Elabourada esta crónica segundo a informaçom recolhida de dous artículos, um asinado em 2011 por Iñaki Anasagasti em Deia e outro de hoje mesmo assinado por Iñaki Egaña em SareAntifaxista:
Em 27 de março de 1961, inspectores do Corpo Geral de Polícia, junto a Gardas Civis e números da Polícia Armada, apostaram-se em fronte dumha gasolineira á entrada de Bilbo. Case eram as dez da noite quando um Garda para um "Peugeot 403" e apontando ao conductor com a sua metralheta, ordena-lhe que estacione. O conductor, alarmado, obedece, detem o automóvil e abre a sua porta para averiguar que se passa. Soa um disparo e logo, durante segundos, um traqueteio furioso de metralhetas misturadas com disparos de fusil e pistola. O conductor caeu coma um fardo. Da sua boca sae um chorretom de sangue que se mistura com os restos de aceite da estrada e deixaria umha grande mancha de cor parduzca. Os agentes, despois de efectuar o metralhamento, abandoam tranquilamente o lugar, convencidos de que acabavam de ejecutar a Julen Madariaga, José Mari Benito del Valle e Manu Agirre. No entanto no intérior do veículo ficava morto, assassinado, Javier Batarrita, de 33 anos, vinculado ao ciclismo esportivo e motociclista de professom. José A. Ballesteros, segundo ocupante do coche, iase debater durante várias semanas entre a vida e a morte e ficaria paralítico e postrado numha cadeira de rodas de por vida, e um terceiro ocupante Larizgoitia, resultaria ileso. Os tres, directivos da empresa de motocicletas Lube, voltavam a Bilbo, desde Gasteiz, despois dumha jornada de trabalho. Batarrita tinha nove balaços na sua cabeça e quarenta no corpo.
“Matadeos” fora a orde.
O "Crime de Bolueta" como seria conhecido, deixava constância para a primeira geraçom de militantes de ETA, de que determinadas actitudes podiam-se pagar com a vida. Neste caso tres moços totalmente alheios a qualquer organizaçom (o ferido grave era filho dum exgovernador civil de Ourense) foram literalmente fusilados, e o foram porque as forças policiais os confundiram com militantes de ETA que, na altura adicavam-se a pouco mais que fazer pintadas com a palavra "Askatasuna", em lembrança do bombardeio de Gernika.
Julen Madariaga, o objectivo real da acçom policial, possuia um coche das mesmas características e cor que Javier Batarrita. A pista que supostamente seguia a polícia, provinha dumha reuniom celebrada entre Benito del Valle, Manu Agirre, Rubén López de Lakalle e Angel Aranzabal em Gasteiz para formar um grupo de ETA na capital alavesa. A polícia, que tinha notícias da reuniom sem saber o lugar concreto, andava á busca do coche de Madariaga (um "Peugeot gris") nas entradas de Bilbo.
Ao dia seiguinte, Ibáñez Freire, governador de Bizkaia, alumbrava umha nota na que se anunciava a "versom oficial": "As forças de polícia receberam umha notificaçom de Vitoria comunicando que um veículo com idénticas características ao do Sr. Batarrita levava a tres terroristas armados. Por erro de veículo, escapou-se um disparo e hai que lamentar um morto e um ferido grave". Em verdade, Batarrita recebera 49 impactos, Madariaga andava na altura na universidade inglesa de Cambridge, e Benito del Valle, quem sim voltava esse mesmo dia de Gasteiz, manejava um "Seat 1400" negro.
As forças “de orde” franquistas os metralharam na convicçom de que eram tres membros de ETA e abandoaram o lugar (só volverom a él quando era evidente a sua equivocaçom, para borrar as suas pegadas). Ballesteros, o ferido grave, paralítico de por vida, com umha bala incrustada na sua espinha dorsal, fora recolhido pola vizinhança e ingressado clandestinamente num hospital baixo nome falso.
A viuva de Batarrita soubo do tiroteio no transcorrer dumha processom católica por umha vizinha sua. Acudira ao Hospital de Basurto, tomado por mais de trinta polícias, donde nom lhe informaram de nada, nem do estado do seu home, e nem muito menos que já fora morto. Quando por fim soubo, reacçonara chamando assassinos aos gardas sendo imediatamente detida e transladada á Comissaria de Indautxu.
Só se permitira publicar umha esquela á família, mas nom ás suas amizades e achegadas. Censuraram toda referência que aludira nom já a assassinato, senom a tiroteio, violência, etc... Só se permitira aludir a ”um accidente”. A imprensa só publicara umha breve nota na secçom de Esportes.
Ainda assim o seu enterro e funerais foram verdadeiras manifestaçons de dor e adesom. Batarrita, polo seu vínculo com o ciclismo, era moi conhecido e apreciado.
Os medios também cumpriram o seu papel: “É humano errar ainda que os erros tenham ás vezes tam dorosas consequências”, escrevera El Correo Español. Os juizes também: o juízo que se seguira contra dez polícias, rematara na Audiência de Bilbo com absoluçom para os assassinos, o tribunal apreciou a eximente completa de responsabilidade motivada por actos fundados “na obediência devida” se bem nadie foi quem de identificar ao autor (autores) dos disparos. Os polícias foram transladados de Bilbo, com aumento de soldo e escala.
A transiçom foi um fraude, e a lei de amnistia de 1977 umha lei de ponto e final, policias assassinos seguirom escalando e nunca seraim julgados os resposnsaveis reais deste assassinato. Franco o deixara todo “atado e bem atado”. Por isso hai que lembrar estas cousas. Para começar a desata-lo
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