17 abr 2013

Novidade Editorial de Bardo Ed. "El anarquismo entre la teoría y la práctica" de Alfredo M. Bonanno

As compas de Bardo, editorial Anti-Autoritária Nom-Comercial que, como dim: "intenta fazer dos livros ferramentas de luta e nom produtos de consumos e entretenimento", enviarom-nos um correio notificando-nos a publicaçom em papel (por só 3 €) e em formato pdf (com descárrega acá debalde) da transcriçom desta palestra de Bonnano realizada há case vinte anos. Colamos (umha vez traduzido) o texto explicativo, que nos enviarom as compas de Bardo, de por qué esta publicaçom tanto tempo depois (um texto que ao entender de quem isto publica acá em Abordaxe, vem a profundizar dum jeito moi interesante no debate da organizaçom anarquista):

Por que editamos esta transcriçom dumha charla de Bonanno, case vinte anos depois? Porque cremos que é útil à hora de compreender um pouco mais e profundar na sua concepçom do Anarquismo, dum certo tipo de Anarquismo. Neste texto Bonanno fai umha pequena análise do que para él som as duas formas organizativas mais importantes que possue na actualidade o Anarquismo: a Organizaçom de Síntese e a Organizaçom Informal, e do porqué ele aposta pola segunda. Cremos que esta breve recopilaçom pode servir como aporte para compreender um pouco mais o que sinifica aquilo que, no comum, acordou-se em denominar informalidade.

Vemos importante falar deste assunto dado que muitas vezes há umha confusom, tanto por parte dalguns defensores como por certos críticos de dita forma organizativa que tendem a confundi-la com umha sorte de ideologia. Nada mais longe! Esta confusom também é aplicável à ideia que «informalidade» sinifica de se «radicalidade»[1], quando na realidade só refire-se a um jeito —neste caso nom formal— de organizar-se.

Somos conscientes de que quando falamos de informalidade evocamos alguns pantasmas do passado e do presente que muitxs gostariam de esquecer. Pero quem vemos nesta forma de organizaçom umha possibilidade moi válida cremos que é necessário aclarar alguns questonamentos e que estas clarificaçons resultam ser de vital importância para tirar o veu que —já for de jetio consciente ou nom— colocou-se ao termo e à sua definiçom. E istos textos servem para elo.

Nom imos tocar em profundidade as diferentes interpretaçons do que é a informalidade e o que éstas provocaram (para bem ou para mal) no Estado espanhol no período no qual, o que se dera em chamar insurreiçonalismo, irrumpera neste contexto geográfico. Para elo recomendamos a leitura do texto «La epidemia de la rabia en España», aparecido na publicaçom «Resquicios» em duas partes nos números 4 e 5. Pese a nom estar de acordo com todas as interpretaçons da época e dos textos citados, reconhecemos que este relato —ainda sendo só umha apreciaçom— é de momento a única análise realmente profunda desse período e essa experiência.

Queriamos também fazer um breve apontamento sobre a traduçom. Muitas vezes atribue-se a mala interpretaçom das ideias «insurreiçonais» provintes de Italia às malas traduçons. Há que reconhecer que pese ao trabalho de traduçom que muitxs compas figeram no passado
para que puideramos lêr textos frescos[2], istos brilhavam pouco, nom todos pero si a maioria, pola sua qualidade como traduçom. Pero é umha fácil saida atribuir as malas interpretaçons simplemente a isto. Por um lado, a questom das malas interpretaçons —algo
que nom dizemos nós senom que saiu a flote ao longo de distintas análises— é moi relativo ao qué se considere interpretaçom e, polo outro, o que sí quiçás poderiamos agregar é que muitas vezes estas interpretaçons dos textos foram feitas sem ter em conta (ou quiçás
ésta seja simplemente umha cómoda leitura a distância temporal) os contextos, os debates internos, as experiências acumuladas e que nom eram letra morta. A dificultade de explicar algo numha lingua diferente é também atribuível à de intentar explicar algo a quem nom
está introduzidx no tema, polo qual poderia-se engadir que muitos problemas de «interpretaçom» fugem da lingua de per se, e estám mais relaçonados com a capacidade de saber de qué é do que se fala[3].

Muitos dos textos que chegarom, como tantos outros que chegam ou chegarám, pola sua frescura, a sua crítica —em muitos casos umhas linhas críticas totalmente novas para nós—, transformaram-se em pequenos «manuais». O mau delo é que às vezes se passarom de ser manuais de consulta a mini-biblias ou pequenos livros vermelhos (e negros) sagrados, matando assim o seu sentido original. Alguns outros textos se passaram a ser leituras imprescindíveis, entanto que no seu lugar de origem nom foram mais que «um outro de tantos»[4].

Pero os textos, quais sejam, sempre devem ser ferramentas que contribuam à formaçom e à crítica, à teoria e à prática anarquista. No momento que se tomam como palavras sagradas se passam à listagem dos clássicos escritos em linguas já mortas. Como o mesmo Bonanno reconhece ao final do último texto que agregamos sobre a questom da informalidade:

"Os problemas que aqui forom simplemente esboçados, especialmente os aspectos possitivos dumha organizaçom informal anarquista, merecem umha profundizaçom e um debate aos quais invitamos a todos os companheiros interesados."


É dizer, que tudo deve ser discutido, modificado, criticado, difundido, reproduzido. Que este pequeno livro sirva para elo!

Bardo ediciones

O livro, como digemos ao princípio, pode-se descargar nesta ligaçom

Publicado e traduzido para Abordaxe por eDu

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