Suposto agente da polícia secreta vincula o CSO Casa das Atochas com a "violência"

Foto do agente de policía

Depois de que quase todos os jornais de maior tiragem da Galiza repetissem nos últimos dias que os centros sociais -ou "herriko tabernas, algumhas mui conhecidas, com nomes mui raros, mui engebres"- som "centros de recrutamento" para acçons violentas, agora atacam o movimento okupa. O El Ideal Gallego publica na sua ediçom de hoje um artigo intitulado "Um experto do 091 assegura que a casa das Atochas deve ser despejada quanto antes" que se volve enquadrar no género do ridiculismo-policial.

Um polícia "experto em tribus urbanos (sic)", subinspector da Brigada Provincial de Madrid e que está a impartir um curso na comisaria corunhesa de Lonças, é a única fonte que emprega o El Ideal.
O "perito" recomenda despejar a Casa das Atochas quanto antes: "deixá-lo correr é dar pé a que ocupem outra casa". Negou, aliás, que o movimento okupa for pacífico, pois para ele okupar um prédio é "tecnicamente, um facto violento".

O agente David Madrid ("um nome suposto, dado que estivo infiltrado em várias organizaçons juvenis", explicam no El Ideal) assegura que "nessa casa ocupada realizam actividades de mui diverso tipo: de obradoiros de malabares ao que podamos imaginar. Também temos que ter em conta que o consumo de drogas nesta casa é óbvio (?), e chama a atençom".

Sabotagem em Carral

O polícia também aponta que no CSO realizam "concertos com letras de cançons que fam apologia da violência", e ainda vai mais lá. Do El Ideal sinalam alegremente que "nesse sentido, Madrid assegurou que os okupas da Casa das Atochas nom estám afastados nos seus métodos dos indivíduos que atacárom com cócteis molotov ontem a sede do PSdeG de Carral", indicando David Madrid que "todo está interrelacionado e os grupos que se expressam mediante a violência nom tenhem cabida na nossa sociedade". Quiçá por oposiçom aos centros sociais, este polícia madrileno rematou exalçando os comerciais: "a gente nom que ver violência nas suas ruas, quer ir a centros comerciais".

[extraida de Galiza Livre]