Chegou ao nosso correio um Comunicado de Apoio, assinado por poetas e escritores bolivianos, a Nina Mansilla Cortez e Henry Zegarrundo, as duas pessoas sequestradas nos cárceres pelo governo do "esquerdista indigena" Evo Morales, acusadas de formar parte dumha "cédula terrorista com nexos internacionais" e que seriam as supostas responsaveis da colocaçom de bombas explossivas contra caixeiros automáticos, empresas privativas, locais e até um aquartelamento militar, e quigemos saber mais e navigando chegamos a vários médios que nos levarom às seguintes temporárias conclusons:
Em 29 de maio passado estas duas pessoas, que foram detidas junto a sete pessoas mais (entre elas Víctor Hugo Gironda e Renato Vinchenti, que permanecem em arresto domiciliário e as outras 5 em liberdade ), foram apresentadas aos médios como trofeios de caça, pelo ministro de Governo, Carlos Romero, e o comandante da Polícia, coronel Víctor Maldonado, como membros da denominada "Célula Anárquica por la Solidaridad Revolucionaria" e à “Federación Anarquista Informal/Frente Revolucionario Internacional Bolivia” com base em Chile e ramificaçons em Bolívia, Argentina e México, segundo informou o ministro, quem, entroutras acusaçons, afirmou que “Básicamente configuram acçons terroristas que respondem a umha estructura organizada que tem nexos internacionais”.
Nina Mansilla Cortez e Henry Zegarrundo foram detidas logo dumha série de achanamentos dos seus domicílios, e posteriormente forom fotografadas e filmadas pelos falsimedios na conferência de imprensa junto ao botim capturado pela polícia: um arma de fogo, panfletos relativos à organizaçom, umha perruca e máscaras de Vendetta (famosa por ser usadas pelos hackers de Anonymous), entre outros elementos.
Pela sua banda, as acusadas, no acto de presentaçom aos medios, manifestarom a sua inocência e negarom a sua vinculaçom com a série de atentados cometidos em La Paz e revindicados nalgumhas páginas web pela "Célula Anárquica por la Solidaridad Revolucionaria" (FAI/FRI Bolívia) e declararom que as provas recolectadas nom som indício algum da sua participaçom. Alguns medios falam mesmo de que se estivera tramando em Bolívia um "Caso Bombas" similar ao chileno (actualmente moi em entredito)
A escritora Virginia Ayllón, umha das assinantes do Comunicado que recebemos no nosso correio, manifestou ao respeito do encarceramento de Nina Mansilla e Henry Zegarrundo . “Nós conhecemo-los, eles som artistas, fam música e arte de rua. Som parte do nosso colectivo, participarom na organizaçom da contrafeira (do livro), (...) nom podo crêr que por ser activistas se lhes acuse de terrorismo”. Nina foi membro do grupo de punk Malditas Dinamiteras e Henry é um activista pelos direitos dos animais, e ambas som conhecidas por defender a causa indígena no tema TIPNIS(Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure), que está pôr em situaçom comprometida ao governo de Evo Morales pola oposiçom indígena à construçom dumha estrada que partiria esta reserva natural onde moram e residem vários grupos indígenas.
Tanto pessoas achegadas coma familiares das detidas venhem de solicitar o apoio do Defensor do Povo e Direitos Humanos, e declaram “isto tem os seus enganches políticos, querem desmovilizar o do TIPNIS, querem demostrar que acá luita-se por um terrorismo inexistente”.
