Vou fazer a minha análise pessoal do resultado eleitoral focalizado na Galiza, mas denantes quiger aclarar certos aspectos que semelham enquistados nas analises deste tipo; e refiro-me em concreto a essa teima em pontoalizar que os resultados numha eleiçons para Europa nom som ponderáveis para outra caste de eleiçons, porque os parametros que influem numhas nom tenhem parangona com as outras (pergunto-me entom porque dimitiu Burracalva); e poida que isso seja certo no caso das municipais, donde o conhecemento pessoal das candidatas tem um pesso relevante, e ainda mais relevante na Galiza outros factores como a carretagem de votantes ou o medo ao cacique que seguem influindo, e muito, nos resultados eleitorais aos concelhos das vilas e cidades pequenas; mas no que concerne a os resultados eleitorais na Galiza para o congresso espanhol ou mesmo ás autonómicas, nom há razom objectiva para que nom sejam extrapoláveis, e mais, se temos na conta de que case todas as analistas, no jogo de valora-los resultados, tiram conclusons em base aos obtidos na antérior contenda eleitoral europeia, o que nom deixa de ser um absurdo pelo feito de que já se passarom 5 anos, e nom forom 5 anos qualquer, senom 5 anos de crise. Outro ponto a considerar é a mania em tirar de dados porcentuais para fazer essas comparativas; os tantos por cento sim que nom som comparativos nuns resultados eleitorais, principalmente porque o censo nom é imutável, vai morrendo gente e aparecem novos votantes e além o nº de votantes varia nom só em relaçom aos proprios votos por candidatura, senom também em base ás abstenços e votos nulos. É por isso que na minha analise prefiro tirar de quantidades numéricas e nom de tantos por cento. Além conhecendo que a imensa maioria das pessoas tira-lhes para atrás os dados numéricos, vou tentar passar de quantidades. E dito isto lá vou:
O primeiro que quero ressaltar e o feito de que só 1 de cada 4 galegas com direito ao voto optarom pelo monopartidismo “maioritário” PPSOE; e ainda menos de 1 de cada 4 a nivel estatal, se bem isso traduzido em escanhos da-lhe ao PPSOE mais da mitade dos mesmos. Esta é a sua democracia!
Ainda assim no PPSOE declaram estar preocupados por recuperar os seus votantes fidedignos ( mais de 400 mil, tanto em comparativa coas europeias do 2009 como coas autonómicas de 2011), aos que a á mais direitona do monopartido tratam de justificar pela abstençom das suas fideis e a á mais centrista fai a sua busca entre os votos ás candidaturas da esquerda. Mas a á direitona semelha querer inhorar que a abstençom disminuiu em relaçom as eleiçons europeias de 2009, em perto de 260 mil pessoas (se bem subiu em algo mais de 20 mil com respeito ás autonómicas) e a á centrista nom quere ver que as candidaturas da esquerda só ganharom algo mais de 160 mil votantes com respeito a 2009 (e perderom mais de 75 mil com respeito a 2011). A donde forom os votos entom?
Um dado a ter na conta é que o censo na Galiza mudou abondo nestes 5 anos, de feito há 375 mil pessoas menos com direito a voto com respeito a 2009. Muitas delas na migraçom europeia tanto no estado como fóra, e é moi provável que esta gente, de poder ter votado na Galiza, nom o teriam feito pelo PPSOE causantes da sua migraçom; de feito por ai poida que andem, em tudo caso, os 160 mil votos perdidos do BNG e AGE com respeito ás autonómicas, além dos que lhes poidera roubar a candidatura sorpasso de “Podemos”. E ai também poderiamos atopar as abstençons desaparecidas com respeito a 2009. Haverá quem pense: ei que também morreu gente!!; e sim entre 2009 e 2014 morrerom aproximadamente 150 mil galegas, o que traduzido em votos é moi provável que ai sim que radique boa parte dos votos perdidos pelo PPSOE; claro está que também nasceu nova gente e os dados apontam a que a cifra de novas votantes rondaria as 100 mil pessoas que nom estám amoldadas nem afeitas a votar por carretagem pelo unipartidismo espanhol, senom que gostam mais das redes sociais e ai poida que radique boa parte dos votos que justifiquem a intrussom de Podemos. Pero hai mais votos cautivos que forom para partidos da direita espanhola como a anticatalanista C's ou Vox e UPyD; além também medram as pessoas que decidem depositar o seus votos em branco e os nulos, que poida que sejam de gente ex-votantes do PPSOE, afectadas pelas hipotecas, pelas subordinadas, ou que lhes da vergonha seguir apoiándo-los e ai poida que radiquem uns quantos mais dos seus votos perdidos; se bem poida que, muitas destas “afectadas” exvotantes de PPSOE votaram por Podemos, a candidatura de Mediaset , da que o seu lider carismático é opinólogo e ganhou-se assim o apreço de muitas indignadas e muito yayoflauta; ao igual que por ai se poideram escapar outros singulares votos a candidaturas estranhas como Partido X , Recortes Cero ou Discapacitados y Enfermedades Raras.
