Quando já há mais de um mês que o Comité de Solidariedade figera público na sua web a imputaçom de Pepita pela Audiência Nacional por um presumível delito de “enaltecemento do terrorismo” e davam conta da citaçom que recebeda para prestar declaraçom em 12 de junho, feito que reproduzimos em Abordaxe, surpreende, a quem isto assina, ver sair estes dias esta notícia nos falsimedios otorgandolhe, a esta gram mulher e nai, o papel de "Matriarca dos GRAPO", e fazendo referências, que poderiamos qualificar de morbosas, ao feito de ser neta, filha e viuva de gardias civis, corpo repressivo que, segundo estes desinformativos, foi o "objectivo preferido desta banda terrorista". Alguns mentideiros mesmo destacam que "junto aos seus filhos formam a saga de maior peso da organizaçom" num dislate que supura inhorância e inquina contra Pepita.
Nom entrarei em desqualificar as mentiras destes falsimedios, como dizer que todos os seus filhos som membros do GRAPO, porque ja se desqualificam por se mesmos quando já case ninguém confiam no que lá se escreve e que subsistem só graças a quantiosas subvençons públicas e moi privativas.
Nom vou cair tampouco na típica frase de eu já quiger ter umha nai assim, porque por sorte a minha nai também é deste jeito de querer, no que se chega a compreender os caminhos de luita que escolhemos cada um dos seus filhos, e mesmo a compartilhar inquedanças por mudar um sistema que criminaliza a disidência e que cada dia se asemelha mais á democracia do partido nazi na Alemanha de Hitler (sim, Hitler chegou ao poder por umhas eleiçons, ao igual que todos os sátrapas que tivemos e temos que suportar desde...)
Pepita cometeu um delito, no que podemos cair todas ao pouco que digamos o que pensamos deste sistema, convertendo-nos assim de facto em objectivo da Audiência Nazional. A disidência somos criminalizadas polo feito de ser disidentes, e se desde o poder te otorgam um papel especial que nunca quigeste ter, convirtes-te num claro objectivo a bater; sempre e quando a disidência nom venha da órbita do ultra-fascismo, ou seja dos seus camaradas exaltados, tipo Espe ou o torturador "Billy el Niño", quem tenhem plenos poderes para fazer o que lhes pete.
Tenho o gosto e o prazer de ter compartilhado momentos com Pepita, nom muitos pero os suficintes para merecer os seus agarimos e um par de beijos quando nos atopamos. É dessas pessoas das que me enorgulheço ter atopado na minha vida, e isso o digo desde a minha discrepância com muitos dos seus prantejamentos políticos, começando do feito de que ela segue a crêr no comunismo como alternativa possível de poder popular e eu som anarquista, e mesmo seguindo com essa teima de diferenciar xs presxs em políticxs e sociais, quando para as anarquistas todxs som presxs politicxs.
Pero tenho moi claro que a Pepita nom a vam calar com ameaças de juiços no Tribunal da Orde Pública postfranquista, ela nom é dessas pessoas que calam o que pensam, e assim os argumentos que o juiz Pedraz utiliza para leva-la a juizo som as suas sinceiras declaraçons a um falsimedio (outra das minhas discrepâncias com ela, eu nunca farei declaraçons ao inimigo).
Só quero rematar este meu acto de fe em Pepita, com as suas próprias palavras recolhidas dumha sua carta sobre as tergiversaçons do programa Informe Semanal da TVE escrita há 4 anos já em 12 maio de 2010 com o cabeçalho: Carta dumha mae de presos políticos aos jornalistas de Informe Semanal:
"Isso de que os membros da família Cela Seoane estejamos no olho do furacám nom é novidade. Expliquei-no diante e detrás de cámara pero, claro, há coisas que é melhor calar, nom seja que vaiam acordar algumhas consciências. Choca muito que sendo eu filha, viuva e irmá de gardas civis, me decantara por um outro jeito de pensar... E é que mae foi precisamente ésta, a Garda Civil, quem me fijo ve-las coisas objectivamente. Criei-me nos quarteis da Dictadura, donde vim toda caste de torturas, malheiras ... Meu mesmo pai estivera a piques de ser expulso do “benemérito corpo” por falha grave por nom ter o valor de fusilar a homes e mulheres que cometeram o único delito de defender a República usurpada pelos fascistas. Meus filhos medrarom nos quarteis da suposta “democracia”, ainda que, mais ou menos, vinham-se fazendo as mesmas coisas.
Pero claro, nesse momento, para mim, tanto a Polícia como a Garda Civil eram os “bos”, dos que se dizia que cumpriam com o seu dever.
Quando detenhem meus filhos Paco e Suso como membros do PCE(r) e dos GRAPO, e saem nos méios de comunicaçom, e se verquem sobre eles tal quantidade de mentiras, tanto o seu pai como eu digemos que os nossos filhos nom eran esses monstros que pintavam. E foi nesse intre quando a família Cela Seoane colhe consciência. De ai a minha entrega aos meus filhos e as suas ideias de luitar por um Socialismo de verdade".
Ánimo amiga, somos muitas as que estamos contigo
Como anejo vai este anaco do video que Galiza ContraInfo publicou co galho da manifa do 1º de maio em Corunha dos sindicatos CGT e CUT, com as declaraçons de Pepita sobre a sua imputaçom:
Assdo: eDu
5 may 2014
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Concentración diante dos Xulgados da Coruña o próximo 12 de xuño ás 10,00 H
ResponderEliminarPLATAFORMA POLA ABSOLUCIÓN DE PEPITA E CONTRA A REPRESIÓN
Texto na web do Comité de Solidariedade:
( http://comitedesolidariedade.wordpress.com/2014/05/01/mobilizacion-no-1o-de-maio-na-coruna-contra-a-represion-e-a-imputacion-de-pepita/ )
TODOS CON PEPITA E CONTRA A REPRESIÓN
“Se tocan a Pepita tócannos a todas”
Non máis represión, Pepita Absolución!
Defender ás presas e presos políticos non é un delito!