11 dic 2013

[Grécia] Mais de 135.000 fogares em 2012 sumam-se ao castigo de viver sem electricidade por impossibilidade de assumir o pago das abusivas tarifas. Paralelismo com o estado espanhol??

Numha outra notícia que nos chegara lá por julho de 2012, citavase textual: “Aumentou drasticamente em 2012 o número dos fogares sem electricidade em toda Grécia. Nos 5 primeiros meses de 2012 quintuplicou-se em comparaçom com os 5 primeiros meses de 2011... Calcula-se que na actualidade uns 90.000 fogares estám sem electricidade...”. Se os dados fornecidos daquelas, concerniam aos oito primeiros meses de 2012, os dados para todo o 2012 som ainda piores: 135.000 lares estám sem electricidade, descontando os que estavam sem ela desde anos anteriores. E, segundo os dados de que se dispom ao respeito aos 9 primeiros meses de 2013, os cortes de electricidade realizados já chegam aos 237.806. Quer dizer que, para 2013 se esperam realizar mais de 330.000 cortes de fornecimento eléctrico. Umha situaçom na que imos direitinhas e em bo caminho para imita-la por estes lares (segundo informaçons das própias eléctricas).

Esta notícia é indicativa de como na Grécia o capitalismo está mostrando seu verdadeiro rosto, conduzindo a maior parte da sociedade à miséria, à indigência, ao desespero, inclusive à morte. Fai umhas semanas umha meninha de 13 anos perdeu sua vida ao respirar adormecida os gases dum braseiro que acendera junto com a sua nai desempregada, para aquecer-se, já que a Companhia de Eletricidade lhes cortara o fornecimento eléctrico. Também fai uns dias um homem que levava quase dois anos desempregado, morreu de frio dentro da sua morada; já fazia muitos meses que a Companhia de Eletricidade lhe cortara o seu acesso à eléctricidade; da sua morte, tivo conhecemento primeiro o padeiro do bairro ao notar que o diário pedaço de pám que lhe deixara na porta de sua casa no dia anterior, ainda seguia intacto no mesmo lugar.

Ao mesmo tempo que milhares de pessoas nom som quem de poder afrontar o pagamento para poder ter electricidade no seu fogar, os sucessivos aumentos do preço do gás, em conjunto com a política permisiva dos cortes, a falta de roupa, o desemprego crescente, os impostos e em geral a situaçom actual que devém já desde os anos 90, têm impossibilitado o uso da calefaçom a gás e têm incentivado o uso das lareiras e o aquecimento a lenha. Cada noite umha nuvem mortífera cobre o céu das cidades gregas. É a nuvem da denominada “crise”, a nuvem da pobreza e a miséria das pessoas que nom som capazes de pagar por aquecimento com calefaçom a gás ou a gás natural. É a nuvem da contaminaçom provocada polas emissons das estufas à lenha e as lareiras, que vam substituindo as calefaçons a gás.

Ao mesmo tempo, vai crescendo a “dívida” dos consumidores com a Companhia de Electricidade. Se em novembro de 2011 a dívida das facturas de eletricidade sem pagamentos entre os pequenos consumidores chegava aos 289 milhons de euros, em maio de 2012 alcançou os 668 milhons e na actualidade (dezembro de 2013) disparou-se aos 1,2 bilhons de euros.

As desconexions gerarom um movimento clandestino de electricistas que restabelecemna por medios ilegais. Arredor de 1 de cada 10 vivendas se reconectará assim este ano, segundo dados da companhía eléctrica helena, Hedno, que confirma que há 3.500 casos de roubo de energia e já apresentou 310 demandas ante a justiza com "hipócritas" argumentos baseados na preocupaçom pela saúde dos "ladrons de luz", assim Melina Kalampoka, portavoz da companhia declarou recém que “Essas reconexions ilegais tenhem muitos efeitos e consequências negativas que com frequência nom se reconhecem, o principal é o feito de que o roubo de electricidade implica riscos mortais e ao mesmo tempo, som injustos em relaçom com os consumidores legítimos de electricidade.