O que nom lhe vou ponher em dúvida é em que tem raçom o PPSOE em sinalar a abstençom como poço da sua caida; a abstençom é o voto das desconformes, das que estamos fartas de políticos corruptos e das que crêmos que ninguém nos representa.
De feito, eu como anarquista sego sem entender que nestas eleiçons, abstencionistas convencidos de toda a vida, fossem votar por Podemos como voto de castigo á troika; eu lembro de te-lo feito nas primeiras europeias no 87 votando por HB, pero isso tinha muitíssimo mais simbolismo que dar-lhe o voto a alguém que participa desta paródia democrática comodamente sentado numha cadeira dumha canle de tv moi privativa.
Isto tudo é umha teoria, qualqueira com os mesmos dados pode tirar conclusons totalmente diferentes. Pero tenho que reconhecer que concordo com Feijoo em quanto a que muitas das suas votantes abstiverom-se, provavelmente muitas delas é a primeira vez que por fim figerom o que lhes petou, ou igual falhou a carretagem, ou a homilia do cura. Se bem eu espero que sejam mulheres e homes que já descubrirom o engano e nunca mais vam botar.
Se de algo estou certo é que todas as abstencionistas, as novas, as que antes que votavam PPSOE e as de sempre, figémo-lo adrede, bem porque nos importa umha merda quem tenha o mando, ou porque passamos de jogar, cada cinco anos, a escolher os nossos repressores da nossa felicidade, ou porque simplemente estavam melhor de lezer que perdendo o tempo indo a depositar um sobre numha furna.
O único que quero ressaltar como autocrítica é que dalgum jeito estamos a fazer algo bem, quando a campanha nos derradeiros dias girou só no chamado insistente a que a gente fosse votar, e muitas abstencionistas voltamos a ter que escutar velhos discursos râncios culpabilizándo-nos da vitória da direita e negándo-nos o nosso ulterior direito a protestar. Poida que tenhamos que analisar bem esses 85 mil votos a umha candidatura que prometeu que vai ponher o parlamento europeio boca arriba; se bem a sua primeira decissom é compartilhar espaço europeio com AGE e IU onde também estará a esquerda reformista grega, Syryza, o seu espelho ao que di querer mirar-se, de feito já falam de fazer umha grande coaligaçom de esquerdas para desbancar ao PPSOE do poder.
Poida que, para chegar ás novas votantes, tenhamos que voltar a incidir em que para nós as eleiçons som só um circo de paiasos engana-tontos e de hipnotizadores com muita lábia que nom tenhem nem um ápice de artistas, que é mentira que o circo pode mudar-se desde dentro.
A democracia europeia entrou num ciclo onde o monopartidismo pro-troika vai seguir perdendo adeptas, pero já tenhem substitutos; e assim é como entram na cena estoutros paiasos sem graça que venhem com trucos novos desfraçados de populismo a ambas bandas. A nossa tarefa seguirá sendo descobri-los e fastidar-lhes a mágia e aguardar a que chegue o dia em que a imensa maioria da gente esperte da sua hipnósia e descubra por si mesma que estiveram enganadas por mangantes sem escrúpulos e em troques de ir vota-los, vaia a bota-los.
Notanto a luita seguirá a estar nas ruas nom nas furnas, já que, por muito que queiram decora-la com flores, umha bosta é umha bosta. Poida que só tenhamos que aguardar um pouco mais para ver como se desmorona a carpa com todos dentro e aguardar a que afoguem na merda na que se meterom.
eDu
28 may 2014
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