25 jun 2012

Solidariedade com os companheiros presos na Bielorrússia

Reproducimos o seguinte texto chegado ao mail dun dos redactores:

Foi já há algum tempo que se deu o último apelo à solidariedade com os anarquistas bielorrussos (http://abc-belarus.org/?p=133&lang=en). Hoje temos de admitir que uma nova onda de solidariedade é precisa urgentemente para os ajudar a saírem da prisão. É por isso que apelamos a que participes nos dias de acção em solidariedade com os presos políticos bielorrussos de 30 de Junho a 2 de Julho.

Os activistas Ihar Alinevich, Mikalai Dziadok, Artsiom Prakapenka, Pavel Syramolatau, Aliaksandr Frantskievich, Jauhen Vas`kovich, que foram detidos no Outono de 2010 e Inverno de 2011, e depois condenados de 3 a 8 anos de prisão em Maio de 2011 devido a uma série de ataques a símbolos estatais e capitalistas, estão a concluir o seu segundo ano de prisão. Durante este tempo, os seus companheiros e familiares fizeram o seu melhor para os ajudar a sentirem-se o mais confortáveis possível na prisão e para os libertar. Em Outubro de 2011, foram reconhecidos como presos políticos por organizações de luta pelos direitos humanos. Isso deu-lhes mais hipóteses de serem libertados o mais rápido possível, porque de momento o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, encontra-se pressionado pela União Europeia para que liberte todos os presos políticos e os descriminalize. Ele já perdoou mais de 30 presos políticos desde Agosto de 2011, mas não foi concedida liberdade a nenhum dos nossos companheiros. Lukashenko disse publicamente que iria perdoar apenas aqueles que escrevessem um pedido de perdão, admitindo assim a sua culpa e pedindo-lhe misericórdia. Todos os outros permanecerão na prisão, afirmou. De facto, já foi perguntando a dois companheiros, Mikalai Dziadok e Alexandr Frantskievich, se queriam assinar o pedido de perdão em Agosto de 2011, mas ambos o recusaram. Neste momento existem ainda 13 presos políticos na Bielorrússia, entre os quais 5 nossos companheiros e mais 1 preso por uma acção em solidariedade com eles. Estamos certos de que nenhum deles pedirá perdão, porque seria uma vergonha para um anarquista ou para qualquer pessoa honesta fazê-lo. Todos os presos estão a sofrer diferentes tipos de pressão da administração das prisões em que estão detidos*, porque Lukashenko quer sair vencedor desta situação e fá-lo de forma a que não pareça que é a UE a forçá-lo a libertar os presos políticos com medo de mais sanções políticas e económicas, mas sim como acto de boa vontade, caso eles peçam perdão. Opomo-nos determinantemente ao facto de que os nossos companheiros sejam permutados por benefícios da UE e condenamos a pressão que têm sofrido*. Apelamos a que toda a gente proteste contra estas torturas e que exijam a libertação imediata dos presos políticos da Bielorrússia, incluindo a dos anarquistas.

Saudamos acções de solidariedade de TODO o tipo, começando agora e continuando até aos dias de solidariedade, e apelamos também a que façam acções de solidariedade pelo menos uma vez por mês, mesmo depois dos dias de solidariedade se possível. Precisamos de uma pressão constante sobre o regime e sobre os políticos da UE em relação a esta situação. Que haja um desenrolar de acções por todo o mundo, até que os nossos companheiros sejam libertados!

*Os tipos de pressão sobre os companheiros incluem: transferências para outros estabelecimentos prisionais, proibição de comida proveniente do exterior, proibição e cortes nas datas de visita dos familiares, proibição de telefonemas, atrasos e falhas na recepção de correspondência, colocação em celas de confinamento solitário, transferências para estabelecimentos prisionais com regimes especiais, etc.

Para saberem mais sobre os ataques, visitem abc-belarus.org/?p=6&lang=en
Para saberem mais sobre as condenações, visitem abc-belarus.org/?p=326&lang=en

Cruz Negra Anarquista da Bielorrússia (belarus_abc@riseup.net)
Amigos e Familiares dos detidos

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