No Brasil, e em especial em Rio de Janeiro, estudantes e mestres em greve, levam várias jornadas de enfrontamento com as forças repressivas. Depois dum climax de criminalizaçom da luta nas ruas, é tempo de ve-los fruitos que já começam a agromar, esses brotes novos donde a violência é entendida dum outro jeito diferente a como pretendem os governos e os seus medias servis. Com essa ideia publicamos acá umha carta dum mestre de história em Rio de Janeiro titulada "Obrigado BlackBlocs!", mas antes colgamos para desfrute de todas as nossas leitoras este video instrutivo realizado por Black Bloc Brasil, titulado "Introduçom ao Black Bloc":
OBRIGADO BLACK BLOCS!
O clímax do dia de hoje ocorreu pouco depois das 18 horas, quando nossa categoria reconheceu, agradeceu e deu voz aos meninos e meninas do Black Bloc RJ. Foi muito importante, principalmente vindo de umha categoria que nom há muito tempo os defenestrava, mas cuja solidariedade prestada no último sábado, diante da covardia cometida pela mesma força repressiva que também os reprime, transformou em carinho, compreensom e adesom. Por trás daqueles tecidos negros que cobrem seus rostos, vejo meus alunos e a revolta e inconformismo em potencial que existe em cada um deles.
Quando olho aqueles rostos jovens na rua, lutando para fazer um "novo mundo" através do "poder popular", fico otimista em relaçom ao futuro. Destemidos e corajosos às raias da inconsequência e da loucura (e nom será na razom dos loucos que encontraremos as alternativas?) que é enfrentar homens armados e treinados para matar quem questiona a ordem, confrontam também o dogma que perpetua a desigualdade social: o direito à propriedade.
Já escrevi aqui umha vez que educar é transformar um ser humano para a vida em sociedade. Logo, o professor que nom concebe a transformaçom para si e para a realidade em que se encontra dificilmente se concretizará num bom educador. Gostaria muito de, num futuro nom tam distante, encontrar na sala dos professores um destes meninos e meninas que colocam a integridade física em risco para manter o povo na rua, que nom deixam dominar-se pelos mecanismos de interiorizaçom de valores e pelas expectativas do sistema capitalista. Levando a pedagogia da açom para a sala de aula, provavelmente nom se conformarám com um modelo de escola que castra, aprisiona e reproduz.
Os Black Blocs nos ensinam que sem risco e açom nom há transformaçom. Quando os vi entoando que nós, professores, somos seus amigos e que eles se indignam ao mexer conosco, vejo que o que mais querem é aprender, mas que às salas de aulas que lhes som oferecidas nom som o bastante. Deveríamos aprender o mesmo, e compreender que "a educaçom do Rio de Janeiro nom parou", só transformou as ruas num imenso espaço de aprendizado, sem hierarquias ou avaliaçons, onde aprendemos lado a lado e conquistamos à custa de muito esforço e luta nossa emancipaçom."
Colado por eDu
3 oct 2013
[Brasil] Introduçom ao Black Bloc e Carta de agradecemento dum professor
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