Estes dias, e a raiz da luita no bairro de Sants (Barcelona), na caterva mediática das televisóns, e com maior ênfase em programas de tertúlias de mediocres propagandistas da tergiversaçom, repite-se como consigna dictada polos manipuladores de títeres o dado falso de que no bairro do Gamonal (Burgos) ganhou as eleiçons o PP. Com esta mentira pretendem anular o chamado "Efeito Gamonal", ou o que é o mesmo pretendem anular o direito popular de resposta aos abusos dos governantes. Tentam fazer crêr ás suas siareiras que, pese a que a luita contra os intereses especulátivos do alcalde burgalés do PP fosse vitoriosa de cara á vizinhança do Gamonal, esta nom se vira agora reflectida nos resultados eleitorais do passado domingo. Nom só isso senom que para tratar de anular a resposta do bairro de Sants, além de buscar deseperadamente alguém que, diante das cámaras, critique a revolta popular, recurrem de novo a manida mentira de que a luita é levada por grupos itinerantes de violentxs que som alheixs ao bairro em conflicto, como antes no Gamonal, donde ficou demonstrada as suas mentiras, agora tenta-no em Sants, mesmo fam incidència em que algumhas das pessoas detidas sejam de procedências dispares: um italiano (uii), um holandés (uaaa), um bangladesí (ups), dois colombianos (ajá) e dois mexicanos (guaje!); mesmo algum dos mais “incendiários” tirou a precipitada conclussom de que vinheram "ex professo" para participar nas luitas, ao que as suas companheiras de guinhol corregirom de imediato fazendo-lhe ver o carácter multicultural de Barcelona. Imos mentir pero sem exagerar, que senom nom cola, mas já fica dito para que xs fideis siareirxs desta casta de programas poidam repetir o que ouvierom em tertúlias de café e/ou de "gintonic de luxe".
Mas tenho diante minha os resultados da eleiçons europeias no bairro do Gamonal, e se bem é certo que o PP foi o partido mais votado, também o é que foi devido á perda de votos do seu “sósias” socialista, que era o antérior "vencedor" ao ficar sem a mitade de votantes e só mantendo 4 mil setecentos siareirxs, mas que nom mintam, o castigo também se extendeu ao PP, perdeu 3 mil seiscentos votantes e mantém algo mais de 5 mil trescentas, perdendo entre ambos mais de 8 mil doscentos votantes no Gamonal, e nem sequer o chamado efeito “Podemos” (2 mil setecentos) nem IU ( mil novecentos e pico, sube 1300) por umha banda, nem UpyD ( algo mais de mil novecentos, sube 900) nem VOX ( pouco mais de 500) recolhem as perdas dos “gemelgos”.
Entom, quem ganhou?
(reproduzimos o peculiar gráfico desenhado pelos compas do Diario de Vurgos sobre os resultados na província burgalesa e no que incluiem ás pessoas sem direito a voto, porque como dim: "ainda que na sua maioria som minores de idade, também existem entre elas pessoas condenadas/reclusas ou com doenças mentais").
Pois ganhou o povo em luita, medrou a abstençom por riba do 50%, um dado que nom podo traduzilo no nº total de pessoas que optarom por absterse no Gamonal ( sim sei que no total dos bairros do concelho de Burgos a abstençom medrou em mais de 2500 pessoas, cum total de 67.250 ), como dado do Gamonal só tenho o que aporta um comentarista no falsimedio Diario de Burgos (sic): “a ver gamonal ha ganao el pp pero han perdio casi 3.000 votos respecto a las ultimas europeas, lo que pasa que los que votaban al psoe antes en gamonal ahora votan a otros partidos, por eso gana el pp por que los del pp no cambian y los demas si, y mucha gente no cree en el voto porque hay mas de un 50% de abstencion pero los del pp siempre votan eso esta claro”*.
Como outro dado do “Efeito Gamonal”, na província de Burgos, os votos para a direita PPSOE e seus irmás pequenos (UpyD, VOX, C's,...) sumam um total de algo mais de 48 mil quatrocentos apoios, o que vem sendo um 35'26% , ou seja só algo mais que 1 de cada 3 pessoas com direito a voto.
Com estes resultados no Gamonal, demonstra-se o que a luita vizinhal assembleária e de base, como maneira de soluçonar os problemas que atingem ao bairro, decantou-se maioritariamente pela práctica da abstençom activa e segue ne-lo.
Cabe sinalar que no bairro de Sants (da que si há dados concretos) a abstençom superou a mitade do censo, com um 51'77% e mais de 62 mil pessoas que optarom por nom ir votar, 6 vezes mais que os votos acadados por CiU (no governo municipal) que só tivo algo mais de 10 mil.
