16 oct 2012

Um suposto grupo chamado "Unión Anti-Capitalista" reclama a responsabilidade do "Bloque Negro" do 25-S.

Chegou-nos ao nosso correio umha mensagem onde dezia: "Que cada quem saque as súas conclusons..." e colamos cá o apontado tal qual por Adrián Tarín na ligaçom que se nos facilita, do projecto libertário de Comunicaçom Sócial Regeneración depois de traduzi-la:

“Nom somos infiltrados”

"Unión Anti Capitalista (UA)", grupo até o de agora desconhecido, reivindica a acçom do black bloc durante a convocatória de "Rodear el Congreso" no passado 25 de setembro em Madrid. Fazemo-nos eco dos seus comunicados e trataremos de oferecer os poucos dados disponíveis desta nova coordinadora.

Co galho de “aclarar” que os encarapuçados que protagonizaram a vanguardia da resposta contra a polícia nom eram “infiltrados” e que atuaram “com a melhor das intençons”, Unión Anti Capitalista lançou dous textos a través de Internet no que se erigem como os responsáveis da formaçom dum bloco negro durante o 25-S (2012). No primeiro dos seus comunicados, Unión Anti Captalista cre que “Espanha é um pais que jamais sairá do sistema capitalista entanto o monopólio dos protestos o tenham o 15M e os sindicatos”, polo que ainda que “saibam” que “desde que o 15M entrara a formar parte da convocatória, esta nom podia acabar dum outro jeito que nom fora correndo como os coelhos e sem dar resposta às agressons policiais”, consideraram necessária a criaçom dum bloco negro que, fazendo autocrítica, qualificam como “trapalhada”. “Sentimos que o black-block nom saira bem, e sentimo-lo porque ficou-nos claro que onde haja hippies nos nom podemos estar”, concluem.

A formaçom deste bloco negro resposta ao “cansanço de observar cárregas policiais desproporçonadas” e que estas sejam respondidas desde o pacifismo militante. “Nos nom nos deixamos pisa-la cabeça, nos nom deixamos que pisem ao nosso povo entanto berramos estas som as nossas armas, porque as nossas armas som outras, as nossas armas som a autodefensa, as nossas armas som cuspir ao cam polícia que tenhamos em fronte, e isso nom é negociável”.

Neste comunicado também fam referência ao ejemplo da luita mineira no norte peninsular e aos manifestantes gregos, apenados porque a situaçom em Madrid nom fosse análoga. “Sentimos que tendo posto as condiçons para começar a ser gregos, alçando chãos, dando armas (pedras) à gente do 25S, estes foram tam curtos de miras de rejeitar a autodefensa fronte à brutalidade policial”. Além, Unión Anti Capitalista aclara que durante a primeira cárrega policial realizada na jornada de protestos estavam ausentes, polo que a sua acçom foi defensiva, amém de realizar umha crítica contra os promotores da manifestaçom ao lamentar que “os portavozes da plataforma En pie sejam tam zoquetes de dizer que todos os encarapuçados som polícias (claro, tem que ficar a bem com os 15 memos) e realicem umha caça de brujas de todo encarapuçado que vejam (…) Pero sobre tudo, sentimos que o 25S fosse umha outra oportunidade perdida, mais desgaste da classe operária (tampouco se pode pedir muito dos pequenos burgueses)”.

Antes de rematar com um Viva a luita armada e a resistência activa contra o capital! e volver a carregar as tintas contra os organizadores da manifestaçom e contra o 15M (a quem comparam com as SS alemanas), sorprende que desvelem problemas de comunicaçom internos no black bloc como escusa de ter emitido a missiva semanas depois. Concretamente, acusam a um membro de terse “limitado única e exclusivamente a mandar-nos whatsapp comentándo-nos quantas leiteiras havia e nom como ia com o tema do black bloc, nom sabendo até o dia 27 se realmente era a nossa gente ou outra organizaçom. Pedimos-lhe a este membro que por favor de agora em diante ponha mais atençom na comunicaçom e que ligue o teléfone dumha puta vez”.

No segundo texto, bastante mais curto, “desvinculam-se totalmente” da Coordinadora 25S e a plataforma En pie, abandoando o 15M para “luitas mais potentes” dado que “criminalizam-nos polo nosso jeito de ser”. Aproveitam, também, para pedir “ao mando de Madrid que abandone as suas funçons de bloco, assim como mentar o nome da organizaçom salvo nas assembleias ou cursos ou coulaboraçons já elabouradas para datas mais avançadas deste dia”. Além, anunciam que “o bloco levanta-se até nova assembleia”.

Fica mais que patente que, se bem nom há dúvida de que Unión Anti Capitalista fai-se responsável da acçom, tanto a sorpressiva apariçom da organizaçom (as suas primeiras apariçons na rede datam de finais de junho) como a falha de seriedade dos comunicados desvelam, no melhor dos casos, umha alta inexperiência. A sua web oficial (na que há um espaço adicado a umha Coordinadora anarquista) também remite a este pensamento, assim como as suas páginas nas redes sociais e vídeos promoçonais. A única cabeça visível do grupo, Iván Riera, define-se a si mesmo nas redes sociais como “Rapeiro e poeta catalám. Militante do PTAS-PTE. Marxista-Leninista. Coordinador Central De Unión Anticapitalista. Jogador do Candamo FS”.

Pouco mais se conhece dos autores do polémico bloco negro realizado no passado 25S, mais lá da sua intençom de colabourar na manifestaçom do vindouro 13 de outubro contra a déveda global.

2 comentarios:

  1. Eu fun quen o mandou jeje obrigadiño por difundir :P

    Por certo, ten boa pinta que polo menos vaian xurdindo convocatorias un pouquiño máis serias entre tanto comeflorismo ignorante e masoquista. Agardo que isto se extenda cedo e poidamos mellorar como movemento e coma individuxs, tanto na teoría coma na práctica.

    Aprender dos erros, camiñar cara o futuro.

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