Colamos, de seguido, a traduçom do Comunicado:
Os poetas e escritores Virginia Aillón, Marcela Gutiérrez e Humberto Quino manifestamos a nossa indignaçom polo achanamento dos seus domicílios, posterior detençom e acusaçom de terrorismo dos companheiros Nina Mansilla Cortez e Henry Zegarrundo. Os escritores abaixo assinantes respaldamos as declaraçons de ambos companheiros na presentaçom que o ministro de governo fixo deles à imprensa o dia de hoxe 29 de maio de 2012:
NOM É UM DELITO PENSAR DIFERENTE
NOM É UM DELITO LUITAR POLOS DIREITOS DAS TRABALHADORAS DO FOGAR
NOM É UM DELITO LUITAR POLA JUSTIZA
NOM É UM DELITO ESCUITAR A MÚSICA DA QUE GOSTAMOS
NOM É UM DELITO VESTIR COMO QUEIRAMOS
O governo está criminalizando a quem pensamos diferente, a quem ejercemos o elemental direito democrático da nossa livre expresom, a quem vestimos diferente, a quem desde o arte e a cultura oponhemo-nos a toda forma de discriminaçom e injustiza. O governo está a fazer algo moi parecido ao assassinato do moço negro norteamericano Trayvon Marti em 17 de fevereiro passado, quem fora disparado a queimarroupa por um razista branco com o argumento de que lhe parecera sospeitoso que Trevor “vestira de carapuça”. Na realidade o que o governo está criminalizando a quem rejeitamos as suas políticas extractivistas, a quem rejeitamos a violaçom dos direitos dos povos indígenas do TIPNIS, a quem participamos na vigília da VIII Marcha indígena, a convocatoria das Mama Tallas de CONAMAQ, a quem rejeitamos as políticas culturais elitistas e nom tanto organizamos espaços de livre expressom com as únicas armas que temos: a nossa criatividade e nossa crência férrea e indeclinável na liberdade.
Nina e Henry som activistas sociais e culturais e todos nos o somos; Nina e Henry participarom e participam na defensa do TIPNIS e todos nos o fazemos; Nina e Henry ejercem o seu direito a expressar-se dum jeito livre mediante a música, a literatura, o teatro, a performance, e todos nos o fazemos; Nina e Henry aportam desde os estúdios académicos como muitos de nos.
Acá estamos todos:
TODOS LUITAMOS POLA JUSTIZA
TODOS EJERCEMOS O NOSSO DIREITO À LIVRE EXPRESSOM
La Paz, 29 de maio de 2012
E para informaçom do que se passa no TIPNIS, dizer que na actualidade está em movimento a novena marcha indígena que deu início em 27 de abril passado, e que em 25 de Maio de 2012 rendirom tributo às quatro pessoas assassinadas pela polícia do governo de Evo Morales na marcha do ano antérior pela sua resistência à construiçom da estrada na reserva. A marcha indígena já percorreu 200 de 600 kilómetros no seu intento de chegar a La Paz para pedir ao governo a derogatória dumha lei de consulta para construir a estrada, à que se oponhem dado que a única razom para a sua construiçom som favorecer os intereses do sector cocalero, das empresas transnaçonais de hidrocarburos e mineria e à República Federativa de Brasil, primando isto para deslocalizar às povoaçons indígenas dos seus territorios colectivos.
Notícia redactada por Edu
1 jun 2012
[Bolívia] Ofensiva repressiva contra anarquistas!! (Outro caso bombas??)
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Em Alasbarricadas ( http://www.alasbarricadas.org/noticias/node/21078 )podedes lêr (em castelám) o "Pronunciamiento ante lxs 4 presxs anarquistas en La Paz" assinado por Colectivos e individualidades antiautoritarios, En plena resistencia, Cochabamba, Mayo 2012
ResponderEliminarhttp://vozcomoarma.blogspot.com.es/2012/05/sobre-la-situacion-represiva-en-bolivia.html
ResponderEliminarhttp://liberaciontotal.lahaine.org/?p=4312
ResponderEliminarAquí se cuestiona gran parte da solidaridade amosada na rede estes días cara xs detidxs en Bolivia. O deixo aquí coma outra versión e xeito de ver o asuntiño que difire un pouco do amosado polas fontes que difundiron a situación vía e-mail.