30 oct 2013

[EEUU] A Repressom dentro da prissom.- Prisioneiro é encirrado em ilhamento por portar “abundante quantidade de publicaçõns anarquistas”

Colamos esta crónica, que nos chegou desde a Agência de Notícias Anarquistas-ANA-, escrita por Will Potter:

Um detido em Illinois está no confinamento da incomunicaçom desde julho por possuir “abundante quantidade de publicaçons anarquistas” e “textos escritos a mam relacionados ao anarquismo”, de acordo com os documentos da prisom.

Mark "Migs" Neiweem é prisioneiro na prisom de segurança máxima “Pontiac Correctional Center”. Além das publicaçons e de seus escritos sobre o complexo industrial prisional, também foi encontrado na possessom de símbolos anarquistas, incluindo um “A na bola” e um “E no círculo” (este último que representa Igualdade, é descrito no relatório da prisom como representativo da “Guerra de Classes, os 99%”).

"Eu faço este trabalho desde 1979 e nom consigo lembrar de nengum outro caso em que alguém recebeu umha notificaçom disciplinar por algo tam obviamente político quanto isso”, disse Alan Mills, advogado de Neiweem's e professor na Universidade Northwest (Noroeste).

Neiweem também possuía documentos da Cruz Negra Anarquista (CNA) em sua cela, que o Departamento de Correçom de Illinois descreve como “umha organizaçom política que apoia abertamente aqueles que cometeram actividade ilegal na prossecuçom de objetivos revolucionários”. Esta é umha forma ameaçadora de dizer que o grupo escreve cartas para prisioneiros e solicita doaçons para que eles poidam comprar comida da prisom.

Oficiais da prisom passaram meses investigando Neiweem, vasculhando sua cela e até mesmo utilizando um informante confidencial para obter mais informaçons sobre suas perspectivas acerca do anarquismo. De acordo com um relatório disciplinar do dia 8 de agosto, 2013, Neiweem foi identificado pola Unidade de Inteligência como anarquista, e o informante confidencial relatou que ele estava tentando recrutar outros prisioneiros para “fazer parte de um colectivo”.

Em umha escuita disciplinar, na qual Neiweem nom obtivera permisso da presença de um advogado, foi enquadrado na violaçom de duas regras departamentais: possessom de símbolos de “máfia” e de “material escrito que apresenta séria ameaça para a segurança das pessoas ou das instalaçons”.

No entanto, Neiweem nom está sendo acusado de conspirar para ferir guardas ou outros prisioneiros; suas ideias políticas por si só som descritas como umha ameaça.

“Em nengum momento eles sequer lhe perguntaram, “O que é Anarquismo?”, disse Mills. “Se eles realmente lessem o que ele escreveu, teriam umha impressom muito diferente sobre o que anarquismo realmente significa”.

Para Neiweem, anarquismo significa solidariedade e apoio mútuo – pessoas confiando umhas nas outras, ao invés de confiar na polícia, nos tribunais e nos políticos. Significa opor-se “ao patriarcado, à homofobia, ao sexismo, ao racismo, ao genocídio, ao encarceramento em massa, à destruiçom ambiental, ao capitalismo”. Em umha declaraçom pública, ele disse que o apoio que recebeu enquanto está preso apenas reforçou estas ideias antiautoritárias: “Todos estes actos de solidariedade continuam a provar o quam maravilhosa realmente é a humanidade e as pessoas, e demonstram porquê nós nom precisamos de um Estado e de umha força para regular e paralisar nosso crescimento, impedindo-nos de experienciar nossa humanidade plena”.

O conselho de revisom da prisom nom retornou telefonemas buscando informaçons sobre essa história.

Neiweem foi movido para incomunicaçom no dia 13 de julho. As suas puniçons incluem 6 meses de cela segregada, sem acesso ao pátio da prisom e sem contacto de visitas. Por meio de umha medida incomum, ele recebe mais tarde um companheiro de cela: um supremacista branco.

“Eles estám em umha cela muito pequena sem poder sair durante o dia”, disse Rachel Unterman, que trabalha com o Comitê de Apoio à Neiweem. “Os carcereiros estám fazendo tudo o que podem para o degradarem. Mas ele está incrivelmente espirituoso”.

Unterman diz que ela nom conhecia Neiweem antes de ser preso, mas ela voluntariou-se no Ocuppy Chicago e ajudou a organizar os protestos contra a reuniom da OTAN também em Chicago, em 2012. Na sequência dos acontecimentos deste protesto, Neiweem e outros – apelados como "Os 5 da OTAN" – foram alvo de policiais infiltrados e presos. A polícia os acusou de tentar utilizar dispositivos incendiários; os advogados dos direitos civis questionaram o peso que os informantes da polícia tiveram neste caso.

Como parte de seu castigo, também contaram para Neiweem que teria seu tempo de “bom comportamento” revogado, o que significa que ele nom será qualificado para libertaçom antecipada. Unterman e outros ativistas organizaram umha campanha de ligaçons e cartas para Neiweem. Como pequena vitória, o Departamento de Correçons de Illinois recentemente reduziu o tempo de bom comportamento perdido de Neiween de 3 meses para 1 mês. Sua libertaçom está marcada para o dia 12 de dezembro.

Entretanto, ele ainda tem em torno de dez semanas restantes no confinamento incomunicado.

“Eu estendo meus braços e toco ambas as paredes como espaço de sobra”, ele diz em umha carta para seu apoio legal. “Eu nom sei as dimensons, mas é de longe a menor cela em que eu já estive. A parte da frente é de placas de aceiro com algumhas perfuraçons e a pequena vista é de umha parede de tijolos 10 passos distante. Nom há luz, mas a que deixam acesa permanece por 24h…”

“Por favor, me envie fotos de pessoas, lugares, e coisas. Estas paredes som feias”
.

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