Lembramos que este é o terceiro ano que os súbditos do Estado grego terám que pagar o imposto imobiliário extraordinário, umha tasa "imposta" em 2011 por exigências da UE, do BCE e do FMI que grava as propriedades imobiliárias e que se cobra a través do recibo da luz para evitar o escaqueio do seu abono e facilitar a recaudaçom aos governos e que estará vigente "o tempo que dure o programa de aforro"; e que veu a sumar-se aos muitíssimos impostos, tributos e contribuiçons que o Regime impôs à populaçom. De tal jeito, os aumentos dos impostos ao consumo contribuirom em grande medida a que o preço da electricidade aumentara um 59% desde 2007.

No estado espanhol seguimos um mesmo caminho, dado que desde o ano 2007 o coste da factura eléctrica veu-se incrementada num 60%!!, á par que o número de pessoas desempregadas dispara-se e a renda meia dos fogares viu-se reducida num 8,5%. Segundo os registros de cortes de suministros em vivendas particulares, recolhidos nos informes anuais de duas eléctricas (Iberdrola e Endesa), que cobrem o 80% do mercado espanhol, em 2012 se realizaram 1.112.934 desconexions, só contando a clientela destas duas companhias, se bem desconhecemos quantas nom forom reconectadas e permanecem sem conexom eléctrica algumha. Pero que nadie se chame a engano, isto nom tem nada a ver com o feito de que ex-presidentes e ex-ministros e ex-altos cárregos públicos espanhois sejam hoje conselheiros ou assessores internacionais destas grandes empresas eléctricas e assim José María Aznar (que cando fichara em 2011 comunicara-se que ia perceber por e-lo umha retribuiçom aproximada de 200.000 euros anuais), Miquel Roca Junyent ( exsecretário general de Convergència Democrática de Catalunya e actual advogado da infanta Cristina no caso Nós, é membro do conselho de administraçom), Pedro Solbes (exministro de Economía com Felipe González e Zapatero é conselheiro desde maio de 2011), Elena Salgado (vicepresi económica do último Gavinete de ZP) e Luis de Guindos ( actual ministro de Economia, neste caso antes de toma-la cárrego já cobrara 368.000 euros em 2011) sejam da nómina de Endesa; e que Felipe González (mister X que entrara en nómina en 2010 por 126.500 euros anuais), Narcís Serra (exministro da guerra, contratado ata decembre de 2011), ou Nemesio Fernández-Cuesta (ex-secretario de Estado de Energia com Aznar) formem parte de Gas Natural Fenosa; ou que Manuel Marín (expresidente do Congreso com Felipe), Ángel Acebes (ex-ministro de Interior com Aznar e secretário general do PP), Juan María Atutxa (exconselheiro de Interior do Governo basco com o PNV) e Ignacio López del Hierro ( se bem, neste caso, o seu único mérito é ter-se casado com a actual secretaria general do PP, María Dolores de Cospedal) estejam em nómina de Iberdrola (a listagem de "enchufados" continua e podedes ve-la acá)

Por se alguém tem inquedanças de conhecer mais dados deste assassinato encuberto das companhias eléctricas com a conivência dos diferentes governos capitalistas, oferecemos os dados fornecidos na notícia originária:

De concreto, segundo os dados da empresa administradora da rede de distribuiçom de electricidade, em 2008 os cortes de fornecimento eléctrico a pedido do consumidor e as reconexons que os sucederam foram 220.371, em 2009 subiram aos 351.877 e em 2012 dispararam aos 531.944. Segundo os dados da mesma companhia, em 2012 os cortes chegaram aos 325.011. Destes fornecimentos cortados, 190.541 se reconectaram, mas pelo menos 134.470 fogares e empresas continuam sem eletricidade. Dizemos “pelo menos” por que estes dados nom incluem nem as pessoas sem teito, nem aos que nunca apareceram nos dados oficiais. Segundo os dados da mesma Companhia de Electricidade, destes cortes de electricidade realizados em 2012, os 315.232 concernem a fogares e o resto a pequenas e medias empresas.

Todos os dados comparativos som assustadores. Durante os nove primeiros meses de 2012 as ordens de corte de luz superaram as 4.153.000! Durante os oito primeiros meses de 2011 as ordens de corte de luz chegaram a 900.000, enquanto que durante os oito primeiros meses de 2010 foram umhas 734.000. No biênio 2012-2013 as novas conexons foram umhas 40.000, em 2009-2010 foram umhas 100.000 e em 2004-2005 mais de 200.000.

eDu ( redactada segundo informaçom chegada desde ANA-Agència de Notícias Anarquistas, de "El Diario", de "La Tercera" e de "La Información")

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