8 jun 2014

Aos inventores de acusaçons sem fundamentos

"Na minha primeira infância meu pai deu-me um conselho que, desde entom, nom cesou de dar-me voltas. Cada vez que te sintas inclinado a criticar a alguém - dijo-me - tem presente que nom todo o mundo tivo as tuas ventalhas” O Grande Gatsby F. Scott Fitzgerald

Vivemos num estado (num mundo) no que a justiça está impartida de arriba abaixo, as leis som fabricadas pela maioria parlamentar que serve os intereses da banca e demais interesadas coorporaçons com muito ánimo de lucro, despois a suposta independência judicial é a encarregada de dictar as sentèncias segundo as normas estabelecidas. Neste processo supom-se que quem comete delito é julgado em base aos delitos cometidos: “os espanhois som iguais ante a lei, sem que poida prevalecer discriminaçom algumha por razom de nascemento, raza, sexo, religiom, opiniom o qualqueira outra condiçom ou circunstância pessoal ou social”; mas a realidade amosa que nom se julgam só os feitos senom também as opinions e essas outras condiçons ou circunstâncias. Assim essas circunstàncias valem para zafar de ser encarcerados empresários e políticos professonais que defraudam (com multas já amanham), mesmo em casos “reais”; também vale para que algumhas tenham julgados especiais em base a quem som, ás aforadas só podem ser julgadas no tribunal Supremo e as activistas anti-capitalistas se passam direitamente ao tribunal político Audiência Nacional, mesmo só por suposta posse de artefactos explossivos de pouca intensidade ou por “inapropriadas” opinions verquidas nas redes sociais ou nos meia, e até por simples demonstraçons de carinho para com pessoas represadas; entanto há quem tem imunidade real e absoluta por razons genéticas.

Neste clima de justiça, abondam quem, dentro dos parámetros anti-capitalistas, avogam por exiger umha “plena coerência” á hora de afrontar umha pena desorbitada ditada baixo leis pautadas pelo capital. Assim som criticadas companheiras que se buscam as castanhas para sair dos muros das prissons utilizando artimanhas permitidas nesse jogo ao que nunca quigeram jogar.

Essa “suposta coerência” que mesmo tam díficil fai-se de manter afora dos muros desta sociedade carcerária, exigelhese ás compas caidas como sacrificio para que servam de exemplo e assim criar heroes e heroinas, quando nom mártires. E pela contra consideram traiçoeiras e mesmo inimigas a aquelas que, sem ser delatoras nem acusonas de outras compas, accedem a cair na “casilha de saida” ou a buscar acomodo na “pensiom de baixa estofa” do taboleiro do jogo e procurar sair-se do mesmo quanto antes sem buscar-se maiores confrontamentos.

Nom digo que, quem decide ser fidel os seus posiçonamentos, nom mereza o aplauso e mesmo que se convertam em causa de solidariedade por méritos próprios, pero é estúpido, ao meu entender, leva-lo a extremos nos que, no momento que esta pessoa acorde mudar de aptitude para procurar a sua saida quanto antes, se passe a ser pouco menos que um vendido, mesmo quando já dera monstras abondo da sua peleja por mudar o Sistema. Assim nom há muito criticou-se por isso a compas prisioneiras anarquistas desde há um feixe de anos, por deixar de participar em greves ou campanhas, quando, de jeito habitual e durante anos, tinham sido qualificadas como cabecilhas dessas revoltas, mesmo que fossem realizadas afora dos muros. Acaso tenhem que morrer dentro dos muros para satisfaçom de pro-mártires que luzem medalhas de solidários.

Pero o que já considero umha falha de tudo, ante a carência doutras argumentaçons, é inventar acusaçons contra compas para tratar de “levar o carro ao seu rego” e assim desprestigar a pessoas que já demonstrarom com creces, e com actos, a sua luita por mudar esta situaçom de estado carcerário no que vivemos tudas imersas.

Pela destruiçom da sociedade carcerária!!


eDu

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