26 abr 2012

[Portugal] Nova Okupaçom e novo despejo da ES.COL.A. da Fontinha

Tal e como comentamos na notícia do 1º despejo da ES.COL.A , o Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha, no Porto, foi reocupado ontem, dia 25 de Abril, 38 anos depois da Revolução dos Cravos; mas vimos de saber que, hoje 26 por volta das 7h da manhã, de novo entraram ne-la a polícia e funcionários da Câmara Municipal e estám a retirar diverso material, como portas ou sanitas das casas de banho.

O objetivo é impedir a reocupaçom das instalaçons pelos ativistas do coletivo Es.Col.A, que agendaram para esta quinta-feira à tarde, às 18:30, uma assembleia geral para decidir o que fazer depois da intervençom da Câmara do Porto.

Ontem milhares de pessoas ativistas do coletivo Es.Col.A, populares e participantes das comemoraçons do 25 de Abril no Porto re-ocuparam às 17:45, a antiga escola primária da Fontinha, quebrando o cadeado de proteçom do portom e entrando no espaço de onde tinham sido expulsos há umha semana.

Mas pouco durarom as alegrias e de novo a Cámara Municipal interrompe este sonho.

Seguiremos a informar...

Notícia extraida de escoladafontinha e de Indy Portugal

3 comentarios:

  1. Okupa solidária em Lisboa:

    Ontem em Lisboa, após o desfile do 25 de Abril do Marquês ao Rossio, um grupo de cerca de 50 pessoas ocupou um prédio abandonado, na Rua de São Lázaro, em solidariedade com o projecto ES.CO.L.A da Fontinha.

    O seu manifesto:

    "A Fontinha é nossa vizinha

    Antes emparedado que ocupado parece ser o último argumento de um poder que conseguiu sem grande esforço esvaziar as cidades dos seus próprios habitantes, empurrados para os subúrbios ou mesmo para a rua. São centenas de milhares de fogos vazios, deixados ao abandono. Abandono que também vemos nos olhos de quem fez da rua a sua casa. Cada vez mais olhares de abandono, cada vez mais abandono nos olhares. Decretamos, neste dia que se quer de liberdade, tolerância zero a este processo de requalificação urbana, que à custa da miséria de muitos ergue mansões e hotéis para alguns.

    Bons ventos sopraram do Norte e recebemos com alegria as notícias que nos chegavam do Bairro da Fontinha, no Porto, onde o colectivo Es.Col.A. recuperou, dinamizou e manteve durante um ano, sem nada pedir à Câmara que durante cinco anos os esqueceu, um projecto de reaproveitamento de um espaço público. Num curto texto seria difícil enumerar a quantidade de actividades diárias que durante um ano fizeram com que a população da Fontinha entendesse o quão importante era dar o seu apoio e será com certeza impossível descrever o empenho de quem, sem nada receber em troca e pelo puro prazer de transformar a cidade num sítio mais aprazível para todos, ofereceu jantares grátis diariamente e deu apoio educativo numa altura em que as escolas se fecham a cadeado. E não podemos senão imaginar a tristeza com que foram recebidas aquelas imagens de livros escolares, computadores e bicicletas a serem atirados pelas janelas para um pátio esvaziado das suas pessoas. “Propriedade privada” não quer dizer nada quando o proprietário está falido, financeiramente e de legitimidade.

    Foi bonita a festa. Ficámos contentes. Alguns de nós marcharam as léguas que nos separam para colher pessoalmente uma flor do vosso jardim. Recebemos agora, com tristeza, a notícia do rio que vos quer arrastar. E pensamos, aqui longe, tanto mar, tanto mar. Alguns de nós não puderam hoje navegar. E pensámos em enviar um cheirinho de alecrim.

    “Temos uma ideia na cabeça. Despejem-na, se conseguirem”

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  2. Compas, ao caso ven tamén o desaloxo esta mañá do KOALA en Madrid, e tamén das terras de Somonte, en Andalucía:

    Máis info:

    Do desaloxo do KOALA fixen unha pequena nova no meu blogue:

    http://vozcomoarma.blogspot.com.es/2012/04/desalojado-el-koala-komplejo-okupado.html

    (A nova redacteina a partires da info que recibín no correo e tamén do que leín no Indymedia: http://madrid.indymedia.org/node/20386)

    No Twitter tamén poderedes atopar info se buscades, ainda que de momento non hai moito ao respecto aínda.

    Respecto do de Andalucía:

    http://ecodiario.eleconomista.es/espana/noticias/3923504/04/12/la-guardia-civil-ha-desalojado-a-los-jornaleros-en-paro-que-ocupaban-la-finca-publica-de-somonte.html

    http://www.cotizalia.com/ultima-hora/2012/04/desalojan-finca-cordoba-ocupada-jornaleros-20120426-478609.html

    http://www.sindicatoandaluz.org/?q=node/930

    http://www.kaosenlared.net/secciones/item/16209-desalojo-brutal-de-somontes-%C2%A1%C2%A1%C2%A1llamamiento-de-apoyo-urgente.html

    Difundide a ser posible.
    Apertas.

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  3. As últimas informaçons recolhidas da sua web:
    http://escoladafontinha.blogspot.com.es/ apontam que a canalização foi destruída, sanitas e lavatórios para o lixo, haveres da Es.Col.A. retirados, mobiliario destruído, instalação eléctrica propositadamente estragada.

    A Es.Col.A. está neste momento vazia e emparedada. Mais um espaço público devoluto de pessoas e bens, como a Câmara sempre quis.

    O edificio onde a Es.Col.A. funcionou durante um ano foi ontem emparedado, mas apenas no primeiro andar, no resto dos pisos foram deixados buracos onde antes havia vidros, portas e janelas. No telhado foram deixadas dezenas de telhas partidas.

    A intenção é clara, deixar que os elementos façam o seu trabalho e que o antigo edificio da escola primária do Alto da Fontinha se degrade o mais rapidamente possivel para que, em conjunto com a destruição da canalização, se torne inutilizável pela população.

    Era este afinal o projecto que a CMP tinha para a Fontinha.

    E recolhemos a cita de Durruti que aporta um comentarista:

    "Mas nós sempre vivemos em cortiços e buracos nas paredes. Saberemos como arranjar-nos durante algum tempo. Pois não devem esquecer que também sabemos construir. Fomos nós que construímos os palácios e as cidades na Espanha, na América e em toda a parte. Nós, os operários, saberemos construir outros para tomar o lugar dos que forem destruídos. E ainda melhores. Não temos medo de ruínas. Nós herdaremos a terra. Quanto a isso não há a menor dúvida. Os burgueses podem fazer explodir e destruir o seu mundo antes de abandonarem o palco da história. Nós trazemos um novo mundo em nossos corações. E esse mundo está crescendo a cada minuto que passa."

    Buenaventura Durruti

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