22 feb 2013

[Grécia] Cartas do preso anarquista Nikos Romanos

Recolhido e traduzido de AlasBarricadas

Nikos Romanos é um dos quatro companheiros detidos em 1 de fevereiro de 2013 por um duplo atraco realizado na localidade de Velvedo perto de Kozani.

O primeiro texto é a transcripçom do que digera Nikos durante a concentraçom que se figera para él (pero também em geral contra os cárceres) em domingo 17 de fevereiro fronte ao cárcere de minores donde se atopa encirrado. O compa chamara por teléfone e xs 70 solidarixs que estavam presentes puideramn ouvir-lhe a través da equipa de alto-falantes.

A segunda carta foi a que escrevera Nikos ao fiscal encarregado do caso das CCL (Conspiraçom de Cédulas do Lume) como resposta a umha citaçom judicial que está por vir. Argyri e Fivos, quem som mentados ao final desta carta som dois moços que estám em busca e captura acusados de pertencia à CCL e atracos. A sua orde de captura foi emitida em 18 de fevereiro.

1.- Intervençom de Nikos Romanos durante a concentraçom fronte ao cárcere de Avlona

Vou começar com um par de palavras respeito ao meu caso. Desde o primeiro momento tentou-se vitimizar-nos, ocultar as nossas escolhas e apresentar-nos como “uns jovens que se deixaram levar”. Trata-se dum intento que foi iniciado polos que están tramando a propaganda estatal pero foi continuado polos círculos reformistas e formaçons esquerdosas como Movimento Anti-autoritário e Andarsya. Por umha banda os medios de informaçom de massas estám agudizando a sua estratégia de despolitizar a acçom anarquista e transformar as nossas escolhas que figemos numhas histórias molhadas em lágrimas da imprensa rosa e por outra banda os reformistas de M.A. e Andarsya, sem dizer sequer umha palavra sobre as combativas práticas de luita, chorimicam sobre nos, deste modo contribuindo à despolitizaçom do nosso caso.

Para mim a detençom de quatro anarquistas armados sem que houvera batalha constitue umha derrota que nom admite nengumha vitimizaçom mais. Desde anos e anos existe umha rica experiência histórica, umha tradiçom guerrilheira segundo a qual xs revolucionarixs luitam até o final. Trata-se da concepçom que promove a umha auténtica opçom do choque contra o Poder. Umha opçom que tem logrado formar um sinificativo legado histórico de luita revolucionária.

Evidentemente a responsabilidade poriesto temo-la nos e ninguém mais. Os motivos que nos impulsaram a esta eleiçom forom explicados no texto que temos publicado. (ver acá neste mesmo blogue)

Pois, em quanto à torturas, claro que é importante analizar as intençons estratégicas que o Poder tem para contra nos. Pero quando esta análise acaba ocultando às escolhas de luita que nos levarom ao cárcere, reproduze-se simplesmente um morbo polo espantoso, sem perspectiva revolucionária nengmha.

Para mim, a resposta às torturas e assassinatos de compas (sem que queira igualar a diferente gravidade que entre sí tenhem estas duas cousas) som as represálias lançadas contra os inimigos da liberdade. Represálias que ao mesmo tempo estám conectadas com a acçom anarquista multiforme, assim criando uns focos de resistência permanentes.

Agora vou tentar de transmitir a minha vivência para faze-lo comprensível a todxs. A dor psíquica do submetimento e de entregar-se sem verquer sangue nom se pode comparar com a malheira polas mãos de madeiros. A malheira pom-te furioso, entanto que aquilo primeiro obsesiona-te e persegue-te.

Rematando, quero saudar a todxs xs compas que se movilizarom repartindo brochuras, montando concentraçons e demonstraçons, colando cartazes, prendendo lumes e quentando os nossos coraçons.

Para rematar, mando toda a minha solidariedade ao grevista de fame Spiros Dravilas e informo que 37 pessoas do cárcere de Avlona declararom o seu apoio à sua luita por um respiro de liberdade.

