Arquivada a Causa na A.N. contra Júlio Saians, considerado pelo ministério do Interior espanhol como o "tesoureiro e máximo responsábel" do "aparello de financiamento" da organización armada "Resistência Galega", por falha de indícios

A finais de outubro de 2012 saltava aos medios a detençom de Júlio e a sua companheira Sílvia em Narom com umha criança lactante de apenas uns meses de vida, Martinho. Na altura nos medios alternativos galegos denunciara-se a manipulaçom e criminalizaçom mediática sobre estas duas pessoas. Sílvia saira livre em apenas 40 horas, isso sim depois de ser transladada até a Audiência Nacional em Madrid, tal como contou ela mesma numha interesante entrevista; Júlio tivera que aguardar uns dias mais para ver-se na rua, prévio pago de 6000€ de fiança, mas em 9 de dezembro (quando levava algo máis dum mês sequestrado) o juíz decretava a súa liberdade tras o recurso apresentado polos avogados de Ceivar, já que "nom concorre no seu caso risco de fuga, o seu procedimento está fechado e nom há indicio de que puidera alterar nengumha prova". Agora, segundo a nota publicada por CEIVAR (e que colamos de seguido) produce-se o sobreseimento da causa assim como o seu arquivo, dado que a própria Fiscalia da Audiência Nacional nom vêe indícios dos supostos delitos dos que acusavam a Júlio: “financiaçom de organizaçom terrorista” e “integraçom em organizaçom terrorista” polos que se solicitava umha pena de 20 anos de cadeia.

A Fiscalia da Audiência Nacional comunicou na amanhá de ontem que as causas abertas contra Júlio Saiáns ficam arquivadas.

Júlio Saiáns e Sílvia Casal foram detidas em outubro de 2012 quando a Polícia Espanhola efetuara um assalto noturno à morada que ambos partilhavam. A situaçom mais dolorosa produziu-se quando eram separadas do seu filho de oito meses para ser trasladas a Madrid baixo a “Lei Antiterrorista”. Tanto Sílvia como Júlio declarárom na Audiência Nacional e posteriormente Sílvia foi posta em liberdade e Júlio foi encarcerado durante 40 dias na prisom de Soto del Real donde depois desse tempo foi posto em liberdade com cárregos e prévio pago dumha fiança de 6.000 euros.

Com o arquivo deste caso os 6.000 euros que pagara Júlio como trámite para poder sair da prisom serám devoltos e a sua apressentaçom semanal nos Julgados queda suspendida a partir de agora.

O arquivo da causa evidência que o Estado espanhol reconhece a nula responsabilidade penal de Júlio Casal nas graves acusaçons lançadas sobre a sua pessoa. Atrás fica, mais umha vez, a linchagem de militantes às que se lhes suprime a presunçom de inocência num clima de prática unanimidade mediática e acusaçons informativas.

Da cadeia de acontecimentos sucedida desde 2012 apenas queremos destacar a submissom de jornais, televisons e meios digitais ao diktats da Polícia e a Guardia Civil e a demonstraçom de que a “independência informativa” é umha pantasia ideológica e a vulneraçom dos direitos mais elementares de pessoas submetidas à “Lei Antiterrorista”. Mais umha vez, afirmamos que o Estado espanhol nem sequer reune as condiçons mínimas exigíveis para ser considerado umha democracia formal.

Além, em SermosGaliza, num artículo de Beti Vázquez, no que declara ter tido acesso ó documento judicial do arquivo da causa, manifestam que "a fiscalia da AN aderiuse ao argumentário do advogado da defesa, Manuel Chao, ao nom atopar "causa debidamente justificada" para o acusar de nengum dos delitos por cujos indícios ia ser processado", e conta que, em conversa com a sua defensa, a carta manuscrita de cuja autoria se responsabilizara a Saiáns "foi-lhe atribuída sem comprovaçom caligráfica e interpretada no senso de que ne-la da-se conta dum financiamento irregular" que nom foi provado. Após o recurso apresentado contra o auto de processamento, a fiscalia da AN admitiu que nom havia provas para continuar coa causa e solicitou a conclusom do sumário e o arquivo da causa.

Também dam conta de que umha vez transcorridos seis meses desde esta comunicaçom do auto de sobresemento --o tempo que tarda em se fazer definitivo e nom recurrível-- o Júlio terá direito a reclamar ao Estado umha indemnizaçom polos danos ocasionados.

Porém, o certo é que a jurisprudência é abundante na linha de que tal responsabilidade nom se asume ao alegar que, dumha banda, que a detençom se produciu quando existiam indîcios suficintes na sua contra e que a prisom preventiva se ditaminou com todas as garantias processuais. Da outra, acrecentam diferentes sentenzas judiciais que o arquivo da causa nom reconhece a inocência do encausado, senom a falha de prova que demonstre a sua responsabilidade nos feitos que se lhe atribuem.

O que si recuperará Júlio Saiáns, como já dizia a nota de CEIVAR, é a fianza de 6.000 euros , mas nom será tampouco até dentro de seis meses, quando a causa contra el fique definitivamente pechada.

Notícia colada x eDu