5 sept 2013

Em liberdade sem medidas cautelares os quatro imputados por enaltecer a supostos membros de Resistência Galega

Há dias davamos conta neste mesmo blogue (acá) da "rocambolesca" acusaçom por parte do juíz da Audiência Nacional espanhola Eloy Velasco, contra estas quatro pessoas pola simples suposiçom de que, quem porta um retrato dum amigo (ou conhecido) que está encirrado ( isolado, desterrado e sem juízo) numha manifestaçom, é um apologeta de terrorismo, e assim tratam de converter a solidariedade, o carinho, ou mesmo o amor entre pessoas num acto criminal susceptível de ser julgado num tribunal de excepçom.

Nom lhes entra na cabeça, a essxs que vem o inimigo em qualquer protesto de rua, que quando alguém porta o retrato dumha pessoa encirrada, nom está só a fazer pública a sua dissidência com essas decisons politica-policial-judiciais de encirrar sem julgar a presuntxs implicadxs em supostos actos delitivos, senom também está a fazer patente a ausência das compas encirradas (e que se nom estiveram encirradas estariam a participar dessa moblizaçom social), mas nom portam os seus retratos para exaltar e enaltecer os supostos actos delictivos dxs que som acusadxs as pessoas dos retratos. Pero, claro, isso é o que fam elxs nas suas procissons católicas quando portam a image do Cristo, quem por certo fora julgado polo tribunal de excepçom judeu "o Sanedrim" e condenado por sediçom ( ou seja por actos de revolta ou de levantamento colectivo e violento contra o poder estabelecido, ou seja por "terrorismo"?) e entom, na sua lógica, assumem que todxs somos coma elxs e que se portamos um retrato dumha pessoa estamos a fazer apologia do que, supostamente, motivou a Audiência Nacional para que essa pessoa esteja presa, isolada e desterrada sem ser julgada.

Assim, neste caso, em que os retratos eram de pessoas que ainda estavam pendentes de ser julgadas (e que, a dia de hoje, ainda ficam pendentes de sentência depois de mais de 2 meses do seu juízo), de que se lhes estava a acusar: de presunto enaltecemento de suposto terrorismo ??

Além, neste anojoso assunto, a imprensa tirou de nomes e apelidos para fazer dano a estas pessoas, e seguem a ser os vozeiros deste entramado político-policial-judicial com a sua teima de vincular qualquer acto solidário (estes quatro nom forom os primeiros em ter que passar por julgados polo delito de solidariedade, e tal como pintam as cousas, nom serám os últimos) com actos dum suposto grupo terrorista chamado "Resistência Galega" do qual ainda nom se demonstrou a sua existência (nem há ninguém encirrado que reconhecera pertencer a tal grupo).

Segundo apontam em Sermos Galiza, o seu advogado Borxa Colmenero declarou que o Ministério Fiscal baseou a súa imputaçom na participaçom dos quatro na manifestaçom contra a megaminaria decorrida no 2 de junho em Compostela portando umha faixa de solidariedade com as 4 independentistas que iam ser julgadas entre o 24 e o 26 de junho, e na súa declaraçom os acusados assegurarom portarem as images como mostra de rejeitamento á "dispersom e isolamento" á que estám submetidos os detidos ao tempo que amossarem a súa solidariedade perante o processo judicial.

Além, Borxa Colmenero aclarou que "o ministério fiscal nom perguntou nada" durante a declaraçom (??), e quem si o fez foi o próprio juíz Eloy Velasco quem inquiriu em repetidas ocasions aos imputados com questonamentos políticos "que nom tinham nada a ver".

No entanto, o advogado amossou-se moi "satisfeito" do resultado obtido ao nom lhes serem impostas medidas cautelares --sendo habitual que neste tipo de processos se exija a comparecência nos julgados umha vez ao mês .

Após a declaracçom os 4 ficam á espera do auto "de arquivo ou de início do juízo oral". Neste senso, de continuar adiante o processo, assegurou Colmenero, a defensa tem claro que "nom existe delito" de enaltecemento ao nom existir sentença que avale a suposta existência dumha organizaçom armada.

Dizer que, um dos declarantes confirmou a RTVG que estavam a ser portadores dos retratos dos presos, pero negarom que estiveram a defender de nengum jeito a violência como arma política.

Por desgraça, teremos que seguir informando sobre este e outros actos de repressom da solidariedade e a amizade.

eDu

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