas antisistema.

A faixa do banco okupado “A banca explora-nos, a patronal vende-nos, os políticos asfixiam-nos e CCOO e UGT mintem-nos” ou algo assim, também o eram. Como a octavilha de “A economia está em crise...Qué revente!” e as do 29 Salvagem, todas antisistema.

E o jornalista, que afirmou: “nom há nada novo, som revolucionárias que, como a velha toupa, saem à luz tras debilitar os cimentos do poder”, também era antisistema? E o juiz que permitiu que a ocupaçom do Banco durara até o dia da greve, nom seria também antisistema? Nom serás tú o único imbécil que nom es antisistema? O único que ainda adora o sistema capitalista.

Porque do que estamos a falar é de antisistema capitalista. Esse sistema que expulsa a umhas, margina a outros e ailha e explora à maioria. Esse sistema do que umha minúscula minoria de proprietários beneficia-se. Um sistema que desde que xurdiu necessitou dumha polícia para se defender, dumhas leis para se perpetuar e duns jornalistas para legitimiza-lo.

Por qué nunca dim de qué sistema somos antisistema?, Por qué nom aclaram que é o do Capital?, desse sistema em crise que já poucos atrevem-se a defender. Por qué nom o dim ainda que se cante: “Anti, anti, anticapitalistas!”. Por qué nom se achegam a perguntar-nos qué mundo queremos? Ou melhor, Qué de todo isto nom queremos?.

Por qué se limitam a ponher antisistema?, Será como sinónimo de antisociais? Cremos que nom, pois sabem que se há alguém a quem gosta de estar acompanhado, mixturado e arrambado, é a nos. Sem importar idades nem preferências amorosas.

Estamos contra o capitalismo, luitamos para abolir este sistema baseado no trabalho assalariado e a desigualdade social, e se usamos a violência é porque é um sistema que desde a sua gestaçom usou dela para se impôr e defender, usou-na ao nos privar dos meios de subsistência e obrigar-nos a trabalhar (para os proprietários das coisas). Sabemos que si se nos volvera a ocorrer convertir o Ritz num jantar popular e os latifundios de Aragón, em colectividades agrárias, o Estado respostaria com armas de fogo.

Por isso somos conscientes que numha insurreiçom teremos que usar algo mais que pedras para defender-nos.

Ante todo detestamos a violência cotidiá do Capital, a que mata nas suas guerras e fames ou a que administra morte nos seus lugares de trabalho e estúdio.

Pero sigamos com o termo de moda entre os “mass meia”: antisistema.

Tras a batalha do Cine Okupado, 1996, cifrarom a nossa méia de idade entre dezaoito e trinta anos, tempo depois, nas batalhas anticapitalistas polas cimeiras de presidentes, seguiamos nessa joventude. Case umha década depois, voltam dizer que seguimos nessa franja de idade. Qué se pensam, qué para nos nom se passa o tempo? Qué nos claudicamos como a maioria das suas amizade? Qué a nossa rebeldia era um assunto de joventude? Ou pensam que nos somos as teóricas e as jovens quem tiram as pedras?. Pois nom, nos também tiramos pedras e prendemos lumes, e as jovens nom param de forjar teoria. Como aqueles encarapuzados de Madrid que se subirom a um andâmio para despregar umha faixa com a lenda: “Sindicalistas traidores a greve é das trabalhadoras”, pura teoria, poesia case, como aquel verso de “Quem sementa miséria, recolhe raiba”.

Pero basta de tratar de aclarar-lhes as coisas aos funcionários de Mentira e o Poder. Se fazemos este escrito nom é para os jornalistas, nom é para explicar-lhes porqué, o 29 Salvagem, a nossa raiba cara as suas poderosas mentiras expresou-se rachando os cristais das suas unidades movis.

Nos queriamos escrever a todos vos, também nos, a todas as companheiras, a todas as que rachamos a cotidianeidade capitalista no centro de Barcelona, a todas as que, tarde ou cedo, voltaremos a encontrar-nos, outra vez decididas, outra vez organizadas, outra vez unidas, como umha auténtica comunidade de luita.

Umha forte aperta a todas as que, tras o 29 S. andamos com um sorriso polas ruas… Cchzz! quando te passes ao carom dos mossos ponte séria, que andam a buscar-nos.

Companheiros presos à rua, ruas para a insurreiçom!

Carcelona, outono quente de 2010

Sorrisos antisistema

(texto traduzido livre e nom académcio do original publicado em Indymedia Barcelona)

No hay comentarios:

Publicar un comentario