2.- Texto de N.Romanos respeito à sua conexom com a CCL


Dentro duns poucos dias esse inquisidor moderno Mokas vai-me citar para que “declare” sobre a minha pertencia à Organizaçom Revolucionária Conspiraçom de Cédulas do Lume.

A razom por que deixo clara a minha posiçom é para manifestar diante dos meus compas as minhas eleiçons e posturas de luita. As responsabilidades penais de actas de acusaçom nom me importam. E isso digo-o nom desde a posiçom dum mártire santo senom como umha opçom anarquista do enfrontamento com as leis e com a máfia judicial.

Nom reconheço os seus procedementos nem o direito de que me julguem uns infrahumanos como Mokas, o qual para mim nom tem sequer direito a viver. Em quanto poida, tenho a intençom de ofender-lhe e atacar os seus procedementos e fazer destacar, agora já como prisioneiro, o conflicto revolucionário que se leva a cabo contra o Poder a cotio. A intransigente postura fronte aos juízes constitue um momento mais do combate no estado de guerra que vivemos.

Polo tanto declaro que nom fum membro da O.R. Conspiraçom de Cédulas do Lume e que tenho os meus desacordos com as posiçons desta organizaçom. Este feito nom foi a razom suficintemente séria como para impedir-me umha conexom companheirista com as compas da CCL. Umha conexom que me empurrou a compartilhar com elxs pensamentos, preocupaçons, experiências e saberes técnicos. Compartilhar vivências de ataque contra a dominaçom e os seus aliados.

Trazei-me e sego a trazar-me um caminho polos territórios onde a luita anarquista levanta toda a sua estatura e desprega a sua forza rebelde.

Neste trajecto contradictório pero agradável, a minha escolha de estar presente nas infraestructuras revolucionárias (e naturalmente nom a dos erros técnicos que figem) nom constitue a prova que me “incrimina” senom todo um honor.

A estratégia repressiva tenta negar à autonomia que tenhem os grupos anarquistas de acçom direita e baseándose num modelo centralista utiliza à CCL para “justificar” as práticas do ataque por parte de corrente insurreçonal mais amplo.

Umha situaçom semelhante viveram também os combatentes na Itália com as persecuiçons penais lançadas polo fiscal Marini. A caça de brujas montada por Marini levara a umhas condenas exterminadoras e medidas cautelares duras dictadas para os anarquistas. Um ejemplo mais que demonstra que os termos do “diálogo” nom devem ser legais senom armados.

O nosso posiçonamento é um intento de promover umha percepçom que nom se interesa por questons legalistas (sempre no grado do factível) senom que vai focada na raiz que reproduce todas essas montagens e manipulaçons: o nosso inimigo comum.

As práticas insurreçonais devem enriquecer-se e o nível de violência tem que se multiplicar.

Solidarizo-me com os membros encarcerados da CCL e alço-lhes o meu punho desde a prisom onde me encontro capturado. Força companheiros!

Saudos companheristas a todos os grupos guerrilheiros, às cédulas da FAI/FRI e a todas individualidades rebeldes que há polo mundo.

VIVA A ACÇOM DIREITA

VIVA A ANARQUIA

Postdata 1. Quando estejass inquedo, toma um respiro profundo e mira cara arriba. Na estrela que vas ver agocham-se as nossas esperanças e detrás delas os nossos sorrisos. Polo momento segue amando, atacando e luitando. Em cada caso já o sabes. Quem tenhem esperança morrem tomados da mão, assim tem que ser.

Nom há nada entremeio, isto é o único certo. Até entom fai da vivência a tua brújula para viver.

Força e sorte, Argyri e Fivos.

Postdata 2. A única notícia agradável nos últimos dias era o possitivo processo de recuperaçom do companheiro Panagiotis Argyrou. Os meus pensamentos estám cotigo companheiro.

Nikos Romanos

Cárcere de Avlona

O endereço completo para escrever a Nikos Romanos é a seguinte (vai com caracteres latinos para que o entendam em correios):

Eidiko Katastima Kratisis Neon Avlona

T.K. 19011

Avlonas, Attiki

Greece

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