7 may 2013

A morte dum presidente e os choros dalgumha gente

Já passadas umhas quantas jornadas da morte do "Comandante Chavez" e depois do insistente bombardeio mediático com os medios oficiosos amosando a sua indisimulada alegria e nalguns alternativos chorimicando o seu passamento e louvando a sua figura, e já passadas as novas eleiçons com o coletaço da derrota e mal perder da oposiçom, e agora as hóstias no parlamento, quero aportar nesta dicotomia de heroe ou tirano, este meu aponte que passo a faze-lo público em Abordaxe.

-Hugo Chavez, “Comandante”, era pois um militar. Claro que nom é o mesmo usar as armas para toma-lo governo que ser escolhido como presidente sendo já militar de carreira profisonal. Mas considero quanto menos curioso que, para as comunistas de diferentes índoles, semelha que os militares profesionais das “democracias occidentais” som maus de “per se” (bom, menos os portugueses do 25 de abril sempre!, que te eram dum revolucionário tam da hostia bendita que nom tardarom em renunciar a melhores conquistas e deixar aos seus elementos mais “revolucionários” nos cárceres ) entanto que algum dos militares de carreira que chegam ao poder em Sudamérica som potenciais revolucionários (bom, a verdade é que só Chavez tem esse reconhecemento, os demais ídolos militarizados da esquerda comunista forom guerrilheiros como Fidel ou Daniel Ortega).

Assim, nesta nossa terra, a carreira militar é denostada por todas as forças autodenominadas anti-autoritárias e anticapitalistas, pero ve-se que o militar sudamericano se é comandante e comunista é adorável e atrás ficam esquecidas as luitas pola insubmissom, contra a carreira armamantística e contra as guerras, para fazer um brindis ao sol por tam fantástico militar que soubo dar ao povo o que queria.

- Chavez, era um pro-desenvolvimento energético e anti-ecológico. Pero isso é “pecata minuta”; o importante é que as petroleiras e as megaminarias deam muitos quartos o governo e ve-se que, por essa circunstância, lá em Venezuela esses monstros contaminam muitíssimo menos (onde vai parar!) que as torres de Meirama e que a Mina de Ouro de Corcoesto. Será por isso que as radicais galegas que choraram a morte do Comandante, podem seguir partilhando a luita contra a destruiçom da nossa terra, entanto miram com bos olhos a explotaçom petroleira em Venezuela e mesmo as megaminarias que estám destrozando a terra do povo yupka e assassinado ativistas. Mesmo muitas de-las nom duvidam em apoiar a luita Mapuche contra o governo “democrata” de Chile e ao tempo inhorar ou denostar a luita Yupka, porque sabem diferenciar entre povos originários dignos de ser apoiados e povos originários que só sabem amolar ao presidente com as suas “ridiculas” petiçons de terras (algo que também se passa com Evo Morales).

- Em Venezuela os cárceres, ao igual que em tudo o mundo, estám cheias de persoas empobrecidas e sem recursos. Pero isso nom é motivo de repulsa polas pro-comunistas galegas, dirám a sua típica frase “cárceres tem que haver, senom onde metes aos violadores?” (as anarquistas bem sabemos dessas incomprensons quando falamos de abolir e derrubar os muros de todas as prisons). Semelha que tampouco causa-lhes repulsom o feito de que os motins sejam rematados a tiros polas forças chavistas, e assim no cárcere de Uribana morrerom desta guisa, neste janeiro, 63 persoas que estavam lá encirradas. Além desde 1997 a 2011 forom assassinadas nos cárceres venezolás um total de 5.862 persoas privadas de liberdade e se bem é certo que a violência dentro dos cárceres nom foi gerada pola administraçom bolivariana, também é certo que a mesma viu-se mantida e mesmo agudizada exponencialmente durante a sua gestom.

- E por último, se bem é verdade que, durante o "machismo" (perdom "chavismo"), houvo melhoras em educaçom e xs 30000 medicxs cubanxs curaram muitas doenças, entre elas operaçons simples como sanar as cataratas, a realidade é que, de momento, o empregado em educaçom nom da para têr persoal médico próprio e assim, nos 20 anos de Chávez no poder, houvo umha acentuada queda na qualidade dos serviços médicos prestados pela rede hospitalar própria e o nivel de misséria entre a povoaçom segue a estar entre os 30 piores do planeta, isso num pais rico em petróleo, onde, este produto cancerígeno, cobre o 80% das suas expotaçons (por certo os EEUU som o seu 2º comprador), e no que a diferência entre a élite económica (a antérior a Chavez e opositora, que apenas veu mermadas as ganâncias dos seus múltiples negócios e a nova élite chavista, que se passou a dispôr de cárregos públicos em empresas com grandes benefícios personais) e as “miseráveis” nom parou de medrar durante os anos de machismo (perdom "chavismo").

Em fim já paro. Ah, e nom se preocupar xs prochavistas, seguro que está no ceu à esquerda do seu amado deus católico, apostólico e romano.

Asdo: eDu

Fontes:

http://farvespecifistas.blogspot.com.es/2013/03/comunicado-farv-frente-la-desaparicion.html#comment-form
http://www.outroladodanoticia.com.br/inicial/40041-chavez-ressalta-importancia-dos-medicos-cubanos-na-venezuela.html

pdt.- Este texto foi escrito aos poucos dias da morte do "comandante", mas para nom ter que aturar que alguém me tomara por pro-Capriles (se é mau o chavismo, pior é o fascismo), acordei comigo mesmo retrasar a sua publicaçom para quando os ànimos estiveram maos calmos ao respeito.

2 comentarios:

  1. Compa o artigo encantame, pero o seu contido mesmo convidame a facerte dúas pregunta:

    ¿Que forzas antiautoritarias da nosa terra dis que adoran ao Chávez?

    Vale que parte do espectro do Anticapitalismo si o fai, pero non as antiautoritarias.

    Aínda que quizáis iso xa sexa outro debate e unha cuestión de terminoloxia.

    A outra pregunta é ¿Por que ao final do texto dis que o fascismo e pior que o chavismo?

    ¿Non te contradis un pouco despois de todo o escrito?

    apertas e graciñas polo artigo

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    1. 1ª pergunta. Que conste que eu apontei "forças autodenominadas" e neste caso pode-te valer p.e. : http://nosgaliza.org/prova2/?page_id=361 (ponto 9)
      ou estoutro: http://alternativagalega.com/pagina-ejemplo/programa/acordo-programatico-limiar/ (parrafo 4º contando desde o final)

      2º Nom te falha razom, mas para mim segue a ser diferente o fascismo (com o conseguinte aniquilamento e assassinato de toda povoaçom nom grata, e acá cada qual entenda o que quiger) com o populismo chavista (com o conseguinte permiso às classes mais ricas e favorecidas a permanecer nesse estatus).

      e obrigado polos parabens e polas críticas

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