Poida que haxa leitoras desta revista anarquista que sega a pôr em questom o abstencionismo nestes tempos de “duralex”, questonam-se se nom viviriamos milhor governadas pela esquerda reformista, e valoram as estragemas publicistas “mola maço” de Podemos, que reproduz as já practicadas na histórias doutras pseudodemocracias, como recém em Uruguay com o presi guai que aprova o cultivo de marihuana e doa o 90% de seu salário para ONGs e pessoas carentes, entanto promove a minaria a ceu aberto, o cultivo de soia transgênica, os agrotóxicos, e enormes plantaçons de eucaliptos e aprova leis para aumentar a produçom das pasteiras tipo ENCE ou para incrementar as políticas repressivas ao tempo que medram as torturas e maus tratos nos cárceres; mas nom é o único, na minha vida (e de algo valerá a experiência de quem já pinta canas desde há anos, algo do que nom tiro habitualmente para fazer-me valer mas o caso o merece) já me passei, na minha ingenuidade, por acessos de alegria por melhores artistas que tiravam também de disfarces de alternativos, como quando fora a vitória de Mitterrand em 1981 (a 1ª vez que ganava o “socialismo” na França), ou com a 1ª vitória de Felipe González no 1982 com a famosa lenda “OTAN de entrada nom” (aos que nunca voteu) ou em 1984 quando em Nicaragua a Força Sandinista de Libertaçom Nacional (FSLN) com Daniel Ortega ganhara com o 67% dos votos e algo similar, e igual mais achegado ao efeito nebuloso “Podemos”, quando votei em julho de 2005 ao BNG (umha vez e “nunca mais”) para desbancar a Fraga para tentar mudar a situaçom da Galiza, o que dera a vitória ao bipartido BNG-PSOE, que para nom aburrir só podo dizer que siguiu adiante com as denostadas obras do mausoleio de Fraga, e isso nom foi o pior.
E se nos remontamos na nossa história nom vivida por nengumha de nós (pero da que hai dados objectivos), considero interesante pontoaliçar que quando desde a CNT se promovera o voto á candidatura da Frente Popular (com posiçonamento em contra de muitas anarquistas), e acadaram poltronas varixs ministrxs anarcosindicalistas no governo, sucedera que a carteira de Justiça caira nas mans de García Oliver, quem chegara a Madrid em septembro do 36 em plena guerra cargando com o seu fusil "laranjeiro" para fazer-se cargo do seu posto e ia rematar o seu mandado com o seu discurso "Alto o lume", em 4 de maio de 1937, traiçonando a revolta operária de Barcelona que luitava nas ruas nos conhecidos como "Els Fets de maig", e se bem pouco depois dimitira, mantivera, durante o seu curto mandado, sequestrados nos seus cárceres a centos de anarquistas em rebeldia com o governo.
Poida que haxa quem espere a viver em melhores condiçons baixo um governo de “progressistas”, de feito have-los hainos, sobre tudo no mundinho de artistilhas “progres” e outrxs vivdorxs que chucham de subvençons, além cargos e carguilhos que aposentam nas cadeiras cedidas pelxs substituidxs, filiadxs que conseguem um cholhinho como assessorxs ou amizades com negócios especulativos "progressistas".
Eu nom ganho nada, nunca ganhei, mas bem perdim parte da minha inocência (por sorte ainda tenho muita) e deu passo a um escepticismo “crónico” com toda caste de políticos que querem governar-nos, e de ai jurdem estas minhas “crónicas” eleitorais, mas com o tempo e a base de ressacas eleitorais, ganhei consciência do que já sabia desde há muitos anos, que só o povo nas rúas e em acçom luitando e defendendo o seu direito ao seu jeito de “sobreviver”, tem as manhas para fazer valer a sua opiniom sem necessidade algumha de salvapátrias de garavata ou de coleta, ainda que nos chovam as críticas e segamos a ser objectivo das mentiras "goebbelianas" nos programas chorras das televisons, que por mil vezes que repitam nunca deixaremos que se convirtam em verdade.
E quero rematar com esta reflexom que recolhim do muro dum colega numha rede social: "Precissamente quando o sistema de partidos está mais deslegitimado que nunca surgem opçons que pretendem que pretendem representar o irrepresentável. Nengumha força que tenha como coluna vertebral o jogo eleitoral e a política representativa pode ser livre ou autónoma para modificar as relaçons de poder. Ou criamos desde abaixo, em rede, ou essas novas forças que dim combater a casta acavarám fazendo parte da casta".
A luita segue em Can Vies!!
Que se extenda a revolta!!
eDu
* Se alguém pode aportar o dado da abstençom no Gamonal, molava que o aportar em comentários (e por pura curiosidade dum pilhao)
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