Esta reflexom ao respeito da condena ao anarquista grego Tasos Theofilu (do que recém falamos nestoutra entrada) que nos chegou a través de ANA, num seu correio donde divulgam o publicado em VerbaVolant, trata de sucessos acaecidos na Grécia, mais que, como todas sabemos, também acontecem nestes lares (só haveria que mudar os nomes e pouco mais). Porque se, a través dos seus falsimedios, o poder económico tenta criminalizar a solidariedade anarquista internacional ( temem-nos porque tecemos redes internacionais de contactos e compartilhamos experiências entre compas de diferentes latitudes do globo) falando de "triângulos" e chatándo-nos de criminais e terroristas; também nós contastamos que há um compartilhamento de práticas e atitudes repressivas dos diferentes governos aos que nos enfrontamos e que, mesmo ás vezes, sorprendem as similitudes e assombram as semelhanças. Colamos pois a reflexom:
Há alguns dias, umha pessoa foi condenada a 25 (vinte e cinco) anos de prisom por ter participado (de acordo com o tribunal que a condenou) em um assalto a banco. Ela foi condenada a 25 anos de prisom sem qualquer prova ou evidência de sua culpa. Ela foi condenada a 25 anos de prisom sem ter sido identificada por testemunhas. Essa pessoa se chama Tasos Theofilu e é anarquista.
Poucos dias depois, umha pessoa que tinha atropelado e matado um homem dirigindo seu carro enquanto falava ao telefone, foi libertada pela "Justiça". Nomeadamente, esta pessoa foi condenada a 2,5 (dois e meio) anos de prisom com suspensom da pena. Ela pagou umha parte ou toda a sançom imposta e foi posta em liberdade. Esta pessoa é a esposa do vice-ministro das Finanças.
Há alguns anos, o bode expiatório do sistema político, um ex-deputado e ex-ministro dos governos do partido neoliberal Pasok, foi acusado de vários crimes. Em seu julgamento, celebrado há alguns meses, foi condenado a 20 anos de prisom por se declarar culpado de lavagem de dinheiro (milhons de euros) de forma contínua e sistemática. Aproveitando-se de várias disposiçons de várias leis permanecerá na prisom por dois anos e meio.
Em 6 de dezembro de 2008, um polícia atirou e matou a sangue frio o jovem de 15 anos Alexis Grigoropoulos. Ele foi condenado à prisom perpétua, mas um ano e meio depois foi libertado com medidas restritivas. Cinco anos após o assassinato ele segue livre, como o polícia que o acompanhava durante o assassinato, que no mesmo julgamento foi condenado a 10 anos de prisom.
Em 17 de novembro de 1985, um policial atirou e matou a sangue frio o jovem de 15 anos Michalis Kaltezas. Ele foi condenado a 2,5 (dois e meio) anos de prisom, mas um ano e meio depois, no segundo julgamento, foi absolvido.
Poderíamos citar muitos casos semelhantes. Mas nom acreditamos que isso se faça necessário para expor a natureza classista da "Justiça" burguesa e o diferente tratamento de que gozam as "ramificaçons" do Sistema em relaçom aos seus bodes expiatórios e, certamente, a seus "inimigos internos", ao serem reprimidos e processados. Nos limitamos a esses poucos exemplos, que consideramos ilustrativos e suficientes para ter umha ideia mais abrangente do caso Tasos Theofilu. Se alguém acredita que a sentença de Tasos Theofilu foi umha "falha da Justiça", "um caso isolado" ou qualquer outra coisa, por favor leia nossa entrada "Acontece a um anarquista". Abaixo você pode ler a última parte dela:
“Cada pequeno burguês, cada despreocupado, cada tipo do “sim, mas...”, cada moderado, cada lobotomizado pela televisom, cada apático, cada qual que representa o grego médio, o dia de ser processado por sua casa, por suas dívidas, por seu trabalho, por seu lugar de origem, o dia que venham por ele e por sua vida (porque virám), que recorde a Theofilu e a sua condena a 25 anos de prisom, e que sussurre a si mesmo, sem voz: “Sim, mas ele era anarquista”.
eDu
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